Cosmos foi uma série de TV realizada por Carl Sagan e sua esposa Ann Druyan, produzida pela KCET e Carl Sagan Productions, em associação com a BBC e a Polytel International, veiculada na PBS em 1980. A série Cosmos é um dos mais formidáveis exemplos da amplitude e eficácia que a divulgação científica pode atingir por meios audiovisuais, quando servida por uma personalidade carismática como Carl Sagan e por meios técnicos adequados.
Cosmos: Uma Odisséia do Espaço-Tempo é uma série americana de documentário científico. É uma continuação da série de 1980,Cosmos, que foi apresentada por Carl Sagan. O apresentador da nova série é o físicoNeil deGrasse Tyson.
Você conhece Nikola Tesla? Muito provavelmente não, pois ele é um dos maiores injustiçados do mundo da ciência. Pai de diversas invenções não creditadas ao seu nome, Tesla permitiu que o mundo em que vivemos se tornasse real. Por que tudo isso? Vejamos:
Responda rápido: Quem fez a revolução elétrica no mundo? Aposto que você disse Thomas Edison, certo? Mas não, não foi ele. Quem realmente inventou esta e muitas outras coisas que se atribuem a diversas pessoas foi Nikola Tesla, o mesmo homem que possui desde uma unidade de medida para medir a densidade do fluxo magnético, uma cratera na lua, um asteroide, o maior prêmio de engenharia elétrica do mundo até um aeroporto, uma banda de heavy metal com o seu nome, um dia só seu (10 de julho, em diversos países), além de ser personagem do filme O Grande Truque e nomear a marca que promete um futuro verde ao mundo.
Mais de 300 patentes em quase 30 países (inclusive 2 aqui no Brasil), mas então porque ele não é reverenciado como um gênio? Tretas como as de Thomas Edison que você confere a partir de agora.
Quem foi Nikola Tesla
Nascido no finado Império Austro-Húngaro, onde hoje seria a Croácia, em 1856 durante uma tempestade de raios, segundo a lenda, teve seu primeiro contato com a eletricidade na Universidade de Praga onde estudou engenharia elétrica até o terceiro ano, desistindo depois de assistir às aulas. Solteiro pela vida toda, pois dizia que isso era proveitoso às suas ambições e capacidades científicas, acredita-se que ele tinha uma memória fotográfica e podia decorar livros inteiros ao lê-los apenas uma vez; além disso tinha uma condição que fazia com que enxergasse clarões de luz que o cegavam, alucinações, e que lhe traziam inspiração e ideias. Além disso ele era capaz de enxergar uma invenção completamente pronta em sua mente antes de começar a esboça-la em um papel.
O próprio motor elétrico de corrente alternada, invento que fez a revolução elétrica no mundo, foi visto por ele em uma dessas visões. O projeto foi feito todo mentalmente, sem um protótipo sequer. E quando foi perguntado sobre como ele sabia que aquilo ia dar certo, ele respondeu: "Simples, eu estou vendo-o funcionar". Na época, pensar em um motor de corrente elétrica alternada seria tão surreal quanto pensar, hoje, em teletransporte.
Acredita-se também que ele tivesse transtorno obsessivo compulsivo, insônia (dizia dormir apenas 2 horas por noite, embora fossem apenas cochilos), além de outras manias e fobias, por exemplo: Não tocava em cabelos; não gosta de pérolas – despedindo uma secretária por ir trabalhar com um colar, uma vez –, fazia as coisas de acordo com o numeral 3 e nunca ficava em um quarto de hotel divisível pelo número. Atualmente, através dos relatos, seus biógrafos acreditam eu ele era misofóbico, ou seja, tinha completo pavor em entrar em contato com sujeira ou qualquer coisa que não julgasse estar higienicamente seguro. Antes de cada refeição ele polia cada utensílio até chegar à perfeição, utilizando 18 guardanapos (múltiplo de 3). Chama a atenção, também, sua obsessão por pombos, alimentando-os regularmente no Central Park, em Nova Iorque, com sementes especiais que encomendava. Ele costumava, inclusive, leva-los ao seu quarto e os cuidar.
Além da memória eidética e talento para a física, Tesla também era poliglota. Falava 9 idiomas com fluência: sérvio, checo, latim, italiano, alemão, húngaro, francês e inglês.
Um de seus primeiros trabalhos foi na Companhia Nacional de Telefones, sendo o eletricista-chefe da empresa e engenheiro do primeiro sistema telefônico do país. Nesta época desenvolveu um aparelho que pode ser taxado como um repetidor ou amplificador de telefone, ou ainda, pode ser considerado o primeiro alto-falante do mundo. No entanto ele não divulgou ou publicou esse invento.
Nos anos 80 trabalhou na França e depois nos Estados Unidos, onde foi assistente do famoso Thomas Edison, aquele que você respondeu que inventou a lâmpada, lembra? Aqui começa o drama de Tesla com seu maior sabotador.
A Guerra das Correntes
Thomas Edison contratou Tesla para resolver problemas que ele estava tendo com corrente contínua em geradores e motores. Se Tesla resolvesse o problema ganharia cerca de 50 mil dólares – o que corresponderia a 1 milhão de dólares em valores atuais –, essa era a promessa. Quando Tesla consertou ou problemas de Edison e perguntou sobre seu dinheiro, recebeu a seguinte resposta: "Tesla, você não entende o humor americano". Sim, para ele a promessa era uma piada e nunca foi paga.
Tesla não se abateu, continuou suas pesquisas, e, hoje, podemos ter luz elétrica em nossa casa graça à invenção e aplicação da corrente alternada desenvolvida por ele quando fora contratado pela Westinghouse para criar a linha de transmissão e viabilizar o primeiro sistema hidrelétrico do mundo. Na ocasião recebeu 1 milhão de dólares pela venda de suas patentes a George Westinghouse e mais US$ 2,50 dólares de royalties por HP gerado por suas invenções. Tesla começava a ficar rico e famoso, certo? Mais ou menos. Devido a jogadas mal planejadas, a Westinghouse ficou à beira de uma falência, e Tesla, não querendo que centenas de pessoas perdessem seus empregos, teve a grandiosidade de rasgar o contrato dos royalties, o que hoje valeria TRILHÕES de dólares.
Mas nem assim tudo foram flores para ele. O seu sistema de corrente alternada recebeu críticas duríssimas de Edison que dizia que ele era ineficiente e não devia ser levado a sério. O motivo? O sistema de corrente contínua – que vimos acima – tinha sido criado por ele e era o padrão adotado nos Estados Unidos, com a mudança do padrão ele perderia uma montanha de dinheiro a cada ano em royalties. Assim começava a famosa Guerra das Correntes.
Para termos luz na sala de casa hoje, segundo o sistema de Thomas Edison, precisaríamos de uma usina de energia elétrica a cada quilômetro quadrado. Inviável, certo? Já o sistema de Tesla usava cabos menores, alcançava maiores voltagens e podia transmitir energia elétrica a distâncias muito maiores.
Frente a essa perda de dinheiro, nome e prestígio, Thomas Edison resolveu se mexer e tomou uma atitude muito adulta: Começou a pagar 25 centavos por cada cachorro ou gato que garotos trouxessem vivo para ele. Depois, em uma exibição pública, eletrocutou todos usando a corrente alternada de Tesla, além de cavalos e até elefantes. Ele queria mostrar como era perigoso sistema de corrente alternada e convencer a opinião pública de que não era segura para se ter em uma casa. A propaganda negativa foi tão forte que, na época, o estado de Nova Iorque passou a utilizar a eletrocussão por corrente alternada como método de execução de condenados.
Para a nossa sorte, o sistema de Tesla era mais barato e funcional e foi adotado não só nos EUA, como em diversos países, caminhando para ser o padrão global. Por isso, Tesla é o verdadeiro pai da era da eletricidade.
Outras invenções de Tesla
Ainda na época da Guerra das Correntes, época de muita criatividade para ele, Tesla desenvolveria diversas aplicações para seu uso de corrente alternada, como: motor elétrico, o princípio da criação de energia elétrica através de um campo magnético rotativo, ignição elétrica de motores à gasolina; o motor assíncrono giratório, comutadores elétricos, bobina de Tesla, que permitiu a comunicação sem fio, rádios e tv’s (SIM, AGRADEÇA A ELE CADA VEZ QUE LIGAR SUA WI-FI), lâmpada fluorescente, etc. (muitos etc.), controle remoto por rádio, etc. Pesquisou desde energia solar até o poder do mar, além de prever comunicações interplanetárias e satélites. Há também relatos de ideias geniais e invenções ou teses feitas que ele preferiu não registrar.
Para ajudar, após a briga contra Edison, em 1895, seu laboratório pegou fogo misteriosamente, junto de todas as suas pesquisas. Suspeitasse até hoje que fora causado por alguma grande companhia do ramo da eletricidade, já que após o incêndio, o que sobrou foi "sem querer" atropelado por tratores. A motivação seria a pesquisa dele em energia gratuita a todos, mas como veremos no parágrafo seguinte, Tesla não desistiria, e, mostraria que era uma das pessoas mais legais que já viveram.
Em seus estudos Nikola Tesla descobriu, em um de seus momentos de genialidade, uma forma de conceder energia elétrica wireless grátis para todo o planeta através de uma torre que seria contruída perto de Nova Iorque . O projeto saiu do papel e chegou a ter a torre e o prédio prontos, porém empacou em um detalhe: o empresário que estava financiando a construção da torre – um dos mais famosos financistas dos EUA, J. P. Morgan – decidiu encerrar o projeto quando se deu por conta de que não teria como regular essa energia, e, portanto, como cobrar por ela e lucrar com isso.
Hoje, cientistas, físicos e engenheiros elétricos dizem que aquilo seria impossível, que por não fazer cálculos no papel, ele não conseguiu ver um detalhe banal: ao passar para o ar, a energia rapidamente se esvaneceria. Bom, funcionando ou não, é interessante notar a benevolência de Tesla que não queria 1 centavo por sua nova criação.
E se você ainda não entendeu ainda a importância de Tesla para nossas vidas e da sua genialidade, saiba que:
E se você ainda não entendeu ainda a importância de Tesla para nossas vidas e da sua genialidade, saiba que:
Foi o responsável pela construção da primeira hidroelétrica do mundo, nas cataratas do Niágara, provando a todos que a água era um meio prático de obter energia;
Conduziu experimentos com engenharia criogênica, quase meio século antes de sua invenção;
Patenteou mais de 100 inovações que foram usados na criação do transistor, aquela pecinha primordial que faz com que seja possível o computador moderno existir e você ler isso neste momento;
Foi a primeira pessoa a captar ondas de rádio do espaço, o que o torna, indiretamente, o pai da radioastronomia;
Descobriu a frequência de ressonância da terra, que só pode ser confirmada 50 anos depois, já que era muito avançado à época;
Desenvolveu uma máquina de terremotos que quase destruiu um bairro inteiro em Nova Iorque;
Inventou a poderosa Bobina de Tesla, que você pode não conhecer de nome, mas com certeza já a viu em algum lugar.
Conseguiu, na década de 90, reproduzir em seu laboratório o fenômeno conhecido como "Ball Lighting", que consiste em uma luz que aparece na forma de uma esfera e viaja devagar enquanto plana a alguns pés do chão. É um fenômeno muito raro e até hoje os cientistas ainda não conseguiram replicar o feito em moderníssimos laboratórios;
Inventou o controle remoto, a luz de neon, motor elétrico moderno, comunicações wireless, e outras coisas que tornam nosso dia a dia mais prático e legal;
Inventou um raio da morte que poderia destruir o mundo caso caísse em mãos erradas. Parece ficção, mas não é, ao menos é o que diversas fontes juram. No entanto, destruiu o projeto antes dele vazar (alguns acreditam que o projeto está em posse do governo dos EUA, confira mais sobre isso, alguns parágrafos abaixo). O raio chegou perto de ser vendido para a Inglaterra por 30 milhões de dólares, durante a 2ª Guerra Mundial, mas foi desfeito nos últimos momentos. O próximo comprador seriam os Estados Unidos, porém, a reunião que daria desfecho à compra nunca ocorreu. Tesla morreria antes.
O mundo contra Tesla
Mas se você acha que o atrito com Thomas Edison foi a única injustiça com Tesla está muito enganado. Diga-me: Você sabe quem inventou o rádio? Se você souber, com certeza respondeu que foi o italiano Guilherme Marconi, mas, como você já deve ter imaginado, foi Tesla. Tudo que Marconi fez foi pegar o trabalho desenvolvido por Tesla e patenteado em 1896, que continha todos os diagramas esquemáticos descrevendo todos os elementos básicos do transmissor de rádio, mudar um pouquinho aqui, umas coisinhas ali e ficar mundialmente famoso ao mandar a primeira mensagem transatlântica da história. Ao ser perguntado sobre o que sentia, Tesla disse: "Marconi é um bom amigo. Deixem-no continuar. Ele está usando 17 das minhas patentes". Sim, ele é um baita parceiro.
Porém, quando Marconi recebeu um prêmio Nobel por isso. Prêmio que deveria ser de Nikola (e essa não foi a primeira vez que ele perdeu um Nobel, já que a discussão e os avanços decorrentes da questão corrente alternada/contínua gerou o prêmio para ele e Edison. Prêmio que não foi entregue, pois a Academia de Ciências concedente não concordou em dividir o prêmio e ele foi repassado a um terceiro pesquisador - Willian Bragg). Ao perder o prêmio para Marconi ele terida dito: "Marconi é um asno". Nesse momento Tesla já estava sem dinheiro - note que foi quando J. P. Morgan havia removido o incentivo financeiro à Torre - e suas patentes começavam a expirar. Desesperado, tentou processar o italiano, desistindo ao ver que, sem recursos, não conseguiria disputar com uma grande companhia.
Outra: O radar, este invento que permite desviar de mísseis, submarinos navegarem por aí, sua comida sair quentinha do micro-ondas, etc. Hoje, credita-se a descoberta a Robert Watson-Watt, que o teria descoberto em 1935, porém, 18 anos antes (18 anos!!!), em 1917, ele havia apresentado à marinha americana (estávamos no início da 1ª Guerra Mundial) um sistema que poderia ter previsto milhares de baixas ocasionados pelos mísseis aquáticos alemães.
Daí você pergunta: E por que a marinha rejeitou o invento? Bem, é que Thomas Edison (lembra dele?) era chefe do centro de pesquisa e desenvolvimento da marinha e disse que o radar não teria aplicação prática na guerra.
Quer mais uma prova de que a vida é injusta? Lá vai: o Raio-X. Creditado a Wilhelm Rontgen, já havia sido descoberto e pesquisado por Tesla anos antes. Na euforia de sua "descoberta", acreditava-se que os raios-x poderiam curar problemas como a cegueira, porém, Tesla, que já havia investigado o assunto, e sabia do que ele podia causar, recusou-se a conduzir experimentos médicos com ele, tentando alertar o mundo sobre seu perigo.
Mas claro que alguém não ouviria as advertências. Quem seria? Se você citou Thomas Edison, ponto para você. Não perdendo a oportunidade de ser inconveniente, Edison começou a experimentar os raios-x em seus empregados. Um deles, Clarence Dally recebeu uma carga de raios-x tão grande que precisou ter seus 2 braços amputados para que não morresse. Pois é, não deu certo e ele morreu por causa de um câncer no mediastino =/ Parabéns, Thomas Edison. Aliás, o próprio Edison quase ficou cego por disparar raios-x contra seus olhos.
Um ser místico?
Por causa de sua incrível genialidade, invenções além do pensamento racional humano, criações sem nem mesmo protótipos, hábitos estranhos, transtornos de personalidade, etc. Tesla é visto por seitas e cultos como um ser místico.
Uma delas, os Newubianos o consideram um ser venusiano, enviado para passar ensinamentos ao planeta Terra. Louco, né? Mas nem é só isso, os seguidores dessa religião tem alguns preceitos nada convencionais, como enterrar a placenta após o nascimento para que Satanás não a use para fazer um clone do recém-nascido, ou então algumas coisas um tanto quanto preconceituosas, como pregar que as pessoas brancas foram destinadas a serem uma raça escravizada para servir os negros. Muito preconceituosa e impensável nos dias de hoje (opa, o cristianismo pregou o contrário por centenas de anos...melhor mudar de assunto).
Legado
Embora hoje ele não tenha o reconhecimento que lhe é devido, na sua época, foi uma celebridade, morando por diversos anos no Waldorf Astoria, onde organizava jantares com pessoas famosas que seriam as testemunhas de suas descobertas. Certa feita, perguntaram a Albert Einstein como era se sentir o homem vivo mais inteligente, a resposta foi: " Eu não sei, você vai ter que perguntar a Nikola Tesla". E mais, Tesla era muito popular com as mulheres, existindo relatos incríveis de brigas homéricas por sua causa, no entanto, como dissemos antes, ele preferiu a castidade em nome de seu legado, morrendo sem nunca provar do pecado da carne.
E mesmo com toda essa história de vida surpreendente, Tesla não tem o reconhecimento que merece. Vivendo em uma época que somente invenções rentáveis e vendáveis eram "legais", ninguém dava bola para a radioastronomia. Suas invenções não eram aquelas que poderiam aperfeiçoar um produto e vender mais e mais, elas eram revolucionárias. Por toda sua vida ele foi leal e compreensivo com aqueles que o tentaram passar para trás, e mais, não via o lucro como principal motivação das suas pesquisas.
Em seus últimos anos de vida ele passava dias e noites sozinho em seu laboratório, que era o único modo de ele estar realmente feliz. Tesla morreu alucinado, pobre, considerado louco por muitos, sozinho em um quarto de hotel em Nova Iorque. Pagando o preço por ser um humanitário durante toda a sua vida, por tentar levar tudo de graça às pessoas, chegou ao fim de seus dias vivendo apenas de leite e bolachas e mesmo em sua pior situação não esquecia daqueles que amou durante toda sua vida: os pombos.
Em uma de suas últimas entrevistas disse:
Venho alimentando os pombos, milhares deles, há anos, mas havia um pombo, um pássaro bonito, branco puro com detalhes cinza claro em suas asas. Aquele era diferente... Não importa onde eu ia, aquele pombo iria me encontrar; quando eu queria ver ela só tinha que desejar e chamá-la para que ela viesse voando até mim... Eu amei aquele pombo... Eu a amava como um homem ama uma mulher, e ela me amava.
Então, uma noite eu estava deitado na minha cama, no escuro, resolvendo problemas, como de costume, ela voou pela janela aberta e ficou na minha mesa. Eu sabia que ela me queria; ela queria me dizer algo importante, então eu me levantei e fui até ela. Quando eu a olhei eu sabia o que ela queria me dizer - ela estava morrendo. E então, eu saquei sua mensagem, vinha uma luz de seus olhos - poderosos feixes de luz... uma luz mais intensa do que eu já tinha produzido pelas lâmpadas mais potentes em meu laboratório.
Quando aquele pombo morreu, algo saiu da minha vida. Até aquele momento, eu sabia com certeza que iria completar meu trabalho, não importa o quão ambicioso fosse, mas quando algo como aquilo saiu da minha convivência eu sabia que o trabalho da minha vida tinha acabado".
E assim, em 7 de janeiro de 1943, acabou a vida de um dos maiores gênios da humanidade: Vivendo na pobreza e conversando com pombos imaginários.
Ainda hoje existem diversas invenções que são classificadas como sigilosas pelo governo americano e que não foram entregues à família quando de sua morte, gerando muitas especulações sobre invenções fantásticas. Invenções essas que seriam mantidas no escuro devido à pressão das grandes petroleiras ou por outros assuntos tão sensíveis quanto. Outro episódio que suscitou borburinho durante a Guerra Fria foi o sumiço de algumas de suas pesquisas. Os EUA temiam que a União Soviética tivesse ficado com suas ideias e estivesse as desenvolvendo. No final do post tem um belo documentário que trata com detalhes essa questão.
Hoje ele tem um museu fundado em seu nome, com suas invenções e memória. No museu são realizadas diversas experiências e demonstrações. Os experimentos recriam as apresentações de Tesla que era um verdadeiro showman, conhecido por suas exibições performáticas, que muito lembravam os espetáculos de mágica.
E o mais legal: Em 2006 aquele terreno em que foi levantada a torre de eletricidade gratuita de Tesla que vimos acima, foi posto à venda. E aí vem a maravilha da internet, novidade que só foi possível pelas criações de Nikola Tesla. O site de quadrinhos OatMela criou uma campanha crowdfunding que conseguiu arrecadar mais de 1 milhão e 700 mil dólares em apenas 6 dias!!
Atualmente, eles estão em busca de 10 milhões de dólares para criar "um centro de ensino de ciência e um museu digno de Tesla e seu legado." E parece que a ideia vai sair do papel, afinal, Elon Musk, fundador da Tesla Motors – maior e mais promissora montadora de carro elétricos do mundo – doou 1 milhão de dólares em troca de uma estação de abastecimento de carros no local.
Parece que a internet está conseguindo corrigir uma das maiores injustiças do mundo das ciências. Então ajude a desmistificar e desfazer esse mal-entendido, compartilhe esse post nas redes sociais e ajude a memória de Tesla. Comentário também são bem vindos abaixo.
Para saber mais sobre Tesla visite este site que diz reunir tudo que sai sobre ele. Quem sabe até nosso post aparece por lá.
Apesar da crise mundial e de um crescimento menor da economia chinesa os projetos de extração do metano do carvão no gigante asiático continuam lucrativos.
Quem afirma é Pierce Li, o CEO da AAG Energy Holdings Ltd.
A extração de gás não convencional é uma das fronteiras da mineração que vem sendo avaliada em vários lugares do mundo.
No caso da China a extração é feita em camadas de carvão profundas que estão com os poros e fraturas saturados com o gás metano. O metano é um dos riscos na mineração do carvão, causando centenas de acidentes com vítimas no passado.
Agora, através do método coal bed methane, ele é extraído economicamente com custos operacionais baixos.
Os furos de produção produzem menos gás do que os furos convencionais.
Além do aspecto econômico a recuperação do metano das camadas de carvão tem um efeito ambiental positivo, pois esse gás vem escapando para a atmosfera ao longo dos anos aumentando o efeito estufa.
A extração de metano na China, em Shanxi, começou em 2007 e já produz 1,4 milhões de metros cúbicos por dia. Novos campos estarão entrando em produção adicionando 3 milhões de m3/dia, em 2016.
A produção chinesa de metano reduz o consumo de carvão diminuindo drasticamente a poluição do ar.
Astrônomos pela primeira vez capturaram evidências visuais da existência de estruturas de plasma tubulares nas camadas interiores da magnetosfera em torno da Terra.
“Há mais de 60 anos, os cientistas acreditavam que essas estruturas existiam, mas ao vê-las pela primeira vez, nós fornecemos evidências visuais que elas estão realmente lá,” Cleo Loi, da Escola de Física na Universidade de Sydney, disse.
Loi é a principal autora desta pesquisa, feita como parte de sua tese de graduação premiada e publicada na revista Geophysical Research Letters.
“A descoberta das estruturas é importante porque elas causam distorções de sinal indesejadas que poderiam, como um exemplo, afetar nossos sistemas civis e militares de navegação por satélite. Então, precisamos entendê-las “, disse ela.
A região do espaço em torno da Terra ocupada pelo seu campo magnético, chamada magnetosfera, é preenchida com plasma criado pela atmosfera sendo ionizado pela luz solar.
A camada mais interna da magnetosfera é a ionosfera, e acima disso está a plasmasfera. Elas são incorporadas com uma variedade de estruturas de plasma de forma estranha, incluindo os tubos.
“Nós medimos sua posição estando a cerca de 600 km acima do solo, na ionosfera superior, e elas parecem estar continuando para cima na plasmasfera. Isso é onde a atmosfera neutra termina, e nós estamos fazendo a transição para o plasma do espaço exterior”, disse Loi.
Usando a matriz Murchison Widefield, um radiotelescópio no deserto da Austrália Ocidental, Loi descobriu que podia mapear grandes áreas do céu e explorar os recursos de fotos rápidas da matriz para criar um filme – capturando eficientemente os movimentos em tempo real do plasma.
No mês de agosto, a produção de petróleo e gás natural da Petrobras, no Brasil e no exterior, atingiu a marca de 2,88 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), um recorde histórico, 0,8% superior ao recorde anterior de de 2,86 milhões boed alcançado em dezembro de 2014. Esse volume é também 4,5% maior que o registrado em agosto de 2014 (2,76 milhões boed). Em relação ao mês anterior (julho), houve um crescimento na produção de petróleo e gás natural de 3,1%, quando foram produzidos 2,80 milhões.
A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil foi de 2,69 milhões boed, 3,1% superior ao mês anterior (2,61 milhões boed), representando também novo recorde de produção nacional (0,6% superior ao recorde anterior de 2,67 milhões boed atingido em dezembro de 2014). Vale destacar que a produção total operada pela Petrobras no país, incluída a parcela operada para empresas parceiras, ultrapassou pela primeira vez os 3 milhões de barris de óleo equivalente por dia, atingindo 3,01 milhões boed. A produção de petróleo da Companhia foi de 2,21 milhões bpd (3% acima dos 2,14 milhões bpd produzidos no mês anterior), constituindo-se, assim, a segunda melhor marca histórica.
O crescimento reflete a entrada em operação em 31 de julho do FPSO Cidade de Itaguaí, ancorado em Iracema Norte, área localizada na porção noroeste do campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos. Essa plataforma tem capacidade para processar diariamente 150 mil bpd de petróleo e 8 milhões de m³/dia de gás natural. Adicionalmente, a retomada da operação de plataformas que estavam com paradas programadas para manutenção também foi um fator que contribuiu com o bom desempenho do mês.
A produção de gás natural no Brasil, excluído o volume liquefeito, também apresentou novo recorde de 77,2 milhões m³/dia (3,6% acima do mês anterior).
Novos recordes no pré-sal
Na área do pré-sal, foram atingidos dois novos recordes: o de produção diária operada pela Petrobras, com volume de 896 mil bpd registrado em 19 de agosto; e o de produção mensal operada pela Companhia, que alcançou 859 mil bpd no mês.
Produção de óleo e gás no exterior
No exterior foram produzidos 192 mil boed, 3,8% acima dos 185 mil boed produzidos em julho, devido, principalmente, ao retorno das operações da plataforma do Campo de Saint Malo, no Golfo do México norte-americano. A produção de petróleo foi de 101 mil bpd, 5,2% acima dos 969 mil bpd produzidos em julho e a produção média de gás natural no exterior foi de 15,4 milhões m³/dia, 1,9% acima da produção de julho, que foi de 15,1 milhões m³/dia.
No mês de agosto, a produção de petróleo e gás natural da Petrobras, no Brasil e no exterior, atingiu a marca de 2,88 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), um recorde histórico, 0,8% superior ao recorde anterior de de 2,86 milhões boed alcançado em dezembro de 2014. Esse volume é também 4,5% maior que o registrado em agosto de 2014 (2,76 milhões boed).
Em relação ao mês anterior (julho), houve um crescimento na produção de petróleo e gás natural de 3,1%, quando foram produzidos 2,80 milhões. A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil foi de 2,69 milhões boed, 3,1% superior ao mês anterior (2,61 milhões boed), representando também novo recorde de produção nacional (0,6% superior ao recorde anterior de 2,67 milhões boed atingido em dezembro de 2014).
Vale destacar que a produção total operada pela Petrobras no país, incluída a parcela operada para empresas parceiras, ultrapassou pela primeira vez os 3 milhões de barris de óleo equivalente por dia, atingindo 3,01 milhões boed. A produção de petróleo da Companhia foi de 2,21 milhões bpd (3% acima dos 2,14 milhões bpd produzidos no mês anterior), constituindo-se, assim, a segunda melhor marca histórica.
O crescimento reflete a entrada em operação em 31 de julho do FPSO Cidade de Itaguaí, ancorado em Iracema Norte, área localizada na porção noroeste do campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos. Essa plataforma tem capacidade para processar diariamente 150 mil bpd de petróleo e 8 milhões de m³/dia de gás natural. Adicionalmente, a retomada da operação de plataformas que estavam com paradas programadas para manutenção também foi um fator que contribuiu com o bom desempenho do mês.A produção de gás natural no Brasil, excluído o volume liquefeito, também apresentou novo recorde de 77,2 milhões m³/dia (3,6% acima do mês anterior).
Novos recordes no pré-salNa área do pré-sal, foram atingidos dois novos recordes: o de produção diária operada pela Petrobras, com volume de 896 mil bpd registrado em 19 de agosto; e o de produção mensal operada pela Companhia, que alcançou 859 mil bpd no mês.
Produção de óleo e gás no exteriorNo exterior foram produzidos 192 mil boed, 3,8% acima dos 185 mil boed produzidos em julho, devido, principalmente, ao retorno das operações da plataforma do Campo de Saint Malo, no Golfo do México norte-americano. A produção de petróleo foi de 101 mil bpd, 5,2% acima dos 969 mil bpd produzidos em julho e a produção média de gás natural no exterior foi de 15,4 milhões m³/dia, 1,9% acima da produção de julho, que foi de 15,1 milhões m³/dia.
O plástico faz parte da dieta de nove em cada dez aves marinhas. De acordo com estimativas feitas por pesquisadores ingleses e australianos, se a quantidade de lixo jogada nos oceanos continuar crescendo, o número de espécies marinhas que fará do plástico seu alimento será de 99% em 2050. Essa quantidade de material sintético pode trazer sérias consequências para os pássaros, podendo levar até ao extermínio dos animais, segundo estudo publicado esta semana no periódico científico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
Pesquisas anteriores indicavam que apenas 29% das aves estavam expostas à alimentação plástica. Para atualizar esse dado, os cientistas do Imperial College London, na Inglaterra, e da Organização para a Pesquisa Industrial e Científica da Comunidade da Austrália (CSIRO, na sigla em inglês) analisaram estudos publicados entre 1962 e 2012 sobre 186 espécies de aves marinhas. No início da década de 1960, os cientistas haviam encontrado plástico no estômago de menos de 5% dos animais, mas o número aumentou para 80% em 2010. Contudo, de acordo com a correção feita por um modelo computacional, que leva em consideração a crescente poluição dos oceanos, os cientistas avaliam que a parcela de espécies afetadas seria de 90%, caso os estudos tivessem sido realizados hoje. Seguindo esse ritmo, em 2050, praticamente todas as espécies serão afetadas.
"Pela primeira vez temos uma estimativa global de como o longo alcance do plástico pode afetar as espécies marinhas - e os resultados são impressionantes", afirma Chris Wilcox, um dos autores do estudo.
Impacto na vida animal - O material encontrado no estômago dos animais inclui sacolas plásticas, tampas de garrafas e fibras de roupas sintéticas que acabaram nos oceanos depois de passar por rios urbanos, esgotos e depósitos de lixo. No entanto, as aves identificam esse material colorido e o confundem com comida. No corpo dos bichos, o plástico compromete os intestinos, causando perda de peso e, eventualmente, a morte. De acordo com os pesquisadores, durante o trabalho de campo, uma única ave carregava 200 pedaços de plástico no estômago.
O plástico tem impacto maior na vida marinha quando se acumula em uma faixa que inclui a parte mais meridional da América do Sul, da África do Sul e da Austrália, região antes considerada "limpa" dos resíduos plásticos. Segundo os autores, o impacto do plástico nas aves é "astronômica" e a única solução para esse problema é melhorar a gestão de resíduos sólidos, que pode reduzir a ameaça à vida marinha.
Nos últimos meses, o assunto murchou, por assim dizer, nas conversas do dia a dia. Mas o problema da crise hídrica, especialmente em São Paulo, está longe de ser resolvido. As chuvas que caíram na última semana na capital paulista não alteraram o quadro alarmante. Até agosto de 2014, o nível dos principais reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo estava em 23,5%. Hoje, chega a no máximo 21,1%. Responsável pelo atendimento de 5 milhões de pessoas, o Sistema Alto Tietê atingiu em agosto o nível mais baixo desde 2003, de 13,8%. No último dia 3 de setembro, o volume útil do maior reservatório que abastece o Estado do Rio de Janeiro, o de Paraibuna, chegou a 0,83%. Um ano atrás, estava em 11%. A conclusão é - para usar um termo incontornável - cristalina: não há como deixar de economizar água.
O aproveitamento da chuva para irrigar jardins ou limpar áreas comuns reduz o consumo em 26%. A instalação de hidrômetros individuais derruba o valor da conta de água em até 56%. Contudo, independentemente dessas estratégias, é imperioso lançar mão de outro recurso: o reúso. É verdade que, a partir da crise, foi disseminada a prática de reutilização da água do banho e da máquina de lavar para alguns fins específicos, como a descarga sanitária. No entanto, uma vez derramada na rede de esgoto, o entendimento é que aquela água havia se tornado inaproveitável. Nada mais equivocado. Com o tratamento adequado do esgoto, um estabelecimento comercial de grande porte, como um shopping center, pode reaproveitar tão bem a água que o consumo tenderá a cair até 50%.
O reúso é largamente empregado, por exemplo no Estado americano da Califórnia, onde a escassez abriu a possibilidade de levar água "da privada para a torneira", como os técnicos costumam dizer. De acordo com a legislação local, é permitida a chamada potabilização indireta. Funciona da seguinte maneira: a água tratada é misturada com a das bacias subterrâneas e depois passa para o sistema de abastecimento comum. "Escutamos pessoas dizendo que não querem beber água da privada. Depois de passar por três estágios de purificação, porém, ela sai mais limpa do que a água que não é de reúso e chega a sua casa", comparou o americano Henry Vaux, professor de economia dos recursos da Universidade da Califórnia. Para motivar a população, Bill Gates, fundador da Microsoft, o homem mais rico do mundo, gravou um vídeo no qual aparece bebendo água produzida em uma estação de tratamento de esgoto. A Fundação Bill & Melinda Gates pretende distribuir miniusinas de tratamento por toda a África.
Em dezembro do ano passado, um projeto enviado à Sabesp pelo professor de hidrologia Ivanildo Hespanhol, da Universidade de São Paulo, defendeu o tratamento de esgoto para solucionar a crise hídrica - e, de quebra, despoluir os rios. Com previsão para entrar em operação daqui a dez anos, ao custo de 3 bilhões de reais, o sistema abasteceria 3,5 milhões de pessoas. De qualquer forma, ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos, no Brasil as ações em torno do reúso de água não levam em conta a possibilidade de consumo. O emprego aqui é mais comum em processos industriais, geração de energia, irrigação, jardinagem, limpeza etc. Diferentemente do que se observa na Califórnia, a legislação brasileira não deixa claro o que é permitido ou não nessa frente. De acordo com o advogado Vinicius Vargas, do escritório Barros Pimentel, a lei de saneamento fala sobre água potável, mas não sobre reciclagem. "O saneamento é um serviço público e por isso deve ser especificado em lei para que os agentes possam seguir a mesma fórmula", explica ele.
Segundo o engenheiro hídrico Thiago de Oliveira, da fornecedora de água de reúso General Water, a prática, na realidade, já existe no país - "Só não é assumida". Oliveira afirma que um exemplo claro disso é a Represa Guarapiranga, na região metropolitana de São Paulo, rodeada por esgotos irregulares. "Pouco se fala sobre ela, mas 15% do nível da represa é o próprio esgoto voltando para o tratamento", garante. O engenheiro diz também que a General Water já produziu água potável. "Nos nossos testes, tivemos o mesmo nível de pureza da água que é distribuída para consumo." Desde o início da crise, a empresa viu a procura pelo seu serviço crescer 100% e teve 30% de aumento no número de clientes. Entre eles, há até um centro administrativo que, com reúso de água e poços artesianos, se tornou totalmente independente da rede pública. A Aquapolo, parceria entre a Odebrecht e a Sabesp, fornecedora do mesmo serviço, abastece o polo petroquímico da região do ABC Paulista, produzindo um volume equivalente ao necessário para o consumo de uma cidade de 500 000 habitantes. Com isso, as empresas da área de Mauá economizam 50% do valor que pagavam antes por água potável.
Para Thiago de Oliveira, aceitar estações de tratamento de esgoto "é adotar um novo modo, mais consciente, de lidar com os recursos hídricos". Ele observa que o modelo atual mantém a mentalidade no Império Romano, quando se construíam extensos aquedutos para buscar abastecimento em lugares distantes com nascentes puras. O cenário do momento, entretanto, argumenta Oliveira, "pede que a nossa política para o meio ambiente se espelhe no exemplo de Londres, onde o Rio Tâmisa, cuja despoluição levou 150 anos, hoje é povoado por 125 espécies de peixe e voltou a receber os esportes náuticos".
Curiosamente, ao mesmo tempo em que, no Brasil, é grande a resistência à reutilização de água, a reciclagem do lixo já faz parte das políticas públicas. Segundo Gabriela Yamaguchi, gerente de campanhas do instituto ambiental Akatu, "a água está em outro capítulo da cultura do brasileiro; a reciclagem ficou restrita à categoria das embalagens, por exemplo". E conclui: "Pelo menos, ao reciclá-las, também estamos economizando água". Diante dos números da crise hídrica atual, será prudente não demorar a entrar de vez no próximo capítulo.
Se é possível enxotar definitivamente o fantasma da mineração com a criação de uma área de conservação ambiental para o berço do Amazonas, o espectro do derretimento dos glaciares parece impossível de ser afastado. Estudos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul dão conta de que da Patagônia à Venezuela, a maior parte das geleiras dos Andes está derretendo rapidamente nas últimas décadas. Pior: os cientistas consideram o fenômeno uma catástrofe irremediável que pode exterminar para sempre esses milenares reservatórios naturais de água doce.
"A maioria das geleiras dos trópicos está no Peru, 71% do total, basicamente na cordilheira Branca. Aproximadamente 200 quilômetros quadrados do gelo dessas montanhas foram perdidos entre 1980 e 2006. É um decréscimo ao redor de 26% desde 1980", revela o glaciologista Jefferson Cardia Simões, professor de geografia polar e glaciologia da UFRS. "Interessante notar que as geleiras peruanas avançavam até 1870. Depois começaram a definhar. Nos últimos 40 anos a retração aumentou substancialmente."
A velocidade com a qual os glaciares peruanos estão encolhendo foi detectada por Simões e sua equipe. "Existem estudos que chamamos de balanço de massa. Eles determinam quanto uma geleira perde ou ganha de gelo por ano. Nos Andes peruanos essa perda já era 0,2 metro em equivalente de água por ano, entre 1964 e 1975. Atualmente, está em cerca de 0,76 metro."
As consequências do déficit de gelo trará problemas imediatos e em um futuro próximo: "Em uma primeira fase poderá haver deslizamentos e enchentes. Em seguida, a diminuição considerável da disponibilidade dos recursos hídricos será inevitável". Simões lembra que os danos à economia do Peru serão evidentes. "O rápido degelo deve afetar os recursos energéticos, que em grande parte são de origem hídrica e fortemente controlados pelas águas do degelo. A agropecuária e o abastecimento de água também sofrerão prejuízos."
Hoje se sabe que o rápido derretimento dos glaciares andinos é resultado das ações humanas. "Certamente o fenômeno é atribuído às mudanças climáticas, inclusive o aquecimento atmosférico da região. A grande certeza é que o processo vem se acelerando nos últimos 40 anos. Não há como revertê-lo. Evidentemente, se a atmosfera terrestre esfriar, as geleiras dos Andes, assim como as de outras regiões do continente sul-americano, podem se expandir", explica o professor Jefferson Simões.
Roberto Linsker
A água é um tema presente no cotidiano. O precioso líquido dita o ritmo das populações à beira dos glaciares andinos do sudoeste do Peru, onde está a grande maioria das geleiras dos trópicos. Aqui, na cidade de Chivay, a uma centena de quilômetros da região onde o Amazonas é formado, um mural mostra mulheres nativas indo abastecer seus cântaros.
No entanto, o glaciologista da UFRS alerta: "É bom lembrar que todos os cenários previstos pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) mostram que teremos um aquecimento global de, no mínimo, 2 °C até 2100, independentemente de reduzirmos as emissões de gases de efeito estufa". O que é possível fazer de imediato, de acordo com Simões, é aumentar o poder de resiliência das populações direta e indiretamente afetadas pelo degelo dos glaciares.
Para a bacia do rio Amazonas, não há conhecimento concreto sobre os efeitos do desvanecimento prematuro dos Andes. Existem apenas especulações em torno do que possa acontecer com o rio, seus afluentes e ecossistemas, visto que as águas provenientes dos glaciares andinos levam à região amazônica uma boa quantidade de sedimentos que são verdadeiros fertilizantes de vida. "A porção oeste da Amazônia está muito próxima da massa de gelo dos Andes. Esses sedimentos irão diminuir consideravelmente", avalia Simões. Em contrapartida "é a bacia amazônica quem fornece água para as geleiras de grande parte da cordilheira boliviana e peruana, na forma de neve, e não o contrário. Então, todo o ciclo climatológico fica comprometido", conclui.
Não bastassem as ameaças ao Amazonas, recentemente cogitou-se levar água do rio para outras regiões brasileiras, com a intenção de abrandar a crise hídrica que assola vários estados. Para viabilizar esse abastecimento, disse o representante do Serviço Geológico do Brasil, Marco Antonio Oliveira, seria preciso tocar grandes obras de engenharia. "É um assunto polêmico. Mas temos que debater esse tema porque a bacia amazônica concentra mais de 90% da água doce do Brasil."
A sugestão do Serviço Geológico do Brasil caiu como uma bomba entre os ambientalistas. O arquiteto e mestre em engenharia civil e urbana Renato Tagnin, autor do livro Administrando a Água Como Se Fosse Importante, com Ladislau Dowbor, dispara contra a insólita ideia: "Nossa crise hídrica não é causada pela falta de obras, mas pelo excesso delas".
A saída para eliminar o risco iminente de falta de água, segundo Tagnin, não é erguer mais obras faraônicas, mas preservar nascentes, reflorestar, recriar corredores ecológicos. "A biodiversidade tem bilhões de organismos trabalhando para manter a vida em simbiose. A humanidade precisa dar um fim na sua própria arrogância e aprender com os mais velhos. No caso, a natureza."
Equipe técnica da CPRM identificou na região Ponta do Abunã, Rondônia, sete geoglifos. Até então, essas construções primitivas eram conhecidas apenas no Acre, estado vizinho. Dessa forma, a descoberta comprovou a continuidade das estruturas em sentido leste.
Geoglifos são vestígios arqueológicos representados por estruturas geométricas (círculo, quadrado etc.), escavados em formas de valetas.Em geral, ocorrem em solos argilosos, dominado por um relevo suave, considerados “terra firme”. Podem atingir profundidade de 1 a 5 metros e diâmetro médio de 80 a 100 metros.
A equipe coordenada pelo geólogo Amilcar Adamy realizou atividade de campo entre as vilas de Extrema e Vista Alegre do Abunã, onde foram caracterizadas as construções, predominantemente circulares e quadráticas, algumas das quais parcialmente aterradas pelo processo de ocupação agropecuário da região. Só se tornaram visíveis após a remoção da cobertura vegetal nativa. A identificação desses geoglifos tornou-se possível com a importante contribuição do geógrafo Alceu Ranzi / UFAC ao analisar imagens de satélite da região.
Geoglifo identificado no Sítio Boa Esperança
A finalidade dos geoglifos ainda é duvidosa. Alguns pesquisadores acreditam que eles serviam para rituais, cerimônias religiosas ou até mesmo aldeamento habitacional.
A datação dos geoglifos ainda é desconhecida devido à falta de evidências mais seguras. Nas estruturas identificadas na Fazenda Colorado (Acre), um fragmento de carvão foi datado com idade de 1.275 A.D.
Castanheira encontrada no geoglifo da Fazenda Riachuelo
Na Fazenda Riachuelo (Rondônia), foi observada uma castanheira abatida no interior da vala, sugerindo uma idade mínima de 600 a 800 anos. No leito do rio Madeira (sítios Teotônio e Morrinhos, Rondônia), o resgate de cacos de cerâmica revelou idades de ocupação superiores a 3.000 anos.
Geoglifo do município de Seringueiras
Embora a maior incidência das construções tenha sido identificada próxima ao território acriano, uma estrutura semelhante foi encontrada também no município de Seringueiras, durante avaliação arqueológica do entorno da rodovia BR-429, com diâmetro médio de 300m.
Os satélite GRACE, da Nasa, têm ajudado a avaliar as reservas da água do planeta. Dos 37 aquíferos estudados, da China aos EUA, 13 estão sob risco elevado de nunca reterem água.
Mais de um terço dos aquíferos do mundo correm o risco de perder os seus recursos, conclui um estudo levado a cabo pela NASA. Além de investigar o campo gravitacional da terra, os satélites têm tido um papel fundamental na medição de muitos recursos do planeta, como a água doce.
Agora os GRACE permitiram concluir que mais de um terço dos aquíferos do mundo estão a ser usados até ao limite, já que estão a ser drenados a uma velocidade muito maior do que aquela que a natureza utiliza para os restaurar. A experiência mostra que 13 dos 37 aquíferos, da Califórnia à China, estão a ficar sem água. Desses 13, cinco estão em vias de ficarem inutilizados. É que quando um aquífero é utilizado em excesso, colapsa e, por isso, perde a capacidade de reter água. Irreversivelmente.
A NASA mostra ainda que em zonas de conflito político e social, o problema é maior. O estudo concluiu que o aquífero árabe, que fornece água a cerca de 60 milhões de pessoas no Médio Oriente, é o que corre mais perigo. Em segundo lugar aparece o aquífero que se situa entre a Índia e o Paquistão.
Os satélites – que avaliam a saturação de água na terra e, por isso, antevêem inundações anos antes de acontecerem, como no caso das enchentes do Rio Missouri, em 2011 – também conseguem medir pequenas mudanças gravitacionais em qualquer local do mundo. Perceberam, por isso, que quando a água de um aquífero diminui, a força gravitacional nessa área também decresce.
O controlo dos GRACE é partilhado entre a NASA, o Centro de Operações Espaciais Alemão e o Centro de Pesquisa da Universidade do Texas. GRACE representa satélites gémeos (de Gravity Recovery and Climate Experiment) que a NASA lançou em 2002.
SPRINGFIELD, Va. — A team of researchers led by scientists at the National Geospatial-Intelligence Agency published a new map Sept. 1 that characterizes the Earth’s radioactivity and offers new and potential future applications for basic science research and nonproliferation efforts.
The Antineutrino Global Map 2015, or AGM2015, is an unprecedented experimentally-informed model of the Earth’s natural and manmade antineutrino flux.
The map uses open-source geophysical data sets and publicly available international antineutrino detection observational data to depict varying levels of radioactivity on Earth.
"The open access availability of these antineutrino maps represents the next generation of cartography and gives important insights into the basic understanding about the interior of our planet,” said Shawn Usman, NGA R&D scientist and lead author of the study.
The neutrino and its antimatter cousin, the antineutrino, are subatomic particles produced by stars of all types, including the Sun, as well as Earth’s atmosphere, supernovae, nuclear reactors, and radioactive materials.
The research team is comprised of neutrino physicists and geophysicists from the National Geospatial-Intelligence Agency, the University of Hawaii, Hawaii Pacific University, the University of Maryland and Virginia-based Ultralytics, LLC.
Antineutrinos were first detected as emissions from nuclear reactors in the mid-1950s two decades after their existence was proposed. More than 99 percent of all terrestrial antineutrinos come from within the Earth, with the remainder coming from nuclear reactors. The detection of antineutrinos from nuclear reactors continues to provide insights into their oscillatory behavior and potential future applications for nuclear nonproliferation.
“Geo-neutrino measurements are essential in characterizing the Earth’s radiogenic power across geologic time and in improving our understanding of planetary formation processes in the early solar nebula.” Usman said. “Our vision at NGA is to ‘Know the Earth...Show the Way...Understand the World.’ This map enhances our fundamental understanding of the planet by mapping out Earth’s natural and anthropogenic radioactivity.”
The authors expect to release periodic updates to the original AGM2015 as future oscillation measurements, crust/mantle model advancements and ongoing construction and decommissioning of nuclear reactors will eventually change the map. In addition to antineutrino mapping NGA is also investigating the development of global neutron/gamma maps to further characterize the Earth’s natural radioactivity.
AGM2015 is a product of NGA’s antineutrino research program. NGA scientists previously published proposed methods to exploit the flavor oscillation phenomena in a process called NeUtrino Direction and Ranging, or NUDAR. NGA has also developed a small prototype antineutrino detector being tested at the National Institute of Standards and Technology in Gaithersburg, Maryland.
A Imetame declarou a comercialidade de três novas áreas na Bacia do Recôncavo. Os campos de Cardeal Amarelo, Cardeal Amarelo Oeste e Cardeal do Nordeste são originários do bloco REC-T-210, onde a companhia fez descobertas de gás e petróleo por meio dos poços 1-IMET-2-BA, 1-IMET-1-BA e1-IMET-3-BA. As comercialidades foram declaradas em abril e maio, mas a ANP publicou os dados somente esta semana.
O plano de avaliação da descoberta da área foi aprovado em outubro de 2014 e abrange também os poços 1-IMET-5-BA e 1-IMET-10D-BA, no REC-T-211. O plano ainda é válido, com previsão de término em agosto de 2017.
Os compromissos do PAD incluem uma perfuração firme e três perfurações contingentes nos prospectos de União, Kiriri e Ubirajara, além de dois testes de formação a poços revestidos firmes, no 1-IMET-5-BA e no 1-IMET-10-BA, e cinco testes de longa duração (TLDs) contingentes. Há ainda a possibilidade de construção de um gasoduto de cerca de 35 km para ligar o campo de Cardeal do Nordeste até o Polo Petroquímico de Camaçari.
As áreas são operadas pela Imetame, com 33,34% das concessões, em parceria com a Delp (33,3%) e a Orteng (33,3%).