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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

E se queimarmos todo o petróleo do mundo? É bom saber nadar




A relação é simples, porém assustadora. Quanto mais usamos combustíveis fósseis para suprir nossa demanda por energia, mais gases de efeito estufa despejamos na atmosfera, consequentemente, mais elevadas as temperaturas e, por tabela, maior o derretimento dos mantos de gelo do Planeta.

Eis que os cientistas resolveram aplicar uma variável radical a essa equação - o que pode acontecer se queimarmos todas as reservas provadas de petróleo, gás e carvão do mundo? Resposta: seria suficiente para desfazer toda a cobertura de gelo da Antártica, a maior reserva de água doce congelada da Terra.

Tal fenômeno causaria uma elevação brutal de até 60 metros no nível do mar nos próximos 10.000 anos. É bom que os humanos do futuro (se é que estaremos aqui) saibam nadar, porque muitas partes do mundo vão afundar se mantivermos o padrão atual de produção de energia. 

A pesquisa, publicada esta semana no periódico científico Science Advances, é a primeira a modelar os efeitos da queima desenfreada de combustíveis fósseis sobre a totalidade do manto de gelo da Antártida. 

"Essa transformação não acontece do dia para a noite, mas o que precisamos compreender é que nossas ações de hoje estão mudando a face do planeta Terra, e continuará a fazê-lo por dezenas de milhares de anos. Se queremos evitar que a Antártica perca todo seu gelo, precisamos manter o carvão, gás e petróleo no solo", declarou Ricarda Winkelmann, coautora do estudo.

Apesar do abismo temporal, a elevação do nível do mar já é uma ameaça direta às populações costeiras em todo o mundo, colocando em xeque a existência de micropaíses como as Maldivas e Kiribati. Pior, oito das 10 maiores cidades do mundo, entre elas Nova York e Tóquio, localizam-se próximo à costa. 

O nível dos mares subiu em média quase oito centímetros no mundo todo desde 1992 por causa do aquecimento global, informou a NASA em pesquisa recente.

Parte do aumento deve-se ao derretimento das geleiras e outra parte é devido ao aumento da temperatura da água, que se expande quando fica mais quente.

"É muito provável que a situação piore no futuro", alertou o geofísico da Universidade do Colorado, Steve Nerem, durante a apresentação dos novos dados.


Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br

Brasil, referência em biotecnologia de cana

Brasil, referência em biotecnologia de cana
Divulgação Divulgação

O milho, o algodão e a soja modificados geneticamente são responsáveis por melhorias na produção de alimentos em todo o mundo há mais de duas décadas. A partir desta quarta-feira (14), o Brasil vai trazer esses benefícios também para o setor sucroenergético e será pioneiro mundial da nova tecnologia. Com a presença da presidente Dilma Rousseff, o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) inaugura seu novo Complexo de Laboratórios de Tecnologia, em Piracicaba (SP).
O novo Complexo de Laboratórios de Tecnologia, em Piracicaba (SP), que está sendo inaugurado nesta quarta-feira (14), é dedicado à busca por inovações em cana-de-açúcar. Foto: divulgação
Os laboratórios são dedicados à busca por inovações em cana-de-açúcar, incluindo variedades de cana geneticamente melhoradas, sementes artificiais e marcadores moleculares. Segundo o presidente do Conselho de Administração do CTC, Luís Roberto Pogetti, essa é uma transição do “mundo antigo para o mundo moderno do desenvolvimento”.
“Ainda existe uma avenida enorme para ser explorada na cana de açúcar. A biotecnologia é o passaporte para isso, para avançar do mundo tradicional para a transformação genética, que é a tecnologia do futuro. Esse laboratório vai viabilizar essa passagem para esse mundo mais moderno”, comentou.
O Brasil vai ser pioneiro na área de biotecnologia para cana-de-açúcar. O presidente do CTC, Gustavo Leite, ressaltou que o produto, 100% nacional, precisa ser valorizado pelos brasileiros.“Empresas multinacionais não vão olhar para a cana. Se nós brasileiro não fizermos nada pela cana, a gente vai estar perdendo uma oportunidade de ouro porque ela tem potencial imcomparável”, mencionou.
Indústria Brasileira com Tecnologia Brasileira
O presidente do CTC destacou que para dar salto na tecnologia é preciso além de laboratórios de ponta. É necessário atrair profissionais com qualificação diferenciada. Nesse sentido, dos 450 profissionais do complexo, 60% são pesquisadores. E para completar o conhecimento brasileiro, 20 são do exterior. O intercâmbio de formação visa garantir que todo o conhecimento seja englobado e acelere as pesquisas.
“Esforçamo-nos para trazer pessoas de outros países do mundo que tenham conhecimento que precisamos para complementar o nosso conhecimento local. Mapeamos o mundo para descobrir os principais talentos nas linhas de pesquisa de atuação da área. Essa é uma forma de acelerar o processo e reter conhecimento. Queremos indústria brasileira com tecnologia brasileira”, explicou.
O Laboratório de Biotecnologia Agrícola
O investimento no laboratório foi de R$ 40 milhões. Parte dos recursos são do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
O milho, o algodão e a soja modificados geneticamente são responsáveis por melhorias na produção de alimentos em todo o mundo há mais de duas décadas. A partir desta quarta-feira (14), o Brasil vai trazer esses benefícios também para o setor sucroenergético e será pioneiro mundial da nova tecnologia. Com a presença da presidente Dilma Rousseff, o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) inaugura seu novo Complexo de Laboratórios de Tecnologia, em Piracicaba (SP).
O novo Complexo de Laboratórios de Tecnologia, em Piracicaba (SP), que está sendo inaugurado nesta quarta-feira (14), é dedicado à busca por inovações em cana-de-açúcar. Foto: divulgação
Os laboratórios são dedicados à busca por inovações em cana-de-açúcar, incluindo variedades de cana geneticamente melhoradas, sementes artificiais e marcadores moleculares. Segundo o presidente do Conselho de Administração do CTC, Luís Roberto Pogetti, essa é uma transição do “mundo antigo para o mundo moderno do desenvolvimento”.
“Ainda existe uma avenida enorme para ser explorada na cana de açúcar. A biotecnologia é o passaporte para isso, para avançar do mundo tradicional para a transformação genética, que é a tecnologia do futuro. Esse laboratório vai viabilizar essa passagem para esse mundo mais moderno”, comentou.
O Brasil vai ser pioneiro na área de biotecnologia para cana-de-açúcar. O presidente do CTC, Gustavo Leite, ressaltou que o produto, 100% nacional, precisa ser valorizado pelos brasileiros.“Empresas multinacionais não vão olhar para a cana. Se nós brasileiro não fizermos nada pela cana, a gente vai estar perdendo uma oportunidade de ouro porque ela tem potencial imcomparável”, mencionou.
Indústria Brasileira com Tecnologia Brasileira
O presidente do CTC destacou que para dar salto na tecnologia é preciso além de laboratórios de ponta. É necessário atrair profissionais com qualificação diferenciada. Nesse sentido, dos 450 profissionais do complexo, 60% são pesquisadores. E para completar o conhecimento brasileiro, 20 são do exterior. O intercâmbio de formação visa garantir que todo o conhecimento seja englobado e acelere as pesquisas.
“Esforçamo-nos para trazer pessoas de outros países do mundo que tenham conhecimento que precisamos para complementar o nosso conhecimento local. Mapeamos o mundo para descobrir os principais talentos nas linhas de pesquisa de atuação da área. Essa é uma forma de acelerar o processo e reter conhecimento. Queremos indústria brasileira com tecnologia brasileira”, explicou.
O Laboratório de Biotecnologia Agrícola
O investimento no laboratório foi de R$ 40 milhões. Parte dos recursos são do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Melhoramento evita prejuízo de R$ 4 bi
Baratear, simplificar e aumentar a eficiência do plantio são os principais benefícios da biotecnologia para os produtores da cana-de-açúcar. O novo laboratório vai permitir o uso das  mais modernas tecnologias para gerar transformações genéticas em larga escala.
Segundo o diretor de negócios de melhoramento genético do CTC, William Lee Burnquist, a cana-de-açúcar modificada beneficiará o produtor com variedades mais produtivas, de maior teor de açúcar, tolerantes à seca e resistentes a pragas. A primeira dessas variedades, a cana resistente à broca (praga) deve chegar ao mercado em 2017. Com o uso da nova tecnologia, será possível evitar prejuízo de R$ 4 bilhões por ano.
“Nossa cana geneticamente modificada vai proteger a cana de praga. Isso porque inserimos uma proteína dentro que não vai permitir o consumo pela broca. Isso significa menos inseticida, porque hoje se usa inseticida para combater a praga, menos poluição ambiental, maior facilidade para o produtor e maior benefício para o País”, explicou o diretor de negócios de melhoramento genético do CTC, William Lee Burnquist.
O pesquisador destacou ainda que o Brasil já em referencia no mundo pela cana-de-açúcar. “O Brasil é o país da cana, mas a gente ainda não se beneficiou da tecnologia da biotecnologa. Então nós estabelecemos esses laboratórios para enfim trazer a biotecnologia para a cana-de-açúcar”.
No caso de Marcadores Moleculares, o uso vai permitir a identificação de características desejáveis na cana-de-açúcar por meio da análise de seu DNA. Cada variedade tem um código de barras (molecular) único e com os marcadores é possível identificá-los. Isso também permite a realização de cruzamentos dirigidos, gerando variedades melhores em menos tempo. “Seremos capazes de reduzir o tempo de desenvolvimento de uma nova variedade, diminuindo ainda mais os atuais oito anos”, completou o diretor.
Semente de cana-de-açúcar
Ainda serão conduzidas, no complexo, pesquisas para o desenvolvimento de sementes artificiais de cana-de-açúcar. Inovação que promete revolucionar a maneira como se planta a cultura, proporcionando reduções de custo, melhoria da produtividade e simplificação operacional.
“Hoje chega ao produtor através de pedaços de cana, mudas de cana-de-açúcar. No futuro essa tecnologia vai chegar através de uma semente artificial, que é outra revolução que estamos desenvolvendo, que significa plantar um hectare de cana de açúcar com 300 quilos de semente artificial, em vez de 20 toneladas de muda”, enfatizou Lee Burnquist.
Segundo o pesquisador, as inovações são uma solução para tornar o mesmo hectare mais produtivo o que “fatalmente” vai tornar mais barato a produção. “Quanto mais você produzir por área, mais barato fica a produção unitária. Essa é uma solução para as dificuldades que o setor está passando em termos de aumento de produtividade “, acrescentou.
Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br

Produção de óleo e gás natural no pré-sal supera patamar de 1 milhão boe

Produção de óleo e gás natural no pré-sal supera patamar de 1 milhão boe
Agência Petrobras Agência Petrobras

A produção de óleo e gás natural operada pela Petrobras na camada pré-sal se manteve acima de 1 milhão de barris de óleo equivalente por dia (boed) no mês de setembro, com produção média de 1,028 milhão de boed, tendo atingido o recorde histórico de 1,12 milhão de boed no dia 15 deste mês.
Neste mesmo dia 15 de setembro, foi batido novo recorde diário de produção operada de petróleo no pré-sal, com 901 mil barris por dia (bpd). Ao longo do mês de setembro, a produção média de óleo operada no pré-sal foi de 828 mil bpd.
Produção de óleo e gás natural em setembro
A produção média de petróleo e gás natural da Petrobras, no Brasil e no exterior, em setembro, foi de 2,72 milhões de boed, frente a 2,88 milhões boed registrados em agosto, volume que, na ocasião, representou um recorde histórico de produção da companhia.
Produção de óleo no Brasil até setembro atinge média de 2,13 milhões de barris de petróleo por dia (bpd)
A produção média de petróleo da Petrobras no país até o mês de setembro foi de 2,13 milhões de bpd. No mês de setembro, a produção de petróleo foi de 2,06 milhões de bpd. A redução de 6,7% em relação à produção de agosto (2,21 milhões de bpd) ocorreu, principalmente, devido a paradas programadas de grandes plataformas, com destaque à parada da plataforma P-52, para manutenção.
A produção própria de gás natural, excluído o volume liquefeito, foi de 75,0 milhões de m3/dia em setembro, resultado 2,8% inferior ao alcançado no mês anterior (77,2 milhões de m3/dia).
Com isto, a produção própria de petróleo e gás da Petrobras no Brasil em setembro foi de 2,53 milhões de boed, 6% abaixo do volume produzido em agosto (2,69 milhões de boed).
Produção de óleo e gás no exterior
No exterior foram produzidos, no mês de setembro, 188 mil boed, 1,5% abaixo dos 192 mil boed produzidos no mês anterior. A queda ocorreu, principalmente, no campo de Akpo, localizado na Nigéria, em decorrência das operações de limpeza realizadas no gasoduto de exportação, e do vencimento da concessão de parte do Bloco de Jaguel de los Machos, na província de La Pampa, na Argentina.
A produção média somente de petróleo em setembro foi de 97 mil bpd, 4,4% abaixo dos 101 mil bpd no mês anterior, também em razão dos motivos mencionados anteriormente.
A produção média de gás natural no exterior foi de 15,5 milhões m³/d, 0,3% acima da produção de agosto, que foi de 15,4 milhões m³/d.
A produção de óleo e gás natural operada pela Petrobras na camada pré-sal se manteve acima de 1 milhão de barris de óleo equivalente por dia (boed) no mês de setembro, com produção média de 1,028 milhão de boed, tendo atingido o recorde histórico de 1,12 milhão de boed no dia 15 deste mês.
Neste mesmo dia 15 de setembro, foi batido novo recorde diário de produção operada de petróleo no pré-sal, com 901 mil barris por dia (bpd). Ao longo do mês de setembro, a produção média de óleo operada no pré-sal foi de 828 mil bpd.
Produção de óleo e gás natural em setembro
A produção média de petróleo e gás natural da Petrobras, no Brasil e no exterior, em setembro, foi de 2,72 milhões de boed, frente a 2,88 milhões boed registrados em agosto, volume que, na ocasião, representou um recorde histórico de produção da companhia.
Produção de óleo no Brasil até setembro atinge média de 2,13 milhões de barris de petróleo por dia (bpd)
A produção média de petróleo da Petrobras no país até o mês de setembro foi de 2,13 milhões de bpd. No mês de setembro, a produção de petróleo foi de 2,06 milhões de bpd. A redução de 6,7% em relação à produção de agosto (2,21 milhões de bpd) ocorreu, principalmente, devido a paradas programadas de grandes plataformas, com destaque à parada da plataforma P-52, para manutenção.
A produção própria de gás natural, excluído o volume liquefeito, foi de 75,0 milhões de m3/dia em setembro, resultado 2,8% inferior ao alcançado no mês anterior (77,2 milhões de m3/dia).
Com isto, a produção própria de petróleo e gás da Petrobras no Brasil em setembro foi de 2,53 milhões de boed, 6% abaixo do volume produzido em agosto (2,69 milhões de boed).
Produção de óleo e gás no exterior
No exterior foram produzidos, no mês de setembro, 188 mil boed, 1,5% abaixo dos 192 mil boed produzidos no mês anterior. A queda ocorreu, principalmente, no campo de Akpo, localizado na Nigéria, em decorrência das operações de limpeza realizadas no gasoduto de exportação, e do vencimento da concessão de parte do Bloco de Jaguel de los Machos, na província de La Pampa, na Argentina.
A produção média somente de petróleo em setembro foi de 97 mil bpd, 4,4% abaixo dos 101 mil bpd no mês anterior, também em razão dos motivos mencionados anteriormente.A produção média de gás natural no exterior foi de 15,5 milhões m³/d, 0,3% acima da produção de agosto, que foi de 15,4 milhões m³/d.

Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br

Itaipu está escoando duas Cataratas do Iguaçu por segundo

Itaipu está escoando duas Cataratas do Iguaçu por segundo
Alexancre Marchetti Alexancre Marchetti

Desde as 22 horas desta sexta-feira,16, a Itaipu está escoando pelo vertedouro da usina o excedente de água que não é utilizado para a geração de energia. O resultado é um espetáculo a mais para os turistas que estão visitando a hidrelétrica neste fim de semana. Desde julho, quando o Paraná registrou uma das maiores cheias da história, a usina não vertia. Agora, o show das águas no cenário da barragem acontece em plena primavera, quando os termômetros atingem temperaturas de verão.
O vertimento começou nesta sexta-feira, às 22 horas com uma vazão de 1.342 metros cúbicos de água por segundo. Por uma das calhas, são três no total, já estão passando, neste sábado pela manhã, 2.642 metros cúbicos de água por segundo, o equivalente à vazão normal de duas Cataratas do Iguaçu, no Rio Iguaçu, a principal atração de Foz do Iguaçu e um dos roteiros mais visitados no Brasil por estrangeiros. 
A Itaipu deve continuar vertendo por pelo menos mais três dias. O vertimento ocorre em função do excesso de chuvas localizadas no Paraná, principalmente nos rios Ivaí, Piquiri e Tibagi, na bacia incremental, que também alimentam o reservatório do lago de Itaipu. A causa é o fenômeno meteorológico El Niño. Todo o Sul do País sofre as consequências com precipitações elevadas. 
A usina está operando na cota 220.18 metros acima do nível do mar. A cota normal de operação varia entre 218,30 a 220.30m. Em condições normais, acima desse nível, a usina começa a verter. Itaipu produz normalmente e atende toda a demanda de energia que os sistemas elétrico brasileiro e paraguaio pedem. A última vez que Itaipu verteu foi entre 11 e 27 de julho, por causa da cheia do Rio Paraná.
Desde as 22 horas desta sexta-feira,16, a Itaipu está escoando pelo vertedouro da usina o excedente de água que não é utilizado para a geração de energia. O resultado é um espetáculo a mais para os turistas que estão visitando a hidrelétrica neste fim de semana.
Desde julho, quando o Paraná registrou uma das maiores cheias da história, a usina não vertia. Agora, o show das águas no cenário da barragem acontece em plena primavera, quando os termômetros atingem temperaturas de verão.
O vertimento começou nesta sexta-feira, às 22 horas com uma vazão de 1.342 metros cúbicos de água por segundo. Por uma das calhas, são três no total, já estão passando, neste sábado pela manhã, 2.642 metros cúbicos de água por segundo, o equivalente à vazão normal de duas Cataratas do Iguaçu, no Rio Iguaçu, a principal atração de Foz do Iguaçu e um dos roteiros mais visitados no Brasil por estrangeiros. 
A Itaipu deve continuar vertendo por pelo menos mais três dias. O vertimento ocorre em função do excesso de chuvas localizadas no Paraná, principalmente nos rios Ivaí, Piquiri e Tibagi, na bacia incremental, que também alimentam o reservatório do lago de Itaipu. A causa é o fenômeno meteorológico El Niño. Todo o Sul do País sofre as consequências com precipitações elevadas. 
A usina está operando na cota 220.18 metros acima do nível do mar. A cota normal de operação varia entre 218,30 a 220.30m. Em condições normais, acima desse nível, a usina começa a verter.
Itaipu produz normalmente e atende toda a demanda de energia que os sistemas elétrico brasileiro e paraguaio pedem. A última vez que Itaipu verteu foi entre 11 e 27 de julho, por causa da cheia do Rio Paraná.

Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br

Petróleo: Incertezas e expectativas

Líder na produção de petróleo terrestre nacional, com representação de 31% do total, e passada a frustração com a 13ª Rodada de Licitações da ANP, onde apenas seis dos 71 blocos ofertados na Bacia Potiguar foram arrematados, o Rio Grande do Norte volta suas atenções aos investimentos e dificuldades do segmento nos próximos cinco anos. De acordo com especialistas, será preciso reavaliar projetos, diminuir a dependência da Petrobras e fortalecer a prestação de serviços à outras operadoras.
O insucesso no leilão não significa limitações diretas a curto prazo, pois, os investimentos acertados pelas empresas vencedoras ocorrerão ao longo dos próximos cinco anos, época caracterizada pelo Programa Exploratório – que compreende sísmicas e estudos técnicos – até a perfuração de poços e atividades para produção. Contudo, o atual cenário de crise, o desinteresse de grandes operadoras internacionais no Estado e nula participação da Petrobras no certame despertam preocupações.
“O que preocupa é a falta de certeza quanto ao investimento da Petrobras nos campos produtores atuais, a falta de uma política de incentivo à revitalização e prolongamento dos perfis de produção da Bacia Potiguar e sobretudo a ausência de um direcionamento estratégico quanto à cadeia produtiva que se formou ao longo de quatro décadas no RN e corre o risco de se perder por inanição”, analisou Jean-Paul Prates, diretor-presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE) e especialista em petróleo.
Ainda segundo Prates, é preciso ampliar a política local e nacional de incentivo, incluindo também projeto de composição entre o portfólio da Petrobras e das empresas independentes já operantes no RN. “A bacia vem decaindo na atração de investimento há pelo menos 5 anos. Há que se pensar e discutir quais são os fatores que resultam nisso. A Petrobras é o principal investidor e operador da região e não me parece muito entusiasmada em investir mais do que o básico, a manutenção”, comentou.
Para Elói Fernández y Fernández, diretor-geral da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), apesar do modesto resultado da Rodada, os certames precisam ter seguimento e manutenção. “Foi diferente, porque em todos os outros anos, a Petrobras entrou de forma intensa nos leilões, inclusive no on-shore. Isso, mostra que a realidade hoje é uma situação diferente. Mas, o principal fator para o continuidade do mercado é a existência do leilão. Essa regularidade é fundamental”, declarou.
E, neste leilão, diferentemente da 11ª Rodada, realizada em 2013, onde pequenos e médios operadores misturaram-se à gigantes como Petrobras, OGX, Exxon Mobil, Petrogal, em 2015 eles foram protagonistas. No caso do Rio Grande do Norte, a Imetame, a Geopark Brasil, a Phoenix e a UTC Óleo e Gás demonstraram seu interesse no solo potiguar e ampliaram seus portfólios. “A manutenção de mais um bloco no Estado está dentro da nossa estratégia de mercado e, confirmando o sucesso econômico esperado, poderemos solidificar uma posição no RN”, afirmou Roberto Baptista, diretor da Imetame.
Tal intenção produtiva é comemorada pelo Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras (Sindipetro/RN). “A chegada ou ampliação da presença de outras empresas no setor de petróleo no RN, desenvolvendo atividades de exploração e produção, tende a reduzir os impactos negativos decorrentes da decisão da Petrobras de cortar investimentos e concentrar recursos na área do pré-sal, principalmente, com relação à geração de empregos”,disse, em nota.

“A grande indústria (do petróleo) no Brasil, hoje, está se desmobilizando”

Bate-papo com Aluízio dos Santos, presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro)

Qual a situação atual do setor petrolífero brasileiro?

A indústria de Petróleo no Brasil vai hibernar. Por ora, não vejo motivação na indústria para avançar, para fazer ofertas, contratualizar. A grande indústria no Brasil, hoje, está se desmobilizando. E, o resultado do leilão deixa isso muito claro.

O preço do petróleo é a principal influência deste cenário negativo?

O preço do petróleo não. Definitivamente não. O que influencia no petróleo é a política nacional. O preço do petróleo é internacional, os leilões são internacionais. O problema do petróleo, hoje, está dentro do país. O petróleo à US$ 50, o dólar à US$ 4, tudo isso, a indústria convive. O que ela não consegue é conviver com a falta de regras,  com uma superexposição de alguns contratos. O problema está no Brasil. Essa crise é nacional.

E operações como a Lava-Jato e a crise na Petrobras?

O que contribui [para esta crise] é o protagonismo excessivo da Petrobras, em um momento que ela não pode ser protagonista. A Petrobras precisa reconhecer que, nesse momento, ela precisa dar espaço para que as outras empresas possam trabalhar no petróleo. Está gerando desemprego,  está gerando desmobilização, está  gerando um retrocesso significativo para esse cenário. A Petrobras precisa reencontrar um caminho, mas, sem que ela defenestre a indústria do petróleo. Não dá mais para a Petrobras ser operadora única. Isto é consenso nacional.

Como todo este quadro é revertido aos pequenos e médios operadores, principalmente, em bacias maduras, como a Potiguar?

Um cenário desse impacta os pequenos operadores porque não há trabalho. Hoje, o Brasil vive sob o risco de um grande desemprego. E, quando você não tem oportunidade de trabalho do petróleo, você só aumenta esta situação de risco. Essa situação negativa. A indústria não trabalhando, o pequeno operador não consegue trabalhar. Os contratos são pesados, a insegurança é muito grande, o desinvestimento é muito grande, e, consequentemente, ela não trabalha.

 Ausência da estatal impacta leilão

A não participação da Petrobras na 13ª Rodada de Licitações, sem qualquer oferta, pela primeira vez, mexeu com o setor petrolífero durante esta semana. Apesar de outras grandes operadoras terem seguido o mesmo caminho no certame, a falta de contribuição da Estatal foi vista por especialistas como um dos principais fatores para o fracasso do leilão, que vendeu apenas 35 dos 266 blocos ofertados no país.
No RN, com uma bacia madura, de mais de 30 anos de exploração, os reflexos fundamentaram-se na incerteza de mercado futuro e mudanças de planejamentos dos prestadores de serviços. Preocupações que foram reforçadas ainda antes do leilão, com a confirmação que a Petrobras reduzirá em US$ 11 bilhões seus investimentos para 2015/2016.
Para Jean-Paul Prates, diretor-presidente do CERNE e especialista em petróleo, este cenário faz com que o segmento potiguar tenha que buscar outros mercados de compra. “Não se pode tapar o sol com a peneira e acreditar que a Petrobras irá dar a mesma prioridade ao investimento em campos pequenos e antigos como os daqui em detrimento dos prolíficos e altamente produtivos campos do Pré-Sal, por exemplo”, disse.
Apesar disso, de acordo com o Sindipetro/RN, a demanda potiguar não deve ser comprometida em 2015. “A produção norte-rio-grandense ainda será suficiente para atender às necessidades do Estado. E, com a ampliação da capacidade da Refinaria Clara Camarão, programada para o final deste ano, quase todo o petróleo produzido no RN também será processado aqui”, afirmou, em nota.
Para o gerente geral da Tarmar Energia, empresa que está se reestruturando no mercado e também participou da 13ª Rodada, a solução, neste momento, é um realinhamento de processos, que deve favorecer também o interesse das bacias maduras, independente da participação da Petrobras.
“O preço do petróleo, obviamente, gera desafios. E eles são maiores para aqueles ativos de longo prazo, com valores superiores. Mas, alinhando à isto, as maduras, que tem um pequeno risco e retorno mais rápido, tornam-as atrativas”, disse.
A posição é compartilhada por Henrique de Morais, da Agência Estadual de Serviços Públicos de Energia do Espírito Santo (Aspe), estado de origem de empresas como Imetame e Vipetro. “O leilão mostrou que o pequeno operador está com apetite. Mais do que os maiores. O momento é este. Está todo mundo esperando para ver o que acontece, fazendo reflexões”, analisou.
Fonte: http://geofisicabrasil.com

Laboratório de sismologia investiga tremores de terra no Ceará

ufrn labsis rachadura 16102015
O epicentro (ponto da superfície terrestre onde se registra a intensidade máxima de um movimento sísmico) se localiza entre as áreas de Saco do Juazeiro e Passarinhos. Além de rachaduras nas paredes de algumas residências, não há registro de danos maiores
O Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN) enviou um técnico ao município de Irauçuba (CE), a 154 quilômetros de Fortaleza, para investigar as atividades sísmicas no local. A cidade vem sendo palco de constantes tremores de terra desde o início de setembro.
ufrn labsis ceara eduardo
O técnico em sismologia Eduardo Alexandre de Menezes está no município colhendo informações sobre as atividades e fazendo palestras para a população sobre os eventos, em conjunto com a Defesa Civil do Ceará. Desde o dia 10 de setembro, quando começaram os tremores, o LabSis registrou, pelo menos, 100 eventos.
Há 24 anos, a população de Irauçuba sentiu um dos tremores de maior magnitude registrados até hoje no Nordeste, que atingiu 4,9 na escala Richter. Na semana passada, houve um de 3,3. As atividades deste ano, no entanto, ocorrem em uma nova área, localizada cerca de 15 quilômetros a norte do local onde foi registrado o abalo em 1991.
ufrn labsis estacao sismografica
Os primeiros desta série de tremores em Irauçuba foram registrados pela estação sismográfica do LabSis que fica no município de Morrinhos, a 127 quilômetros da cidade. Para fazer um mapeamento detalhado da nova área, foram instaladas sete novas estações sismográficas na região.
Os primeiros dados colhidos, segundo Menezes, mostram que os abalos ocorrem a uma profundidade de 8,5 quilômetros. O epicentro (ponto da superfície terrestre onde se registra a intensidade máxima de um movimento sísmico) se localiza entre as localidades de Saco do Juazeiro e Passarinhos. Além de rachaduras nas paredes de algumas residências, não há registro de danos maiores.
ufrn labsis mapa saco juazeiro
“Tremores na ordem de 3, 3,5 e 4 [na escala Richter] não são difíceis de acontecer, pois é uma região que já teve uma ocorrência no passado. Isso requer um monitoramento mais presente para vermos o movimento dessa atividade, se ela pode crescer ou não, e para passarmos as informações à população”, explica o técnico.
O LabSis/UFRN tem 17 estações sismográficas instaladas em todo o Nordeste. Diferente do movimento de placas tectônicas que, devido ao choque, causam terremotos de grande intensidade em alguns países, no Brasil, conforme Menezes, os tremores acontecem devido a esforços no interior da Terra. A deformação da rocha devido ao calor provoca abalos como os registrados em Irauçuba.
O terremoto mais forte registrado no Nordeste, segundo ele, teve magnitude de 5.3 e ocorreu em 1980 em Pacajus, na Região Metropolitana de Fortaleza. Outros dois grandes abalos sísmicos ocorreram em João Câmara, no Rio Grande do Norte (um em 1986, com 5.1, e outro em 1989, com 5.0). Em quarto lugar, está o tremor registrado em Irauçuba em 1991.
Fonte: http://geofisicabrasil.com

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Gas Platform Decommissioning (Strip Down)

Offshore Oil Drilling - A History Documentary Film

Extreme Machines: Oil Rig (Eirik Raude)

Mega Construções - Plataformas Petrolíferas

Você sabia que a natureza inventou a engrenagem bem antes do homem?

A sincronia precisa das embreagens é essencial para a sobrevivência do inseto (Foto: Reprodução)

O desenvolvimento das engrenagens foi um marco para a nossa engenharia. A partir do surgimento destas pequenas (ou grandes) rodas dentadas, os humanos passaram a ser capazes de construir máquinas cada vez mais complexas. O grande trunfo deste mecanismo é que ele permite coordenar, de um jeito bem simplificado, diferentes processos que ocorrem ao mesmo tempo dentro de um dispositivo mecânico. O potencial das engrenagens é tão grande que elas são velhas conhecidas dos inventores - a esfera de Arquimedes, por exemplo, reproduzia os movimentos do universo através de engrenagens há mais de dois mil anos. São elas que fazem um relógio de ponteiro funcionar, e foram elas que acabaram virando um símbolo de tudo o que remeta a fábricas ou indústrias. Charlie Chaplin captou essa essência como ninguém e a reproduziu com graça e brilhantismo em Tempos Modernos.

Mas o que nem todo mundo sabe é queas engrenagens não são uma invenção do homem. Muito antes de nós, a natureza já havia “notado” a eficiência e a precisão que elas proporcionam - e, não à toa, a evolução acabou criando uma estrutura biológica que cumpre à risca o papel das engrenagens. A mesma lógica que funciona tão bem nas máquinas também é encontrada nas patas traseiras de um pequeno inseto do gênero Issus. O mecanismo não deve em nada àqueles encontrados nas bicicletas ou nas embreagens de carro.

Cada dente é arredondado para absorver o choque e evitar que as partes se quebrem. O sistema garante total sincronia ao movimento das patas do bicho - elas sempre se movem dentro de 30 microssegundos uma da outra. Um microssegundo equivale a um milionésimo de segundo. Tamanha precisão é fundamental para a sobrevivência do inseto, já que seu meio de transporte, basicamente, se resume aos saltos poderosos que dá para se locomover. Durante o momento crítico da propulsão, qualquer discrepância na velocidade das patas, por menor que seja, seria o bastante para fazer com que o pequeno Issus perdesse o controle e saísse rodopiando por aí.

Sob o ponto de vista da seleção natural, ele viraria uma presa fácil para predadores, e provavelmente sua espécie acabaria sendo extinta. “Essa sincronia precisa seria impossível de ser atingida através de um sistema nervoso, pois os impulsos neurais levariam tempo demais para suprir a coordenação extrema que é exigida”, explicou Malcolm Burrows, do Departamento de Zoologia da Universidade de Cambridge. O pesquisador liderou um estudo a respeito das engrenagens do inseto.

Fonte: http://revistagalileu.globo.com