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quinta-feira, 30 de abril de 2015

Conheça o Observatório Astronômico Antares





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Horários de Funcionamento:

Segunda-feira a Sexta-feira
8:00h às 12:00h e 14:00h às 18:00h

Noites de Observações do Céu Cúpulas Abertas 
Terça-feira e Quinta-feira
18:30h às 21:30h (entrada franca)
Agendamento por Telefone
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Não à Terceirização

terça-feira, 28 de abril de 2015

Carreiras ligadas ao petróleo ainda são promissoras?

Um funcionário verifica petróleo na plataforma da Cidade Angra dos Reis no campo de Lula, cerca de 300 quilômetros da costa do Rio de Janeiro
Nos idos de 2013, carreiras ligadas à indústria de petróleo e gás estavam com tudo. O BNDES dizia que, dali a quatro anos, 458 bilhões de reais seriam destinados à exploração, produção, refino, distribuição e logística na área.
Mas então chegou a monumental crise da Petrobras.
Segundo Giovanna Dantas, gerente da Michael Page especializada no setor, os escândalos que varreram a estatal afetaram gravemente o mercado. Entre outros efeitos, ela cita investimentos paralisados, demissões em massa e redução de até 40% no valor dos contratos.
Também é preciso considerar que, além da Petrobras, a operação Lava Jato investiga outros nomes importantes do setor de infraestrutura e energia - empresas que garantiam uma boa parcela dos postos de trabalho ligados ao petróleo. 
No entanto, a complicada situação jurídica de vários empregadores da área não é o único motivo por trás da sua desaceleração. Segundo Giovanna, também é preciso colocar na conta o mau momento da economia brasileira e o preço do barril de petróleo, que caiu em todo o mundo.

Carreiras mais e menos afetadas
Segundo Giovanna, os profissionais com menos perspectivas na área, hoje, são os ligados às duas primeiras etapas do ciclo de produção do petróleo: licitação e fase sísmica. São geofísicos, geólogos, advogados de contratos e petrofísicos, entre outros.
Já a mão de obra mais demandada na área em 2015 se concentra na etapa de exploração e, em menor grau, produção - tais como oficiais de náutica e profissionais de operações, manutenção, QSMS (Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde) e projetos.

Futuro
Na opinião de Raphael Falcão, diretor da Hays, o período entre 2010 e 2013 foi marcado por uma grande euforia coletiva em torno das oportunidades profissionais no setor . “Falava-se em salários altíssimos, porque havia poucos profissionais qualificados e muita demanda”, diz ele. “Hoje esse entusiasmo todo arrefeceu, já que muitos projetos desaceleraram ou estacionaram”. 
Ainda que o "oba-oba" não volte mais,  a expectativa é a de que o mercado comece a se reaquecer em 2017. Segundo Falcão, a área tem enfrentado grandes desafios, mas continua global e promissora. “Há reservas no Rio de Janeiro com existência comprovada, e haverá novamente uma forte demanda por profissionais qualificados quando a crise passar”, diz ele.

Fonte:  http://exame.abril.com.br

América Latina tem potencial maior de expansão da bioenergia, diz relatório


A bioenergia pode chegar a prover um quarto da energia mundial até 2050, reduzindo poluentes e a emissão de gases do efeito estufa e promovendo desenvolvimento sustentável, entre outros benefícios econômicos e sociais.
O conhecimento científico e tecnológico pelo qual esses potenciais podem ser desenvolvidos foi compilado no relatório internacional Bioenergy & Sustainability: bridging the gaps, uma iniciativa da FAPESP com o Comitê Científico para Problemas do Ambiente (Scope, na sigla em inglês), agência intergovernamental associada à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Lançado na FAPESP na terça-feira, 14/04, durante mesa-redonda sobre Bioenergia e Sustentabilidade, o relatório deverá ser utilizado para subsidiar políticas do governo do Estado de São Paulo para o setor, disse Arnaldo Jardim, secretário estadual de Agricultura e Abastecimento.

“Esse trabalho representa o estado da arte da bioenergia, uma fronteira muito cara a São Paulo. O governador Geraldo Alckmin tem tratado o tema como de extrema importância para o futuro da agricultura, setor fundamental para o desenvolvimento econômico do estado. Todo esse conhecimento compilado precisa ser incorporado a políticas públicas e utilizado para orientar iniciativas privadas de empreendedorismo, colocando-se como referência para a cidadania ambiental de que precisamos”, declarou Jardim à Agência FAPESP.

A publicação é resultado do trabalho de 137 especialistas de 24 países, recrutados em 82 instituições e coordenados por pesquisadores dos programas FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN), Pesquisas em Caracterização, Conservação, Restauração e Uso Sustentável da Biodiversidade (BIOTA) e Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG).

Fonte:  http://planetasustentavel.abril.com.br

segunda-feira, 27 de abril de 2015


O Brasil é um parceiro forte e estratégico na área de exploração de petróleo, avaliou o CEO da Shell, Ben van Beurden, após se reunir com a presidenta Dilma Rousseff nesta quinta-feira (23), no Palácio do Planalto.
De acordo com ele, os negócios da petroleira se tornaram ainda mais estratégicos com a recente aquisição da British Gas (BG) pela Shell. "Temos confiança no clima de investimentos no Brasil", afirmou.
Durante a audiência, Beurden conversou com a presidenta Dilma sobre os planos da Shell para o Brasil e, segundo ele, externou a confiança em negócios de longo prazo no País. Com a compra da BG, a Shell se tornou a maior parceira da Petrobras na exploração do pré-sal. "Reafirmei nosso forte interesse com relação à implementação futura dessa parceria e continuamos com nossos planos de investimento no Brasil no longo prazo."
"Tenho 100% de confiança de que a Petrobras sairá do atual episódio. E sairá mais forte como empresa", disse o CEO da Shell, Ben van BeurdenConfiança na Petrobras
Sobre a Petrobras, ele destacou a confiança nos negócios com a companhia de petróleo brasileira. "Temos tido uma relação de trabalho muito forte e aberta com a Petrobras, estamos sobretudo confiantes nas operações conjuntas em andamento no Campo de Libra e antecipamos com muito interesse nossos investimentos futuros com a empresa", declarou. Disse ainda que os planos da Shell são de uma parceria, que é vantajosa para as duas empresas, pelas habilidade técnicas complementares.
Ele avalia ainda que a compra da BG, vai levar a uma quadruplicação das operações da Shell no Brasil, atingindo até o final da década 20% da produção global da empresa.
"Tenho 100% de confiança de que a Petrobras sairá do atual episódio. E sairá mais forte como empresa. Isso foi um elemento de consideração muito importante ao fecharmos o negócio que nos posicionará como a empresa parceira líder da Petrobras por muitas décadas por vir", enfatizou.

Fonte:  http://geofisicabrasil.com

Antropoceno: Já mudámos a história geológica da Terra?

Os cientistas estão a avaliar se o impacto das actividades humanas na Terra é tão grande que deu origem a uma nova época geológica, o Antropoceno. Há várias datas em estudo para o início desta época, como a revolução industrial ou a era nuclear, e têm por base marcas humanas nos estratos geológicos.
Nas décadas após a chegada de Cristóvão Colombo à América, em 1492, morreram dezenas de milhões de pessoas que já lá viviam há milhares de anos, à custa da guerra e das doenças levadas pelos europeus. A tragédia ficou marcada na própria Terra: em 1610, a concentração de dióxido de carbono atingiu um valor mínimo, que ficou registado nas camadas de gelo na Antárctida. A relação entre esta mortandade e o dióxido de carbono é simples. Foram abandonados milhões de hectares de terra que eram anteriormente cultivados por aqueles povos. Nesses locais, as florestas voltaram a crescer e retiraram muito dióxido de carbono da atmosfera, o que levou a uma diminuição da concentração deste gás.
Esta é uma das múltiplas memórias sobre a história da humanidade que os geólogos podem encontrar nos gelos e sedimentos mundo fora. A nossa espécie terá cerca de 200.000 anos de existência, um piscar de olhos na vida da Terra com os seus 4500 milhões de anos. E, no entanto, o rasto que fomos deixando é incontornável. Desde o fabrico de utensílios de pedra para a caça, que terá feito desaparecer muitas espécies de grandes mamíferos, passando pelo aparecimento da agricultura e das primeiras cidades, até à revolução industrial e ao lançamento de bombas nucleares, as actividades humanas ficaram registadas nos sedimentos dos últimos milhares de anos.
Por tudo isto, surgiu recentemente a expressão "antropoceno", usada de um modo informal na geologia, arqueologia ou sociologia, para denominar a actual época geológica, dominada pelas actividades humanas, cujas consequências são visíveis nas alterações climáticas, na perda de biodiversidade e no aumento da acidez dos oceanos. Mas o conceito não tem o estatuto oficial da União Internacional das Ciências Geológicas (UICG), a entidade que define as unidades de tempo geológicas. Segundo esta união, a época que estamos agora a viver não é o Antropoceno mas sim o Holoceno, iniciado no final da última era glacial, há cerca de 11.700 anos.
Isso poderá vir a mudar. Para se tornar oficial, o Antropoceno tem, primeiro, de ser bem documentado. Ou seja, os geólogos e outros cientistas têm de encontrar, nas camadas estratigráficas da Terra, as marcas deixadas pelas actividades humanas que representam uma mudança global. Estas marcas terão de estar associadas a uma data.
O ano de 1610 é uma data recentemente proposta por Simon Lewis e Mark Maslin, investigadores do Departamento de Geografia da University College de Londres, no Reino Unido. Num artigo da revista Nature, os dois cientistas defendem ainda o uso de marcas estratigráficas secundárias associadas à data. Há 70 locais, onde os sedimentos lacustres e marinhos mostram, a partir de 1600, a existência de pólenes de milho — uma planta originária das Américas. Esta escolha representa a importância dada pela dupla de cientistas ao movimento súbito e inédito de dezenas de espécies animais e vegetais que atravessaram o oceano Atlântico, levados pelo homem nos dois sentidos, e que mudaram para sempre a biogeografia da Terra. Por outro lado, defendem que é a chegada às Américas que iniciou a globalização.
Nos últimos meses, a discussão sobre o Antropoceno tem sido intensa e outras datas têm sido estudadas: o início da agricultura; a revolução industrial; ou o primeiro teste nuclear, a 16 de Julho de 1945 (a que se seguiram as bombas nas cidades japonesas de Hiroxima e Nagasáqui, e depois testes nucleares). Há, porém, outros cientistas que são críticos da tentativa de tornar esta época oficial, referindo que ainda é muito cedo para aferir verdadeiramente o impacto que o homem está a ter na geologia do planeta, e defendendo que este impacto, qualquer que ele seja, apenas está a começar.
"Se os cientistas aplicarem os mesmos critérios usados para definir as épocas passadas, e os dados indicarem que já entrámos numa época dominada pela intervenção humana, então a comunidade científica deverá considerar muito seriamente a definição formal de uma nova época", diz ao PÚBLICO Simon Lewis, resumindo a questão.

História do planeta

A época do Holoceno está dentro do período Quaternário, iniciado há 2,58 milhões de anos, que por sua vez se inclui na era do Cenozóico, nascida há 66 milhões de anos, quando um meteorito atingiu a Terra, pondo o fim à era dos dinossauros — o Mesozóico. Um dos mais importantes passos da ciência foi esta organização do passado geológico da Terra em unidades associadas a camadas estratigráficas, que nos mostram o imenso historial do nosso planeta: as primeiras formas de vida, a formação do grande continente Pangeia, as extinções em massa de espécies, a ascensão e a queda dos dinossauros, o aparecimento dos primatas, nós próprios.
Os fósseis de organismos pré-históricos encontrados nos estratos geológicos são muitas vezes aproveitados para representar a transição de um período para o outro, dando-nos pistas de grandes transformações no clima, na vida e na geologia da Terra. Outras vezes é a vida que transforma o planeta, como o surgimento do oxigénio na atmosfera, vindo da fotossíntese feita pelas cianobactérias, há mais de 2000 milhões de anos, que permite que respiremos. Por isso, os humanos não são os primeiros seres vivos capazes de alterar o planeta.
"O que interessa quando se divide o tempo na escala geológica são as mudanças geológicas da Terra, devido a causas tão diferentes como a queda de meteoritos, o movimento de continentes ou as erupções vulcânicas continuadas", explica o artigo da Nature. "A actividade humana é agora global e é a causa dominante da maioria das mudanças climáticas. Os impactos da actividade humana serão provavelmente observáveis no registo estratigráfico geológico durante milhões de anos."
Para fazer esta avaliação, foi criado o Grupo de Trabalho do Antropoceno, que faz parte da Comissão Internacional de Estratigrafia da UICG. "Parte do interesse pelo Antropoceno deve-se ao facto de [este conceito indicar] que as actividades humanas podem afectar a Terra a uma escala geológica e mudar o curso da história do planeta", explica ao PÚBLICO Jan Zalasiewicz, geólogo da Universidade de Leicester, que organiza as reuniões daquele grupo. "Há implicações sociais claras, mas o nosso trabalho é olhar para os testemunhos geológicos da forma mais objectiva possível e compará-los com mudanças que aconteceram no passado."
Em Janeiro, num artigo co-assinado por Jan Zalasiewicz, na revistaQuaternary International, sugere-se que o início do Antropoceno seja 16 de Julho de 1945, o dia da primeira explosão de uma bomba nuclear.
Os cientistas do Grupo de Trabalho do Antropoceno começaram por analisar três propostas de datas para o início da nova época: uma mais antiga e que abrange desde as grandes extinções de mamíferos até ao início da agricultura e a sua expansão; a revolução industrial, a partir do início do século XIX após o desenvolvimento da máquina de vapor e que iniciou o aumento do dióxido de carbono na atmosfera; e o período após a Segunda Guerra Mundial a que se chama "a grande aceleração", caracterizado pelo aumento exponencial de população, a agricultura intensiva com o uso de adubos, as grandes emissões de dióxido de carbono, a produção de plásticos e a emissão de isótopos radioactivos devido aos testes de bombas nucleares.
A equipa defende que as marcas deixadas pelo fenómeno da "grande aceleração" são temporalmente uniformes na Terra, ao contrário das outras duas datas. Tanto a agricultura como a revolução industrial expandiram-se geograficamente ao longo do tempo, por isso é difícil obter um sinal específico nos estratos geológicos associado a uma data que represente aqueles fenómenos. Pelo contrário, a "grande aceleração" deixou um "sinal mais pronunciado e sincronicamente global" nos sedimentos, lê-se no artigo.
Por isso, os cientistas escolheram 16 de Julho de 1945 como início Antropoceno, caracterizado pelos primeiros depósitos estratigráficos "que incluem os isótopos radioactivos".

À espera de aprovação

Mas o geólogo William Ruddiman, da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, discorda deste esforço. "Acho que nenhuma data pode captar todas as mudanças que os humanos causaram ao longo de milhares de anos", diz ao PÚBLICO. Num pequeno artigo publicado este mês na revista Science, Ruddiman e outros três cientistas dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Suíça, punham em causa a necessidade de uma definição oficial de Antropoceno, sugerindo apenas um uso informal. "Escolher 1945 iria omitir as duas maiores mudanças: o desbravamento de florestas e o cultivo de pradarias, ambos parte da longa história da agricultura. Por outro lado, em 1610 quase todas as florestas cultiváveis da Eurásia já tinham sido transformadas pela agricultura, apesar de isso ainda não ter acontecido na maioria da América", explica-nos.
Mas Simon Lewis, co-autor do artigo da Nature, que não pertence ao Grupo de Trabalho do Antropoceno, contra-argumenta. É justamente por toda a gente estar a usar este conceito de uma maneira informal que são necessárias "definições claras para nos compreendermos uns aos outros", diz-nos.
Em 2016, o Grupo de Trabalho do Antropoceno vai apresentar uma data a uma das subcomissões da UICG. Para o conceito passar a integrar a Tabela Cronoestratigráfica Internacional, da UICG, e derrubar o Holoceno como época actual, terá de ser aprovada primeiro nessa subcomissão, depois na Comissão Internacional de Estratigrafia e finalmente na própria UICG.
"Se os dados forem insuficientes, e forem necessárias mais provas, então devemos esperar", diz Simon Lewis. Mas o cientista alerta para a importância mais lata deste conceito, que evidencia as consequências humanas num contexto geológico: "Definir os humanos como um superpoder geológico ajudar-nos-ia a pensar numa escala e num período de tempo maiores, algo que as nossas instituições políticas são incapazes de fazer. Saber que o futuro do único local no Universo onde a vida existe está a ser condicionado pela actividade humana pode ter grande influência para cuidarmos melhor da Terra."

Fonte:  http://geofisicabrasil.com

Video-aulas: Tectônica de Placas com Wilson Teixeira



Tectônica de Placas é o tema de duas video-aulas da disciplina de Geologia do Curso de Licenciatura em Ciências.
O Curso de Geologia da oferece um total de 21 video-aulas públicas e faz parte do serviço e-Aulas da USP.
Acesse aqui.

Fonte:  http://geofisicabrasil.com

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Reservas de petróleo dos EUA subiram mais que o esperado

Petróleo

As reservas de petróleo aumentaram mais que o esperado na semana passada nos Estados Unidos e seguem evoluindo em níveis recordes desde 1930, segundo cifras publicadas nesta quarta-feira pelo Departamento de Energia (DoE).

Na semana que terminou em 17 de abril, as reservas subiram 5,3 milhões de barris, ficando em 489 milhões, quando os especialistas previam um aumento de apenas 3,2 milhões.

As reservas bateram assim um novo recorde desde novembro de 1930, pela 12ª vez consecutiva.

Fonte: http://exame.abril.com.br

Energia solar: a próxima fronteira?

Energia solar: a próxima fronteira?
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Há 10 anos era lançado o PROINFA, programa do Governo Federal para o desenvolvimento de fontes alternativas de geração de energia. O programa tinha a ambiciosa meta de disponibilizar 1100 MW de energia eólica na rede até 2008. Atualmente, o sistema conta com mais de 5 GW de capacidade instalada originados desta fonte.

Considerada essa relativa consolidação do mercado de energia eólica, importante questionar se seria a energia solar a próxima fronteira.

No 6º Leilão de Energia Reserva (Leilão 008/2014) a fonte solar vendeu, de forma inédita, cerca de 890 MW, a preços extremamente competitivos. Antes do certame, previa-se que o preço de viabilidade dos projetos solares seria próximo de R$ 250,00 MW/h, expectativa que, após um intenso dia de leilão, baixou até o preço médio de R$ 215,12MW/h.

A despeito da boa notícia, o mercado de energia solar no Brasil ainda é incipiente, extremamente dependente do modelo econômico e regulatório a ser adotado pelo Governo Federal. Nestas searas, algumas questões ainda não têm respostas claras.
Em primeiro lugar, seria importante questionar o nível de nacionalização exigido pelo governo federal para a concessão de financiamento, via BNDES. A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica[1] estima que, para atrair a cadeia produtiva ao país, em especial no relativo a placas fotovoltaicas (com células produzidas no Brasil) – conforme exigência para obtenção de financiamento do BNDES a partir de 2020 – seria necessária a contratação de, ao menos, 1 GW anual de energia oriunda desta fonte, nos próximos 5 a 10 anos.

Tendo em vista a atual competitividade do produto, necessário questionar se não seria mais importante para o desenvolvimento da fonte no país, que a exigência de conteúdo local fosse menos incisiva, permitindo que, nesta fase de maternidade, o próprio mercado se autorregulasse. Seria este o momento para criar restrições ao desenvolvimento desta nova fonte de energia?

Ainda, faz-se necessário compreender melhor o papel da energia solar no âmbito da geração distribuída. Se a energia solar ainda não é capaz de competir com a energia eólica e demais fontes renováveis nos leilões do mercado regulado, fazendo-se ainda necessário leiloes exclusivamente para o produto solar – a alternativa da geração distribuída, ainda não amplamente adotada no Brasil, abre um novo mercado para a fonte solar, podendo ser esse um importante instrumento na consolidação da fonte.

Sob essa perspectiva, impõe-se a necessidade de consolidação do previsto na Resolução ANEEL 482/2012, relativa à micro e minigeração de energia pelo consumidor, principalmente no tocante ao cumprimento dos prazos e tarefas atribuídos às distribuidoras. Estes agentes foram identificadas como potencial gargalo no desenvolvimento deste novo e relevante mercado, conforme pesquisa elaborada pelo Instituto de Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina, em novembro de 2014 junto a agentes do mercado de micro e minigeração.

Sem prejuízo dos desafios ainda existentes para sua consolidação, a geração solar já é uma realidade hoje no Brasil, e quica conquistara seu espaço lenta, mas irreversivelmente, assim como a fonte eólica há 10 anos.
Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br

4 cronômetros interativos para compreender a gravidade (e a velocidade) do aquecimento global

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Muito se fala sobre esse orçamento de carbono (ou volume de gases de efeito estufa), calculado pelos cientistas do clima, que poderia ser liberado na atmosfera sem causar ainda mais estragos ao planeta. E, como já comentamos aqui no blog, há três números-chave nesta estimativa, indicados pelo jornal inglês The Guardian em sua campanha Keep it in the ground:
2ºC: limite máximo da elevação da temperatura para que os efeitos das mudanças climáticas não sejam devastadores;
565 gigatoneladas: quantidade de dióxido de carbono que podemos liberar na atmosfera até 2050 (o “orçamento de carbono”) e
2.795 gigatoneladas: volume total de CO2 emitido, caso todas as reservas de combustíveis fósseis já conhecidas fossem exploradas.

Para ajudar a compreender melhor a gravidade do aquecimento global – e como parte da mesma campanha – o jornal desenvolveu quatro medidores interativos, elaborados por Duncan Clark, editor de meio ambiente do jornal e pesquisador do UCL Energy Institute.
O primeiro, é um contador* que mostra, em tempo real, quanto falta para que o tal orçamento de carbono se esgote. Ele revela que, se seguirmos o ritmo atual de emissões de CO2 na atmosfera, em 17 anos, ou seja, no ano de 2032, não conseguiremos manter a elevação da temperatura na superfície terrestre em apenas 2oC. As consequências para o planeta são imprevisíveis e, muito provavelmente, de enorme impacto para o meio ambiente e à população mundial.
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Os outros medidores interativos, também em tempo real, demonstram a quantidade e a velocidade com que os combustíveis fósseis foram e estão sendo explorados no planeta enquanto nós existimos.
O segundo, por exemplo, responde à pergunta “Quantos anos você terá quando esgotarmos o orçamento dos 2oC?”. Ou seja, revela – por meio de outa conta – o que disse o primeiro cronômetro. O internauta digita sua idade e descobre quantos anos terá quando liberarmos 565 gigatoneladas de dióxido de carbono.
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Com base em sua idade, o terceiro medidor indica qual volume de gás já foi explorado.
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E, para “causar” ainda mais, o último contador descobre a quantidade de carvão perfurada e queimada enquanto a página do jornal foi carregada.
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Esta iniciativa do jornal britânico é uma maneira de tornar o debate e os números sobre o aquecimento global mais acessíveis e reais para os leitores. As pessoas podem não entender a dimensão de uma gigatonelada, mas certamente irão compreender quando lerem que, em apenas 17 anos, a temperatura do planeta pode subir mais do que 2oC.
*O contador do The Guardian que mostra quando estará esgotado o orçamento de carbono do planeta leva em conta dados do Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC), Statistical Review of World Energy 2014, PBL Netherlands Environmental Assessment Agency e Global Carbon Project.
Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br

terça-feira, 21 de abril de 2015

Petróleo fecha em queda após anúncio militar saudita

Plataforma de petróleo

petróleo fechou em queda nesta terça-feira, 21, influenciado pelo anúncio de que a operação militar no Iêmen chega ao fim.
Na Nymex, os contratos para maio, que encerram hoje, terminaram em queda de US$ 1,12 (-1,98%), a US$ 55,26 por barril. Já os contratos para junho, os mais líquidos, recuaram US$ 1,27 (-1,98%), para US$ 56,61 por barril.
Na ICE, o petróleo Brent para junho fechou em queda da US$ 1,37 (-2,16%), a US$ 62,08 por barril.
Embora a produção de petróleo do Iêmen não seja de grande monta, a campanha militar elevou temores sobre a escalada da violência na região, o que poderia afetar a produção de grandes exportadores do Oriente Médio.
"Ninguém esperava que a campanha no Iêmen fosse acabar tão rápido", disse Phil Flynn, analista da Price Futures Group, acrescentando que a notícia acelerou a queda da commodity. Fonte: Dow Jones Newswires.
Fonte: http://exame.abril.com.br

ANP estuda áreas em 10 bacias sedimentares para a 13ª Rodada

Petróleo

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou nesta segunda-feira que 23 setores, distribuídos por dez bacias sedimentares, estão em estudo para a oferta de blocos na 13ª Rodada de licitação de blocos exploratórios de petróleo, prevista para este ano.
As bacias em estudo são Amazonas, Parnaíba, Potiguar (terra), Recôncavo, Sergipe-Alagoas (mar), Jacuípe, Camamu Almada, Campos, Espírito Santo (mar) e Pelotas.
"A data da 13ª Rodada e os blocos selecionados para o leilão serão divulgados posteriormente pelo Ministério de Minas e Energia", disse a autarquia em nota.
Fonte: http://exame.abril.com.br

ANP confirma relação de áreas em estudo para concessões

Refinaria de petróleo

A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) confirmou nesta segunda-feira, 20, a relação de áreas em estudo para compor a 13ª Rodada de concessões, ainda sem data marcada.
Ao todo, estão em análise 23 áreas distribuídas em dez bacias sedimentares, segundo relação divulgada hoje pela reguladora.
Há oportunidades nas bacias do Amazonas, Parnaíba, Potiguar, Recôncavo, Sergipe-Alagoas, Jacuípe, Camamu-Almada, Espírito Santo, Campos e Pelotas.
A relação das áreas foi encaminhada ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), do Ministério de Minas e Energia (MME), em dezembro. A relação definitiva dos blocos selecionados para a 13ª Rodada será divulgada "posteriormente", conforme o comunicado da agência reguladora. O Ministério também confirmará a nova data do leilão, que estava previsto inicialmente para ser realizada no primeiro semestre.
Pela lista divulgada hoje, estão em análise blocos em áreas onshore e offshore. A agência não divulgou as informações detalhadas sobre os blocos que seriam ofertados dentro dos setores apresentados. Estão em análise os setores denominado SAM-O, na Bacia do Amazonas; SPN-O e SPN-N, na Bacia do Parnaíba; SJA-AP, na Bacia do Jacuípe.
Na área terrestre da Bacia Potiguar, estão em análise os setores SPOT-T2, SPOT-T3, SPOT-T4 e SPOT-T5. Já na Bacia do Reconcâvo, na Bahia, estão em análise os setores SREC-T1, SREC-T2, SREC-T3, SREC-T4. Na área marítima da Bacia Sergipe-Alagoas estão em estudo blocos nos setores SSEAL-AP1 e SSEAL-AP2.
Também integram a lista de áreas em estudo os setores SCAL-AP1 e SCAL-AP2, da Bacia de Camamu-Almada. Na área marítima da Bacia do Espírito Santo, estão na lista os setores SES-AP1E e SES-AP2. Na Bacia de Campos, estão previstos os setores SC-AR2 e SC-AR3. Na Bacia de Pelotas, estão na lista os setores SP-AR4, SP-AP4, SP-AUP4.
Fonte: http://exame.abril.com.br

Venezuela exporta até 2,5 mi bpd de petróleo, diz estatal

Trabalhador em uma refinaria da Petroleos de Venezuela SA ( PDVSA), perto de Punto Fijo

Venezuela está exportando atualmente entre 2,4 milhões e 2,5 milhões de barris de petróleo por dia (bpd), de uma produção de petróleo que está em 2,85 milhões de bpd, disse o presidente da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), Eulogio Del Pino.
O executivo da petroleira disse que a meta é aumentar a produção de petróleo em pelo menos 100 mil bpd até o fim do ano.
Del Pino afirmou, durante uma visita à região do Orinoco, maior reserva de petróleo do país, que há previsão de investir 15 bilhões de dólares em 2015, junto com empresas estrangeiras sócias da PDVSA, para incrementar a extração de petróleo na área.
Fonte: http://exame.abril.com.br

Operadoras veem forte demanda de petróleo com queda do preço

Petróleo

A forte demanda de petróleo nos primeiros meses do ano está apontando para um aumento no consumo em meio à maior queda de preços desde a crise financeira de 2008, segundo informações de operadoras de commodities dadas durante uma conferência nesta terça-feira.
Vitol, um dos maiores traders de petróleo do mundo, vê a demanda por petróleo aumentando em 1,2 milhão de barris por dia neste ano, quase o dobro da taxa de crescimento do ano passado. O braço de trading da BP, por sua vez, está esperando que a demanda por petróleo fique no topo das projeções para este ano, em cerca de 1,4 milhão a 1,5 milhão de barris por dia.
Fonte: http://exame.abril.com.br

A renda de cada país do mundo em um único mapa

Depois de pagar seus impostos, um suíço tem em média US$ 6.301 para gastar no mês.
É 3 vezes mais do que um italiano e quase 10 vezes mais que um russo, de acordo com mapas criados pelo site Movehub com informações do Numbeo.com e do Nation Master.
No Brasil, a renda disponível é de 757 dólares, um pouco acima da China (US$ 731), mas abaixo da vizinha Argentina (US$ 1.018,58).
De forma geral, se destacam Austrália, Estados Unidos, Canadá e europeus como de renda alta, com todo o resto na faixa média ou baixa. 
O número médio também mascara as desigualdades internas, como mostra bem o mapa dos Estados Unidos. A renda na capital Washington DC é de US$ 5.450, cerca de o dobro de Mississippi: US$ 2.650.
Outros especialistas também criaram nos últimos meses outras visualizações interessantes de temas econômicos complexos. É o caso do mapa que mostra a volta da China para o centro de gravidade global e do gráfico com os países do mundo por riqueza e tamanho.
Veja abaixo o infográfico completo de renda disponível. O vermelho indica as menores rendas (abaixo de 400 dólares mensais) e o azul escuro indica as maiores (acima de US$ 3.500):
MAP: Monthly Disposable Income Around the World
Fonte: http://exame.abril.com.br

domingo, 19 de abril de 2015

Células de Combustivel



Uma célula de combustível é uma célula electroquímica que converte continuamente a energia química de um combustível e de um oxidante em energia eléctrica, através dum processo que envolve essencialmente um sistema eléctrodo/electrólito [Kordesch et al., 1996].

Uma célula de combustível pode converter mais do que 90% da energia contida num combustível em energia eléctrica e calor.


No ano de 1996, as células de combustível com ácido fosfórico (CCAF) apresentavam uma eficiência de conversão eléctrica de 42%, com uma elevada produção de calor [Kordesch et al., 1996].

O aumento da poluição (legislação cada vez mais exigente), as limitações nas reservas de combustíveis fósseis e a ausência de regulações no sector de distribuição de energia (perdas eléctricas, acidentes com radiações electromagnéticas, localização e custos de centrais eléctricas) são preocupações que a nível global estão a alarmar cada vez mais a humanidade.


Estas questões representam uma força motriz forte para a investigação e desenvolvimento de novas fontes de energia amigas do ambiente, altamente eficientes e com ciclos de vida renováveis.

Independentemente da escolha de combustível (hidrogénio, metanol, metano, etano, etanol) as células de combustível representam uma alternativa eficiente para a conversão de energia no futuro.

Num pequeno período de tempo, um grande número de organizações e empresas assumiram o desafio de iniciarem a comercialização de células de combustível.

Muitos aspectos importantes ligados à tecnologia das células de combustível foram discutidos, embora muitas outras áreas como, por exemplo, modelização, catálise, fabrico industrial e controlo, representam desafios adicionais à espera de serem compreendidos e solucionados.

Na qualidade de tecnologia alvo de interesse recente, as células de combustível apresentam um elevado potencial de desenvolvimento.

Em contraste, as tecnologia competidoras das células de combustível, incluindo turbinas de gás e motores de combustão interna, já atingiram um estado avançado de desenvolvimento.

Para este tipo de tecnologias são esperados no futuro pequenas melhorias, envolvendo obrigatoriamente um aumento de custos e de temperaturas de funcionamento, e por consequência um aumento das emissões poluentes de óxidos de nitrogénio.

No entanto, como foi referido na secção das desvantagens, para as células de combustível ainda existem diversos problemas importantes por resolver de maneira a lançar a tecnologia no comercio em larga escala.

No dia a dia surgem novos desenvolvimentos como, por exemplo, novas membranas de permuta protónica, melhores catalisadores, melhores desenhos das células e novos modos de funcionamento dinâmicos.

Actualmente, diversas soluções possíveis para os problemas das células de combustível estão a ser investigadas e desenvolvidas.

Neste contexto, a Engenharia Química pode assumir uma função de extrema relevância no empenho de tornar comercial uma tecnologia limpa, eficiente e renovável.

As células de combustível são consideradas uma energia de futuro e uma tecnologia muito promissora.

Apesar das expetativas a verdade é que as células de combustível apresentam vantagens e desvantagens provenientes da sua utilização e mesmo até no fabrico.

As células de combustível são usadas nos dias de hoje em centrais de produção de energia com potências reduzidas (menos de uma dezena de MW).

Ficam colocadas perto dos equipamentos consumidores, podendo assim ser consideradas uma tecnologia de geração dita distribuída.

Apostando na produção local (descentralizada) poupa-se no investimento da construção de grandes linhas de transporte de energia, na protecção destas e outros equipamentos auxiliares, bem como, na manutenção dessas infraestruturas.

Um outro aspecto de economia são os custos de exploração, uma vez que as perdas energéticas, com a produção descentralizada, são consideravelmente reduzidas em linhas, nos transformadores (elevadores e abaixadores), bem como, na quantidade de aparelhagem de protecção com diminuição do número.

O uso do hidrogénio como combustível é muito contraditório e polémico, apresentamos um resumo das vantagens e desvantagens das células de combustível conhecidas até hoje.


As vantagens das Células de Combustível


    • Uma célula de combustível pode converter mais do que 90% da energia contida num combustível em energia eléctrica e calor. No ano de 1996, as células de combustível com ácido fosfórico (CCAF) apresentavam uma eficiência de conversão eléctrica de 42%, com uma elevada produção de calor;

    • Centrais de produção de energia através de células de combustível podem ser implementadas junto dos pontos de fornecimento permitindo a redução dos custos de transporte e de perdas energéticas nas redes de distribuição;

    • A habilidade para co-gerar calor, ou seja, para além de produzir electricidade, produz igualmente vapor de água quente;

    • Devido ao facto de não possuírem partes móveis, as células de combustível apresentam maiores níveis de confiança comparativamente com os motores de combustão interna e turbinas de combustão;

    • A substituição das centrais termoeléctricas convencionais que produzem electricidade a partir de combustíveis fósseis por células de combustível melhorará a qualidade do ar e reduzirá o consumo de água e a descarga de água residual;

    • As emissões de uma central eléctrica de células de combustível são dez vezes menos do que as normativas ambientais mais restritas. Para além disso, as células de combustível produzem um nível muito inferior de dióxido de carbono;

    • A natureza do funcionamento permite a eliminação de muitas fontes de ruídos associadas aos sistemas convencionais de produção de energia por intermédio do vapor;

    • A flexibilidade no planeamento, incluindo a modulação, resulta em benefícios financeiros e estratégicos para as unidades de células de combustível e para os consumidores;

    • As células de combustível podem ser desenvolvidas para funcionarem a partir de gás natural, gasolina ou outros combustíveis fáceis de obter e transportar (disponíveis a baixo custo);

    • Na qualidade de tecnologia alvo de interesse recente, as células de combustível apresentam um elevado potencial de desenvolvimento.


As desvantagens das Células de Combustível


    • A necessidade da utilização de metais nobres como, por exemplo, a platina que é um dos metais mais caros e raros no nosso planeta;

    • O elevado custo actual em comparação com as fontes de energia convencionais;

    • A elevada pureza que a corrente de alimentação hidrogénio deve ter para não contaminar o catalisador;

    • Os problemas e os custos associados ao transporte e distribuição de novos combustíveis como, por exemplo, o hidrogénio;

    • Os interesses económicos associados às indústrias de combustíveis fósseis e aos países industrializados.





Fonte: http://www.portal-energia.com

O sol é para todos


Se toda a radiação que atinge a Terra em um único dia, vinda do Sol, virasse eletricidade, seria possível sustentar o consumo da humanidade ao longo de 27 anos. A energia solar, limpa e renovável, funcionaria como perfeito substituto do petróleo, finito e refém da gangorra dos preços. Representaria ainda o mais magnífico processo de troca de matriz energética, no avesso da poluição provocada pela queima de combustíveis fósseis, o mais rápido e danoso atalho para o aquecimento global. 

E, no entanto, por que a energia solar ainda é pouco usada, quase sempre mais promessa que realidade? As placas de silício necessárias para captá-la por meio de painéis são caras, pesadas e grossas. Apesar de úteis em grandes espaços, como campos, são inúteis para substituir o petróleo na vida urbana. Nos últimos cinco anos, porém, surgiu uma nova tecnologia afeita a vencer esses desafios. Construídas com material não tóxico, as placas OPV (sigla em inglês para painéis fotovoltaicos orgânicos) têm a finura de uma cartolina e a flexibilidade do plástico. Podem ser coladas no teto de um carro, nas janelas de prédios ou mesmo em mochilas.

A inovação pode ser o empurrão que faltava para a adesão maciça à energia solar. As placas delgadas de OPV funcionam de modo ligeiramente diferente das de silício, as mais populares - no caso das OPV, o revestimento feito de tinta orgânica reage quimicamente ao contato com a radiação, liberando os elétrons que formam a corrente elétrica (veja explicação mais abaixo). Nos painéis tradicionais, o calor associado à luz ativa os circuitos de silício, em um processo mais complexo.

O Sol sempre foi, é natural, a principal fonte de energia para a Terra, e o homem se aproveita disso há muito tempo. Já na Grécia antiga, casas eram construídas voltadas para o sul para ser mais bem iluminadas e aquecidas pela luz. Mas as placas solares tais como as conhecemos só começaram a ser concebidas na segunda metade do século XIX, quando o matemático francês Augustin Mouchot notou que o ritmo de consumo de carvão após a Revolução Industrial não era sustentável a longo prazo e foi buscar alternativas. Mouchot utilizou um espelho côncavo para canalizar a luz, aquecer a água e construir o primeiro motor movido a energia solar. As pesquisas evoluíram a passos curtos até os anos 50, quando a empresa americana Western Electric começou a comercializar tecnologias fotovoltaicas de silício que impulsionaram essa indústria. Foi, porém, apenas na década de 80 que os painéis de silício ganharam o mercado e, de imediato, começaram a ser exaltados por conservacionistas como a alternativa ecologicamente adequada ao petróleo e ao carvão.

Apesar de cumprir a missão de transformar luz solar em energia, a primeira geração de painéis solares não era versátil. Além de as placas serem trambolhões, emitiam grandes quantidades de gases poluentes em sua fabricação. A segunda geração, que surgiu nos anos 1990 e é de cobre e gálio, não foi para a frente em decorrência de as substâncias químicas usadas em sua construção terem valores inviáveis. A terceira, representada pela OPV, surgiu no início dos anos 2000 com um cipoal de vantagens. O filamento tem 5% do peso do de silício; as placas dependem menos da exposição ao sol para gerar energia; em dois meses compensam os poluentes emitidos em sua produção (com as de silício, são necessários doze anos para alcançar essa contrapartida); e, por serem maleáveis, podem adotar a forma que for, aptas a instalação em qualquer lugar.

A única desvantagem ainda é o preço. Uma família brasileira de consumo mediano teria de investir 12 mil reais para comprar os 12 metros quadrados de placas necessários para suprir sua demanda cotidiana. É, contudo, um empecilho temporário. Como acontece com toda tecnologia recém-nascida, o tempo tratará de barateá-la. "Nos anos 1980, cada watt gerado por uma placa solar custava absurdos 76 dólares. Hoje, sai por só 5 dólares, e o preço continuará a diminuir", aponta o engenheiro Marcos Maciel, diretor de operações da Csem Brasil, com sede em Belo Horizonte. 

A Csem é um raríssimo exemplo de empresa brasileira que aposta em inovação e que pode levar o país à liderança do setor. Hoje, apenas 0,7% da matriz energética mundial é proveniente de fontes solares. Estima-se, porém, que esse número se multiplicará por oito até 2030 e que ainda neste século os combustíveis fósseis serão eliminados de nossa rotina e substituídos completamente por alternativas, principalmente a solar.

As placas de OPV, o futuro do setor, só se tornaram comerciais há cerca de cinco anos e ainda representam menos de 1% do mercado global de energia solar. O Japão e a Alemanha são líderes na fabricação dessas folhas, mas o Brasil tem a rara chance de entrar na disputa com boas perspectivas. Segundo o Atlas Brasileiro de Energia Solar, um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) elaborado com dados coletados por onze satélites, o país pode espalhar placas solares eficientes por praticamente todo o seu território. Um cenário favorável e dificílimo de encontrar pelo mundo. O plano da Csem é popularizar a OPV no Brasil, instalando placas em cidades, áreas rurais e represas.

Para a comercialização da tecnologia foi criada outra empresa ligada à Csem, a Sunew, que pretende iniciar os trabalhos em poucas semanas. Desde setembro de 2014, a companhia está construindo uma fábrica que deve abrir as portas em julho deste ano e cuja produção, de 2 metros de placas por minuto, vai torná-la a maior do gênero no planeta. Já há interessados na novidade. A Sunew fechou contratos com gigantes como Fiat e Votorantim. A montadora deve instalar a OPV em automóveis. A fabricante de cimento planeja colocar os finos captadores de energia em represas para a geração de eletricidade em larga escala. O potencial é imenso. Se um terço do Lago de Furnas, em Minas Gerais, fosse coberto de OPV, a energia gerada supriria toda a demanda nacional. O país não sofreria mais com crises energéticas como a deste ano, provocadas pela seca e pela inépcia.

A OPV é um alento para um mundo excessivamente dependente de fontes energéticas insustentáveis a longo prazo. Por exemplo, se continuássemos a consumir petróleo no mesmo ritmo de hoje, esse recurso acabaria em todo o planeta ainda neste século. É um cenário improvável, porém. Como anotou o xeique Ahmed Zaki Yamani, ex-ministro de Energia da Arábia Saudita, na década de 70: "A idade da pedra não acabou pela falta de pedra, e a idade do petróleo acabará muito antes que o mundo fique sem petróleo".


Divulgação
As placas de OPV já são testadas em prédios, carros ou mesmo sobre pontos de ônibus; na foto, uma versão portátil é usada para carregar celulares
A incontestável verdade das mudanças climáticas criou uma bem-vinda movimentação global para a adoção crescente de fontes de energia sustentáveis e a pressão constante para a diminuição da emissão de dióxido de carbono, o CO2, na atmosfera. O petróleo e as atitudes incoerentes com os esforços sustentáveis se tornaram os grandes vilões de nossa era. Há previsões cada vez mais apocalípticas, algumas cientificamente comprovadas, outras convenientemente exageradas, mas a lista de danos é grande: a acidificação de oceanos, o derretimento de geleiras e a devastação de habitats. Essa maciça preocupação foi expressa por Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, numa definição recente e já clássica: "Não há plano B, porque nós não temos um planeta B". Os painéis fotovoltaicos orgânicos podem representar esse plano B.

UMA CASA 100% SOLAR
Com dez anos de experiência no setor de energia, o engenheiro e empresário mineiro Walter Fróes procurava uma forma de inovar sua vida profissional, no ano passado, e achou nas fontes solares o maior potencial para essa reviravolta. Antes de entrar no negócio, ainda em construção (ele pretende investir em empresas do setor energético), quis perceber no próprio cotidiano se a tecnologia valia a pena. Em setembro último, Fróes instalou 36 painéis de silício sobre o telhado de sua casa, no bairro de Mangabeiras, em Belo Horizonte. O equipamento fornece 9 quilowatts, o suficiente para cobrir quase todo o consumo de sua família. A energia começa a ser produzida por volta das 6h30, tem seu pico ao meio-dia e termina às 18 horas, quando o excedente é armazenado para a noite.

Promover essa mudança não saiu barato: foram investidos 81 mil reais nos aparelhos. Mas, além de fazer bem para o planeta (o engenheiro calcula que já deixou de emitir 5 toneladas de CO2 na atmosfera), faz bem para o bolso. A conta mensal na casa de 500 metros quadrados, que saía por mais de 1 mil reais, foi reduzida em 97%. "Terei o retorno do meu dinheiro em quatro anos", diz Fróes. Em alguns meses ele chegou a produzir mais energia do que precisava. Por não ter uma bateria apropriada para armazenar a carga, Fróes precisa pagar pela utilização do Sistema Integrado e tem de enviar à rede pública o excedente produzido. No fim do mês, contas feitas, recebe um crédito em quilowatts quando fornece mais do que consome.

O investimento doméstico na energia solar deverá valer ainda mais dentro de alguns meses, se vingar a promessa recente do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, de desonerar de uma série de impostos aqueles que trabalham com energia solar.

UMA BOA ALTERNATIVA
Os painéis solares orgânicos, conhecidos pela sigla OPV, são flexíveis, mais eficientes e têm 5% do peso de um painel tradicional, feito de silício. Podem ser colados em janelas de prédios, teto de veículos, telhado de casas e até mesmo em mochilas. Para conferir como a luz solar vira energia elétrica, clique na imagem abaixo:


AS VANTAGENS DA OPV:
- É feita de material não tóxico, como plástico PET e tintas orgânicas;
- Uma placa de 12 metros quadrados gera energia suficiente para o consumo de uma típica família brasileira;
- Como cada metro quadrado do painel tem apenas um terço de 1 milímetro de espessura, ele pode ser acoplado a todo tipo de estrutura, desde prédio até guarda-sol;
- Se o usuário produzir tudo o que consome, só terá de pagar ao governo uma taxa de acesso à rede elétrica. Resultado: cerca de 90% de economia na conta mensal.

POTENCIAL POUCO EXPLORADO
- Toda a luz solar que incide na Terra em um dia é capaz de abastecer a humanidade por 27 anos;
- Com essa energia seria possível suprir quase 10 mil vezes a atual demanda global;
- A radiação solar que incide no Brasil em um ano seria capaz de atender às necessidades de 30 mil países como o nosso.


Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br