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sábado, 13 de junho de 2015

"Bolívia será o centro energético da América do Sul"

A afirmação é do diretor da Agência Nacional de Hidrocarbonetos da Bolívia, Northon  Torrez Vargas, que destacou a política de estatização do país como acertada. As reservas da Bolívia atendem hoje completamente as suas demandas internas e externas
O segundo dia de debates do Gas Summit 2015 foi de intensa troca de informações sobre as possibilidades de desenvolvimento do gás na América do Sul. As mudanças na matriz energética, a pressão da volatilidade do petróleo e as características na gestão dos países sul americanos foram os destaques do programa .
Diretor da TNSLatam, Fernando Meiter, abriu o seminário afirmando que existe uma abundante infraestrutura de interconexão entre os países da região, que pode gerar grande otimização para o desenvolvimento do gás. “Além dos benefícios econômicos, essas relações geram um fortalecimento dos subsistemas regionais. Existe uma boa base com os convênios de assistência entre países. Mas é preciso encorajar a confiança entre governos e empresas privadas envolvidas através de mecanismos cooperativos, regulatórios, tributários e aduaneiros”, afirmou.
Meiter identifica na falta de planejamento um dos problemas mais sérios entre os sul americanos e mencionou as várias opções de abastecimento de GNL entre Argentina, Chile, Uruguai, para geração de energia elétrica. “Temos toda a infraestrutura para essas trocas. Podemos fazer  inúmeras combinações entre os países”.
Representando Luiz Bertenasco, líder de projeto da ENARSA PDV da Argentina, Meiter falou também sobre a atual situação do setor de gás argentino, lembrando que o país é a segunda maior reserva de hidrocarbonetos não recuperáveis do mundo. “As condições de investimentos são mais atraentes agora, com a Lei 27.007 – nova lei de hidrocarbonetos, que em períodos mais extensos de investimentos”, disse. Na nova lei, a aprovação final dos projetos de investimentos é do governo, que passa a ter a última palavra na gestão de hidrocarbonetos. Com relação à concessão, a lei que antes ditava 25 anos com mais 10 anos prorrogáveis (convencional) e 30 anos (+10 anos) para não convencionais, passou a ser de 25 anos (+10 anos) independente do tipo de exploração.
“Sabemos que as condições políticas são desfavoráveis, mas as condições geológicas são muito promissoras. Precisamos obviamente de um novo governo e de novos ares”, admitiu Meiter. Segundo ele, a nova lei ainda tem algumas questões que geram dúvida e que precisam ser sanadas e o contexto internacional de preços baixos do petróleo tem impacto sobre os projetos não convencionais. “Além disso, existem restrições à movimentação de divisas, o que desestimula investidores internacionais A negociação ainda incerta da dívida externa eleva o risco do país. E ainda há incerteza sobre o contexto político”.

Gás na América do Sul

Para dar uma visão sobre o setor boliviano de gás, o diretor técnico da Agência Nacional de Hidrocarbonetos da Bolívia, Northon  Torrez Vargas, participou do encontro. “A situação boliviana, após a estatização da exploração e produção do gás, nos permite hoje atender o mercado interno e a demanda de exportação, basicamente da Argentina e do Brasil”, disse, avisando: “Nos transformamos em exportadores de gás e seremos o centro energético da região”.
Segundo Vargas, a produção boliviana de gás deve crescer. “O campo de Incahuasi nos permitirá esse desenvolvimento. De 2011 a 2014 os investimentos foram de US 4,4 bilhões e, em  2015, 60% dos investimentos da YPFB serão em exploração e produção”, informou. E completou: “Ainda temos prazos para renovar os contratos de fornecimento com Brasil e Argentina, mas com relação aos preços, podemos dizer que a queda no valor do petróleo afeta os valores praticados e estamos estudando como nos afetarão”.
A realidade peruana também foi apresentada no evento pelo vice ministro de Energia do país, Raul Pérez Reyes. “Temos o compromisso de garantir a todos os peruanos o acesso à energia,  com especial atenção à população rural. Este processo se dará com o emprego de GNV, com uso de novas tecnologias em eletrificação, otimização de desenhos e energias renováveis”, disse Reyes.
“Queremos consolidar o desenvolvimento das redes de distribuição e contar com a reservas de produção e com meios alternativos de transporte de energia, além de descentralizar a produção de energia e diversificar a matriz energética nacional”, enfatizou o vice ministro.
Entre os grandes projetos em curso no Peru, Reyes mencionou as melhorias na segurança energética e o desenvolvimento do Gasoduto Sur Peruano, com 1134 km de comprimento e que tem a participação da brasileira Odebrecht, sendo uma PPP com área de influência ao sul do país. “Prevemos 65% crescimento nacional da demanda por energia elétrica até 2025 e temos previsão de investimentos totais US$ 44 bilhões para o setor para os próximos 10 anos”, disse.
Sobre a Colômbia, o diretor técnico de Hidrocarbonetos do Ministério de Minas e Energia de Colômbia, Carlos David Beltran Quintero , informou que a meta do ano é incentivar a extensão dos prazos contratuais, o movimento de investimentos e equalização das condições contratuais da exploração offshore. “A previsão é de investimentos de quase US$ 500 milhões”, revelou.
Já Gabriela Rojo Chavez, diretora de regulação econômica de gás natural, da comissão reguladora de energia no México, falou sobre alternativas encontradas pelo México para incentivar a participação das empresas privadas na exploração de petróleo e gás e os efeitos desta nova postura no cenário global. A cadeia de fornecedores também mudou e abre espaço para a participação da iniciativa privada, seja na exploração, na produção, na distribuição e comercialização.
“Queremos que a PEMEX possa se associar a terceiros sem prejuízo de qualquer tipo. Anos anteriores, em 2003, a exploração e produção de gás caíram, embora os investimentos estivessem em alta”.
Com a reforma na política energética mexicana para a exploração e produção de petróleo e gás, espera-se que a produção de gás aumente. “Em uma perspectiva mais pessimista, acreditamos que o incremento possa chegar a 4%; em uma projeção mais otimista, chegaremos a um aumento de 8%, que pode diminuir nossa dependência das importações”.

Demanda

O Gas Summit recebeu também o presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Mauricio Tolmasquim, que fez uma detalhada exposição sobre o setor brasileiro de gás e a projeção da demanda.
Tolmasquim disse que o setor energético cresceu entre 2004 a 2013 pouco mais de 7%, sendo que a demanda de gás natural como matéria prima expandiu 4,9% ao ano e o GNV 1,1%. “A nossa projeção de crescimento de demanda do gás natural deve crescer 3,8%, de 2015 a 2025, puxada essencialmente pela demanda não termelétrica. O gás manterá sua participação na matriz energética em 14%”, disse. Quanto à oferta, o volume deve passar de 39 para 73 milhões de metros cúbicos – no período 2014 – 2024.
O presidente da EPE projetou que a demanda máxima de gás natural terá alta de 47% na até 2024 e a oferta potencial acompanhará a curva de crescimento, chegando a 164 milhões de m³/dia.
Heloise Costa, assessora de diretoria da ANP - Agência Nacional de Petróleo, Gás e Bicombustíveis, também participou do evento. A apresentação da especialista foi sobre a Lei do Gás, considerando as perspectivas de harmonização das regulamentações estaduais e federal e de consolidação do mercado livre de gás no  Brasil e alternativas viáveis para o desenvolvimento do setor.

Iniciativa privada

Soluções da iniciativa privada também ganharam espaço no evento. Um case apresentado foi o da Coca-Cola Andina. O gerente da fábrica, Nilson Alegre, e o gerente de projeto da Light Esco, Rui Brilhante, discorreram sobre a experiência no local que teve como resultado o aumento da eficiência no aproveitamento do gás, com aumento também do seu valor agregado.
Já o gerente de desenvolvimento de negócios da Aggreko, Pedro Fusco, mostrou como a incorporação de geradores a gás pode solucionar questões de geração distribuída. “Os geradores a gás são extremamente flexíveis, eficientes e perfeitos para aplicações como geração combinada de energia e calor; instalação de biogás; fornecimento de energia em horários de pico da demanda. Fazendo uma comparação com geradores movidos a diesel, o custo de contratação é 30% inferior com os nossos equipamentos a gás”.
O executivo de negócios em O & G da Imagem ESRI, Alessandro Diniz, dissertou sobre a tecnologia e a operação da distribuição, enfatizando os fluxos de comunicação na busca de eficiência. Ele citou a possibilidade de criar centros de informação para auxiliar os estudos de projetos, por exemplo, com mapeamentos e gestão de inspeção a campo.
O consultor ressaltou que é possível também criar maquetes virtuais das plantas, com simulações importantes de projeções. “A inteligência geográfica é muito relevante para os negócios porque ajuda na tomada de decisões bem embasadas, promove melhorias de desempenho e da qualidade de serviços e aumenta a autonomia dos colaboradores e, fundamentalmente, auxilia na redução de custos”.
Finalizando o segundo dia de Gas Summit, o diretor superintendente da TBG, Ubiratan José Clair, mencionou que afirmação da agência nacional de energia de que o gás natural será o único combustível fóssil crescer nas próximas décadas, mas alertou que “a chamada golden age do gás natural ainda não está definida. Teremos que trabalhar juntos para definir e expressar o real potencial do gás”.

Último dia

Nesta quarta-feira, acontecem as últimas palestras do Gas Summit.  Às 9h, “Gás do Pré-Sal” será o tema analisado pela diretora do Departamento de Gás Natural do Ministério de Minas e Energia, Symone Christine de Santana Araújo, e pela especialista de gás da Firjan, Renata van de Haagen. Às 11h, Alexandra Barone, superintendente de Assuntos Regulatórios da Comgás e Alexandre Caldeira, especialista em Regulação da ANP, analisam aspectos regulatórios e de aproveitamento do biogás. Na sequência, às 11h30, Renato Jerusalmi, CEO da BPMB Parnaíba aborda questões do gás on-shore. “Gás Não-Convencional” é o tema da palestra do professor da UFRJ, Edmar Luiz Fagundes de Almeida, ao meio-dia.
Encerrando a programação do Gas Summit Latin America 2015, o diretor da Gás Natural Fenosa, Armando Laudorio, participa da palestra “GNC e as Novas Redes de Distribuição” e, às 15h10, é a vez do GNL ser analisado pela sócia-diretora da empresa de consultoria Prysma E&T, Sylvie D’Apote.
Fonte: http://geofisicabrasil.com

EUA passam a ser maior produtor mundial de petróleo

Os Estados Unidos tornaram-se o maior produtor de petróleo do mundo, pela primeira vez desde 1975, graças ao óleo de xisto, anunciou nesta quarta-feira (10) a companhia de petróleo britânica BP.
Além disso, a oferta global de petróleo cresceu como nunca antes em 2014 (2,1 milhões de bpd), de acordo com o relatório estatístico sobre energia da BP.
Este aumento deveu-se principalmente ao crescimento de 1,6 milhões de barris por dia de produção americana.
Segundo o relatório, esta é a primeira vez que um país consegue aumentar sua oferta em mais de 1 milhão de barris por dia durante três anos consecutivos.
"Os Estados Unidos ultrapassaram a Arábia Saudita e a Rússia como o principal produtor de petróleo pela primeira vez desde 1975", disse Bob Dudley, diretor executivo da BP.
"As implicações da revolução de xisto americano são profundas", disse ele.
Por exemplo, os Estados Unidos reduziram significativamente suas importações, a ponto de ceder à China o lugar de maior importador.
E isso apesar da desaceleração econômica que fez a demanda chinesa cair a apenas 2,6% em 2014, muito menos do que a média anual de 6,6% nos últimos 10 anos.
O óleo de xisto é um substituto do petróleo, cuja técnica não convencional envolve a injeção de água sob alta pressão, fraturação hidráulica, em rochas localizadas a entre 1.500 a 2.400 metros de profundidade.
Esta técnica tem expandido as possibilidades de extração de petróleo e é uma ameaça para o domínio dos produtores tradicionais.
Fonte: http://geofisicabrasil.com

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Taxação sobre carbono, um combate que interessa petroleiras

Usina de carvão é vista em Knottingley, Inglaterra

Seis grandes empresas de petróleo e gás europeias exigem um imposto sobre o carbono para reduzir as emissões de C02 - mas o que pretendem com isso é penalizar carvão, concorrente direto do gás.

Os signatários do movimento são a Total, BG Group, BP, Eni, Royal Dutch Shell e Statoil, cujos executivos, convidados para o Congresso Mundial de Gás, realizado até sexta-feira, em Paris, multiplicaram as declarações para defender o gás em detrimento do carvão.

O CEO da Shell, Ben van Beurden, convidou abertamente os governos a "desencorajarem o uso de carvão".

"A capacidade de substituir o carvão por gás é essencial", afirmou Isabelle Kocher, representante geral da empresa francesa Engie (ex-GDF Suez).

"É muito triste ver que a energia do carvão, que se pensava ser de outro século, retornou com força em alguns países europeus", disse à AFP Jérôme Ferrier, presidente da União Internacional de Gás, alguns dias antes do Congresso.

E o carvão concorre diretamente com o gás para produzir energia.

Há dois anos o preço do gás é cerca de três vezes maior do que o carvão na Europa, gerando "forte concorrência" entre as duas fontes de energia para alguns produtores que "seguem se apoiando muito mais que o esperado no carvão" - segundo Nathalie Desbrosses, chefe de análise de mercado energético da agência Enerdata.

- Gás menos competitivo -

Centrais de gás são menos rentáveis ​​do que as de carvão, e muitas têm fechado as portas na Europa nos últimos meses, também penalizadas pelos baixos preços da eletricidade nos mercados de energia.
No ano passado, na Europa, a demanda por gás caiu 11%, principalmente devido ao inverno ameno que reduziu a necessidade de aquecimento, mas que tinha se mantido relativamente estável nos anos anteriores.
Enquanto os Estados Unidos contam com um recurso abundante de gás não convencional (como o gás de xisto), os produtores europeus têm de encontrar saídas fora, como na Ásia, onde o carvão é usado de maneira generalizada.

Na verdade, os recursos de carvão são mais bem distribuídos por todo o mundo do que o gás, que escapa de considerações estratégico-diplomáticas e precisa de menos investimentos em infra-estrutura para ser extraído e transportado.

Ao defenderem a ideia de uma taxa de carbono alta e global, os entusiastas europeus do gás querem que, além de seu compromisso real com o clima, o preço do carbono se equipare ao do gás.

E é que o carvão é o combustível fóssil mais poluente. Segundo a agência Enerdata, uma tonelada de carvão emite 3,5 toneladas de CO2 contra 2,3 toneladas e 2,7 toneladas de petróleo.


"Certamente as companhias petrolíferas só fazem isso para promover o gás, não querem de jeito nenhum abandonar os combustíveis fósseis, apenas enfraquecer o carvão", comenta Lili Fuhr, especialista em clima da fundação alemã Heinrich-Böll.

Fonte: http://exame.abril.com.br

Exploração do gás do pré-sal exige mais investimentos para sustentar oferta do insumo

Exploração do gás do pré-sal exige mais investimentos para sustentar oferta do insumo
Divulgação Divulgação
Até 2023 a produção de gás do pré-sal deve chegar a 200 milhões de m³ por dia, de acordo com o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), divulgado em 2014. Com a diminuição das projeções da Petrobras, em razão da queda do volume de investimentos no insumo, os resultados não devem atingir o previsto pela EPE, mas serão expressivos graças à exploração do potencial do gás nos próximos 10 anos. É o que aponta a especialista em gás da Firjan, Renata van de Haagen.

O momento atual, segundo ela, é de incertezas. “Toda a estrutura de gasodutos que se tem, tanto de escoamento quanto de transporte, pertencem à Petrobras. As novas operadoras ficam sem ter como acessar o mercado e a produção de petróleo e gás fica comprometida. É preciso que sejam feitos investimentos financeiros, mas também no arcabouço regulatório, em uma política industrial e setorial de implementação de calendário contínuo de rodadas de licitações e modificação da política de conteúdo local, que hoje não atende nem as operadoras, nem a indústria brasileira”, explica a especialista.

A diretora do Departamento de Gás Natural do Ministério de Minas e Energia, Symone Christine Santana de Araújo, também destaca os desafios enfrentados no desenvolvimento do gás do pré-sal,  ainda que exista muita expectativa em relação à descoberta de novos campos de exploração. “Distância da costa, profundidades elevadas e alto conteúdo de CO2 são algumas das questões que trazem muitas incertezas à oferta de gás do pré-sal. Essas interrogações também se estendem à parcela da União nos contratos de partilha e suas possíveis oportunidades para o mercado”.

Ainda segundo a diretora, todos esses detalhes ainda estão em discussão, em fase embrionária, “e os caminhos futuros ainda não estão definidos com clareza. Nesse contexto, o Ministério de Minas e Energia pretende aumentar a oferta de gás, elevar a competição do gás natural e reconhecer a importância do insumo como energético”, conclui Symone.

Renata van de Haagen e Symone Christine Santana de Araújo discutem a conjuntura do gás do pré-sal durante o 12º Gas Summit Latin America, grande encontro que debate temas pertinentes à indústria do gás entre os dias 8 e 10 de junho, no Hotel Windsor Atlântica, no Rio de Janeiro (RJ).

Informações sobre a programação completa e inscrições para a edição 2015 do Gas Summit Latin America podem ser obtidas no site www.informagroup.com.br/gas-summit
Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br

10 carreiras para quem se interessa por sustentabilidade




Foi-se o tempo em que sustentabilidade era apenas um tema para discursos vazios e demagógicos.

Nos últimos anos, diz a consultora Juliana Pereira, da Catho, a cobrança por responsabilidade social e ambiental se tornou muito mais concreta - e, no limite, até ameaçadora para o sucesso de uma empresa.

Para atender às exigências de uma sociedade cada vez mais crítica, tem crescido a demanda por profissionais capazes de pesquisar, implementar e atestar práticas sustentáveis.

O leque de carreiras possíveis na área é amplo: vai de biologia a arquitetura, passando por engenharia, logística e até design.

Segundo Juliana, quem sonha em trabalhar na área deve ter, acima de tudo, um perfil empreendedor.

"O profissional precisa enxergar a sustentabilidade como parte de um negócio, isto é, integrar políticas de responsabilidade social e ambiental ao cotidiano das empresas, sem perder de vista o retorno financeiro", afirma a consultora.

BIÓLOGO
O que faz? A missão do biólogo é estudar ecossistemas e seres vivos para gerenciar o impacto do homem sobre a vida dessas espécies e ambientes.

Por que a profissão vale a pena? Segundo Beatriz Pacheco, sócia-fundadora da Plongê, quem opta pela carreira tem a chance de compreender o ritmo e os limites da natureza e sugerir adaptações dos métodos produtivos a eles. Por isso, seu papel é único. "Trata-se de uma profissão essencial para a perpetuação da espécie humana no planeta", diz ela.

ENGENHEIRO AMBIENTAL
O que faz? Estuda o impacto ambiental de uma operação, bem como as oportunidades de minimizá-lo. Entre muitas outras funções possíveis estão o planejamento e a administração de estações de tratamento de esgoto, redes de distribuição da água e descarte do lixo. 

Por que a profissão vale a pena? De acordo com um estudo da consultoria Kelly Services, a profissão está relativamente em baixa, se comparada a outras engenharias neste ano. Ainda assim, a carreira segue ganhando espaço na iniciativa privada, ao longo dos anos. "Cada vez mais empresas buscam esses profissionais, pois estão sendo forçadas a reduzir a geração de resíduos e o consumo de matérias-primas", explica Beatriz Pacheco, da Plongê.

ENGENHEIRO QUÍMICO
O que faz? O leque profissional do engenheiro químico é bastante vasto. Na área de sustentabilidade, ele pode atuar no desenvolvimento do sistema de tratamento de gases e líquidos, na supervisão da produção de medicamentos ou no planejamento da construção de usina de mineração, por exemplo. De forma resumida, ele pode definir normas e métodos de preservação ambiental na cadeia produtiva de uma empresa.

Por que a profissão vale a pena? De acordo com Juliana Pereira, da Catho, o mercado de trabalho é bastante receptivo a profissionais da área especializados em sustentabilidade. "Há um grande interesse das indústrias em reaproveitar matérias-primas, para obter mais eficiência e, ao mesmo tempo, eliminar a poluição", explica ela.

ENGENHEIRO AGRÔNOMO OU FLORESTAL
O que faz? Entre outros papéis, o escopo desses profissionais inclui a recuperação de áreas degradadas, a orientação da produção agropecuária e o planejamento da aplicação de recursos naturais de forma sustentável.

Por que a profissão vale a pena? Segundo Beatriz Pacheco, sócia da Plongê, está cada vez mais evidente que o atual modelo econômico global só é viável com base numa exploração sustentável dos recursos naturais. Nesse contexto, é natural que ganhem visibilidade profissionais capazes de recuperar recursos florestais e garantir a sustentabilidade da produção agrária.

LEED AP (LEED ACCREDITED PROFESSIONAL)
O que faz? Desenvolve projetos de edificações candidatas à certificação ambiental LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). Reconhecido internacionalmente, o documento valida as construções "verdes". 

Por que a profissão vale a pena? Pessoas que já aderiram à carreira são raríssimas: no Brasil, há apenas 128. A escassez de mão de obra, aliada à explosão de empreendimentos com selo LEED no país nos últimos anos, torna o mercado promissor, na opinião de Vanessa Siqueira, do escritório Norte Arquitetura. Outro estímulo para a área, disse ela a EXAME.com, é o incremento de políticas públicas e leis de incentivo fiscal para construções sustentáveis.

DESIGNER DE PRODUTOS SUSTENTÁVEIS
O que faz? Desenvolve produtos ecoeficientes, isto é, com o mínimo impacto ambiental possível.

Por que a profissão vale a pena? Segundo Beatriz, da Plongé, cada vez mais empresas estão sendo desafiadas as diminuir o seu impacto ambiental, repensando seu uso de matérias-primas e geração de resíduos. Designers de bens cuja produção, distribuição e descarte sejam sustentáveis são essenciais nesse processo. 

COORDENADOR OU GERENTE DE SUSTENTABILIDADE
O que faz? É responsável pela gestão e planejamento de atividades corporativas ligadas ao âmbito social e ambiental da empresa. Suas atividades incluem adaptação de sistemas de gestão, auditorias, avaliação de fornecedores, bem como estabelecimento de indicadores e relatórios de sustentabilidade, como o GRI. "Ele garante a responsabilidade da empresa com o ambiente e comunidade no seu entorno", explica Diego Mariz, gerente executivo da Michael Page.

Por que a profissão vale a pena? Em épocas de crise, as empresas aumentam os investimentos em qualquer atividade ligada a redução de risco da operação. Por isso, diz Mariz, esse profissional segue em alta no Brasil, apesar da desaceleração da economia. Outro fator por trás do aquecimento do mercado são legislações cada vez mais "apertadas" e exigentes quando o assunto é meio ambiente e responsabilidade social.

GESTOR DA CADEIA DE FORNECEDORES
O que faz? Garante a adequação da cadeia de fornecedores em temas como condições de trabalho, governança e impacto ambiental.

Por que a profissão vale a pena? O mapeamento e monitoramento de riscos e oportunidades socioambientais na cadeia se transformou numa questão relevante nos últimos anos, segundo Beatriz Pacheco, da Plongê. "A reputação de uma empresa pode ser muito comprometida por uma prática inadequada de um fornecedor, a exemplo do que aconteceu com várias redes de varejo recentemente", afirma.

DIRETOR DE NEGÓCIOS SOCIAIS
O que faz? Lidera negócios especializados em produtos ou serviços que promovam o desenvolvimento sustentável.

Por que a profissão vale a pena? De acordo com Beatriz Pacheco, sócia-diretora da Plongê, muitos empresários e fundos de investimento têm direcionado recursos financeiros para criar soluções inovadoras para os desafios sociais e ambientais. Por essa razão, criar e gerir empresas cuja principal entrega é a sustentabilidade pode ser um caminho com futuro.

COORDENADOR DE INVESTIMENTO SOCIAL PRIVADO
O que faz? Coordena a aplicação dos recursos de uma empresa em uma questão relevante para a comunidade em que atua.

Por que a profissão vale a pena? Praticar filantropia, pura e simplesmente, tornou-se uma questão ultrapassada para as empresas mais modernas, segundo Beatriz. "Hoje, está em evidência um profissional que ajude a organização a trazer resultados e impactos de fato para a sociedade", explica ela.

Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br