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quinta-feira, 4 de junho de 2015

Exploração do gás do pré-sal exige mais investimentos para sustentar oferta do insumo

Exploração do gás do pré-sal exige mais investimentos para sustentar oferta do insumo
Divulgação Divulgação
Até 2023 a produção de gás do pré-sal deve chegar a 200 milhões de m³ por dia, de acordo com o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), divulgado em 2014. Com a diminuição das projeções da Petrobras, em razão da queda do volume de investimentos no insumo, os resultados não devem atingir o previsto pela EPE, mas serão expressivos graças à exploração do potencial do gás nos próximos 10 anos. É o que aponta a especialista em gás da Firjan, Renata van de Haagen.

O momento atual, segundo ela, é de incertezas. “Toda a estrutura de gasodutos que se tem, tanto de escoamento quanto de transporte, pertencem à Petrobras. As novas operadoras ficam sem ter como acessar o mercado e a produção de petróleo e gás fica comprometida. É preciso que sejam feitos investimentos financeiros, mas também no arcabouço regulatório, em uma política industrial e setorial de implementação de calendário contínuo de rodadas de licitações e modificação da política de conteúdo local, que hoje não atende nem as operadoras, nem a indústria brasileira”, explica a especialista.

A diretora do Departamento de Gás Natural do Ministério de Minas e Energia, Symone Christine Santana de Araújo, também destaca os desafios enfrentados no desenvolvimento do gás do pré-sal,  ainda que exista muita expectativa em relação à descoberta de novos campos de exploração. “Distância da costa, profundidades elevadas e alto conteúdo de CO2 são algumas das questões que trazem muitas incertezas à oferta de gás do pré-sal. Essas interrogações também se estendem à parcela da União nos contratos de partilha e suas possíveis oportunidades para o mercado”.

Ainda segundo a diretora, todos esses detalhes ainda estão em discussão, em fase embrionária, “e os caminhos futuros ainda não estão definidos com clareza. Nesse contexto, o Ministério de Minas e Energia pretende aumentar a oferta de gás, elevar a competição do gás natural e reconhecer a importância do insumo como energético”, conclui Symone.

Renata van de Haagen e Symone Christine Santana de Araújo discutem a conjuntura do gás do pré-sal durante o 12º Gas Summit Latin America, grande encontro que debate temas pertinentes à indústria do gás entre os dias 8 e 10 de junho, no Hotel Windsor Atlântica, no Rio de Janeiro (RJ).

Informações sobre a programação completa e inscrições para a edição 2015 do Gas Summit Latin America podem ser obtidas no site www.informagroup.com.br/gas-summit
Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br

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