Publicidade

terça-feira, 14 de junho de 2016

Petrobras pode vender fatia da BR Distribuidora

BR Distribuidora
Na esteira da queda do petróleo no mercado internacional e da Operação Lava Jato, que apura um esquema organizado de corrupção na Petrobras, a estatal montou um plano de desinvestimentos para reforçar seu caixa e compensar parte do prejuízo recorde sofrido em 2015, quando a empresa perdeu R$ 34,8 bilhões.
Um dos ativos que podem ser incluídos nessa temporada de vendas é a líder em distribuição de combustíveis no País, a BR.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, tanto empresas do ramo - como a Cosan, sócia da Raízen, que opera a marca Shell no País - e fundos de investimento internacionais teriam interesse no ativo, considerado de qualidade tanto pela posição de liderança quanto por estar presente de forma homogênea em todas as regiões do País.
Existe, no entanto, um descompasso entre o que a Petrobras está disposta a fazer e o que seria suficiente para atrair compradores. A estatal afirmou que pretende se desfazer de uma fatia minoritária do negócio.
No entanto, vários fundos ouvidos pela reportagem afirmaram que a BR Distribuidora só atrairia interesse caso o novo sócio tivesse o controle.
Isso ocorre porque, segundo fontes, especialmente depois da crise de imagem sofrida pela Petrobras, os investidores estão pensando duas vezes antes de ficarem subordinados ao conselho da empresa ao definir estratégias de negócio.

Fonte: http://exame.abril.com.br/

sábado, 11 de junho de 2016

Tecnologias de exploração e integração de métodos geofísicos

A Sociedade Brasileira de Geofísica promoverá em 30/06 a palestra "Tecnologias de exploração e integração de métodos geofísicos”, ministrada por Luiz Braga (Invision).

  • Data: 30 de Junho de 2016 (quinta-feira), às 17h30min.
  • Local: Sede da SBGf –
  • Endereço: Av. Rio Branco, 156, sala 2509, Centro, Rio de Janeiro. 
Inscrições gratuitas pelo e-mail assistente@sbgf.org.br. Vagas Limitadas.

Fonte: http://geofisicabrasil.com/

Minicurso ABGP: Pressão de Poros para Exploração de Petróleo

abgp minicurso pressao de poros
abgp pressao de poros julio garcia carvalho
A Associação Brasileira de Geólogos de Petróleo - ABGP promove o minicurso "Pressão de Poros para Exploração de Petróleo", que será ministrado pelo Dr. Julio Garcia Carvalho, de 14 a 16 de junho de 2016, das 9h às 17h, no Rio de Janeiro.

Descrição

Objetivos Gerais

O curso em questão tem como objetivo a apresentação e familiarização dos participantes com os principais aspectos relacionados à pressão do fluido no espaço poroso das rochas sedimentares, os mecanismos geradores de pressões anormalmente altas e a identificação dos regimes de pressão.

Objetivos específicos

A ênfase será concentrada na predição de regimes de pressão normal e alta em ambientes siliciclásticos. Serão apresentados métodos de calibração da pressão com atributos de poços e considerações acerca da influência da história da bacia sobre os regimes de pressão de poros no atual momento.

EMENTA

Conteúdo

  • Definição de pressão de poros
  • Conversões de unidades
  • Mecanismos de pressurização – desequilíbrio de compactação, geração de HC, efeito centroide, flutuação
  • Retenção e dissipação de pressão – permeabilidade
  • Métodos para estimativa/predição de pressão de poros, Eaton e Bowers
  • Tendências de compactação de rochas siliciclásticas – processos mecânicos e químicos – efeitos da temperatura
  • Perfis elétricos e velocidade sísmica
  • Parâmetros Geoquímicos, COT e reflectância da vitrinita
  • Medidas de pressão e suas incertezas
  • Perfuração underbalance, kicks, perfis de gás e fluido de perfuração
  • Considerações sobre a história da bacia – três casos:
  1. transferência por falhas
    (Skar et al 1999)
  2. compactação química
    (Sargent et al 2015)
  3. gás de centro de bacia
    (AAPG Memoir 38)

Outras informações

Geofísica Brasil

Fonte: http://geofisicabrasil.com/

ANP realiza estudo geológico na Bacia do Paraná

ANP realiza estudo geológico na Bacia do Paraná
Cortesia YPF Cortesia YPF
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) está realizado uma pesquisa sísmica na Bacia Sedimentar do Paraná, que abrange municípios dos estados do Paraná e São Paulo. A pesquisa realizada não agride o meio ambiente e nem tem relação com fraturamento hidráulico ou gás não convencional ("gás de xisto").
A ANP tem a atribuição legal de fazer estudos geológicos para aumentar o nível de conhecimento sobre as bacias sedimentares brasileiras. Uma bacia sedimentar é uma depressão da crosta terrestre onde se acumulam rochas sedimentares que podem ser portadoras de petróleo ou gás, associados ou não.
Esse projeto foi contratado pela ANP em 2015. Insere-se no Plano Plurianual de Estudos de Geologia e Geofísica da ANP, que é um programa de aquisição sistemática de dados geológicos e geofísicos para aumentar o conhecimento das bacias sedimentares de nova fronteira. Os recursos financeiros advém do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal (PAC).
Essa pesquisa sísmica utiliza caminhões vibradores que emitem vibrações (ondas sonoras) em pontos pré-determinados ao longo das rodovias envolvidas na locação do projeto. Essas ondas atravessam as rochas que ocorrem em subsuperfície, são refletidas e retornam para a superfície, onde são registradas em equipamentos específicos, denominados geofones. A partir do tempo de viagem das ondas sonoras e posterior tratamento dos dados, são geradas imagens do subsolo. Nessas imagens é possível identificar e rastrear as camadas rochosas que ocorrem em subsuperfície. A pesquisa possibilita avaliar se a configuração é ou não adequada para a geração e acumulação de petróleo ou de gás natural.
A pesquisa sísmica com caminhões vibradores é realizada em estradas federais, estaduais e municipais. A área do estudo inclui 177 municípios do Estado do Paraná e em 90 municípios do Estado de São Paulo.
Os dados adquiridos serão inteiramente públicos e, após a conclusão do projeto, estarão disponíveis para consulta no BDEP (Banco de Dados de Exploração e Produção da ANP - www.bdep.gov.br).
A Bacia Sedimentar do Paraná possui inúmeros indícios da ocorrência de petróleo e gás natural, mas ainda não possui campos produtores. Por isso, essa pesquisa tem por objetivo aumentar o conhecimento geológico e sobre o potencial petrolífero dessa grande bacia sedimentar. Importante registrar que o estudo da ANP é regional e pesquisas mais detalhadas são necessárias para identificar possíveis acumulações de petróleo, pois a sísmica é um método indireto de pesquisa. Somente com a perfuração de poços é que se pode comprovar a presença de petróleo.

Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br/

Marco Regulatório do Pré-sal: o que muda no governo Temer, por Julia Mota

Marco Regulatório do Pré-sal: o que muda no governo Temer, por Julia Mota
Divulgação Divulgação
O novo presidente em seu discurso de posse enfatizou a importância de se restringir ao máximo a atuação do Estado na economia aos setores fundamentais: saúde, segurança e educação, e incentivar a iniciativa privada a investir e atuar nas outras áreas. Mencionou também a importância de se manter a Operação Lava-Jato e a apuração dos desvios. Um discurso liberal e o apoio da maioria do Congresso. O governo Temer estaria com a faca e o queijo nas mãos para mitigar a crise no setor de petróleo e gás no Brasil?
A crise no setor é global, mas há dever de casa urgente a ser feito. Salvar a Petrobras é a primeira tarefa hercúlea. O uso irresponsável da estatal pelo governo do PT, como instrumento de combate à inflação – por meio da contenção dos preços do combustível; a ingerência política em seus programas de investimentos; a gestão imprudente de recursos e, sobretudo, o amplo esquema de corrupção que desviou bilhões para cofres de partidos políticos e contas bancárias de políticos, funcionários, empresários e lobistas, contribuíram para uma monstruosa dívida de 100 bilhões de dólares. Para combater os males da empresa, além de um choque de gestão e de governança, inevitáveis, o programa de desinvestimento gigantesco, que está em curso, deve continuar. Mas o governo também precisa tomar medidas para adequar o regime jurídico a esse novo cenário.
O governo deve entender que o mundo do petróleo mudou. Com novas tecnologias de perfuração e fraturamento, os produtores americanos de petróleo de xisto foram pioneiros em um novo modelo de negócio que tornou possível aumentar a produção em tempo recorde, com investimento bem menor que com métodos convencionais. Muito em função disso, os Estados Unidos aumentaram a produção de petróleo em 66% ao longo dos últimos cinco anos, tornando-se o maior produtor de petróleo e gás natural do mundo, em 2015.
Por outro lado, a comunidade internacional assumiu compromisso, recentemente, em Paris, de investir em turbinas eólicas e painéis solares. Devido aos avanços tecnológicos e incentivos dos governos, o custo das energias renováveis caiu. O preço dos painéis solares nos Estados Unidos, por exemplo, caiu 70% por cento desde 2009, e cortes ainda mais acentuados devem ocorrer nos próximos anos.
Projetos como o oleoduto Keystone XL, na America do Norte, rejeitado pela administração Obama, têm sofrido enormes protestos pelo impacto ambiental, e tornam-se consideravelmente menos atraentes quando os preços do petróleo estão abaixo de US$ 60 o barril.
MARCO REGULATÓRIO ATUAL
Desde 2010, vigora no Brasil um regime regulador misto para a exploração e produção de petróleo e gás natural. A Lei nº 12.351, promulgada em 22/12/2010, estabeleceu no país, para as áreas não licitadas do polígono do pré-sal e outras estratégicas, o regime de partilha da produção. Para todo o restante do território, cerca de 98% da área total das bacias sedimentares brasileiras, continua em vigor o regime de concessão estabelecido pela Lei nº 9.478, de 6/8/1997.
A Lei 12.351 de 2010 determina que a Petrobras seja a operadora exclusiva de todas as atividades de exploração do pré-sal. O vencedor de processo licitatório é obrigado a constituir consórcio com a Petrobras e com a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), empresa pública criada para gerir contratos de partilha de produção.
CONCESSÃO X PARTILHA
O regime de concessão é responsável por pelo menos a metade da produção mundial de petróleo e gás natural. É o mais seguro para as petrolíferas e preferido por elas. No regime de concessão, a empresa ou consórcio contratado pela União assume o risco exploratório. No caso brasileiro, as empresas são contratadas por meio de licitações públicas, com regras claras e processos transparentes. É da empresa também concessionária o risco de investir e não encontrar petróleo ou gás natural. Em compensação, tem a propriedade de todo o óleo e gás descoberto e produzido na área concedida. Por esse modelo de contrato, a receita para o Estado vem através de participações governamentais (taxas), tais como o bônus de assinatura (na assinatura do contrato), o pagamento pela retenção de área (no caso dos blocos terrestres), royalties e, em caso de campos de grande produção, participação especial, pagos pela empresa concessionária
Já o regime de partilha é o preferido de países não desenvolvidos e com grandes reservatórios de petróleo e gás. Ele confere controle direto da atividade pelo Estado, que fica com todo ou parte do petróleo e gás produzido. Dentre as vantagens em se ter o Estado como controlador da produção estão o poder de controlar melhor o ritmo da produção, manejar diretamente a venda do petróleo para o exterior e poder planejar o setor como engrenagem de uma política industrial mais ampla.
Defensores do modelo de concessão, no entanto, falam em maior diversidade e atração de capital e argumentam que o governo federal também conseguiria desenvolver uma política industrial em regime de concessão, desde que o fizesse de forma transparente em relação aos contratos com as empresas.
TENDÊNCIAS
Provavelmente o mercado petroleiro nunca mais será o mesmo. Os países dependentes de petróleo estão em desespero e precisam se adaptar para evitar um colapso econômico.
No Brasil, para explorar as jazidas do pré-sal, são necessárias tecnologias muito caras e sem viabilidade econômica, em épocas de preços baixos. Além disso, considerando a situação da Petrobras, é evidente que se deva estimular a participação de outras empresas na exploração do pré-sal.
Nesse sentido, já encontra-se em trâmite o Projeto de Lei nº 4567/2016, cuja proposta original é de autoria do senador José Serra, para alterar a Lei nº 12.351, de 22 de dezembro de 2010. O projeto retira a exclusividade obrigatória da Petrobras como operadora do pré-sal, permitindo que outras empresas também possam ser responsáveis por tais atividades. A Lei desobriga a estatal a participar com pelo menos 30% dos investimentos em todos os consórcios de exploração da camada, constituindo apenas uma faculdade.
Apesar da grande repercussão e do amplo debate no Senado Federal, o Projeto de Lei foi aprovado em 24 de fevereiro de 2016 e seguiu para a Câmara dos Deputados, onde se encontra atualmente.
A Petrobras terá o direito de preferência para atuar como operador e possuir participação mínima de 30% (trinta por cento) nos consórcios formados para exploração de blocos licitados no regime de partilha de produção, nas áreas definidas pela ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis, e oferecidas para exploração pelo Conselho Nacional de Política Energética.
Nessas áreas, consideradas estratégicas pelo governo, a Petrobras deverá participar com o percentual mínimo de 30% dos investimentos. O que não for considerado estratégico será colocado em leilão e poderá ser explorado e operado por qualquer empresa que ganhe a licitação. O Projeto de Lei visa conferir à petroleira a possibilidade de selecionar seus investimentos, não constituindo mais uma obrigação.
Isso protege o interesse estratégico da companhia, a desincumbindo da obrigatoriedade de investimento, como ocorre sob a égide da Lei 12.351/2010.
Mais do que essa alteração, podemos inclusive vislumbrar no futuro o fim do regime de partilha, com o retorno ao regime de concessão para todos os campos, caso o governo realmente se empenhe na redução efetiva do intervencionismo estatal.
Ajustes também são esperados nas regras de conteúdo local. Hoje, por questão de viabilidade, a Petrobras tem transferido uma série de encomendas de plataformas e navios para estaleiros estrangeiros, e está buscado empreiteiras estrangeiras para atender sua demanda urgente em projetos de maior complexidade, como o gasoduto Rota 3 e o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro). Essas mudanças estratégicas devem ser consideradas ao se analisar e adequar as regras de conteúdo local. O estímulo à indústria local é crucial para o desenvolvimento do setor, mas sem perder de vista que a Petrobras precisa ter acesso a fornecedores com capacitação e preços realistas.
Também devem ser avaliados os regimes especiais de tributação para o setor: de que forma eles têm favorecido ou não os investimentos, tendo sempre em mente o estímulo ao investimento e à indústria locais.
A Petrobras deve alienar ativos que não lhe são rentáveis, como os pequenos campos onshore, o que estimularia o investimento privado, fundamental na redução da dependência dos fornecedores de bens e serviços da Petrobras. Essa crise mostrou a grave consequência dessa exclusividade para a economia dos Estados produtores. Quem tem um cliente só pode não ter nenhum de uma hora para outra. Que esses erros não se repitam.
E mais do que tudo: o investidor precisa de segurança jurídica e política. O resgate da confiança será fundamental para a retomada do papel do Brasil como local promissor para negócios no setor de petróleo e gás.

Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br/

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Presidente da Petrobras diz que apoia revisão da Lei de Partilha

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou que a empresa apoia a revisão da Lei de Partilha com a substituição da obrigatoriedade de participação com pelo menos 30% dos investimentos em cada campo de exploração do pré-sal pelo direito de preferência, de acordo com a avaliação de onde é melhor fazer parte do negócio.
Parente disse que o Brasil e a Petrobras “não podem se dar o luxo de esperar tempo demais” e que é necessário levar o pré-sal a seu potencial máximo, sem se prender a amarras dogmáticas. Se se  considerar a situação financeira atual, se a exigência de participação de 30% permanecer, disse ele, a consequência será retardar, sem previsão de prazo, a exploração plena do potencial do pré-sal.
“Essa obrigação retira a liberdade de escolha da empresa de somente participar na exploração e produção dos campos que atendam seu melhor interesse. Mantida essa obrigação, a empresa pode se ver forçada a participar de empreendimentos que, segundo a sua própria avaliação, não seriam prioritários naquele momento ou mesmo que não teriam viabilidade econômica, o que será imperdoável em uma empresa listada em Bolsa [de Valores] e com milhares de acionistas”, acrescentou Parente, em discurso ao receber o cargo de presidente da Petrobras.
Ele informou que, no dia 8 de maio, a empresa e seus parceiros atingiram pela primeira vez a marca de 1 milhão de barris de petróleo produzidos na área do pré-sal e disse que tal patamar merece ser comemorado. “Esse número representa 40% da produção operada pela Petrobras no Brasil, volume que iguala aquele alcançado pelo país em 1998, após 45 anos de atividades. O pré-sal já é uma realidade, mas tem muito mais a proporcionar.”
Parente reafirmou que a definição da política de preços da Petrobras é resultado de análise empresarial e que não cabe ingerência política, o que faz parte da visão clara a respeito da gestão da empresa que foi apresentada a ele pelo presidente interino Michel Temer. “Compartilhamos da visão de que a empresa tem de estar sempre livre de qualquer tipo de pressão política e protegida de qualquer agenda partidária e eleitoral.”

Lava Jato

O novo presidente da Petrobras lembrou que a empresa movimenta 13% do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produtos no país) brasileiro e que a lista de desafios da empresa é grande, mas prometeu recuperar a imagem da companhia, atingida por denúncias de corrupção e investigações da Operação Lava Jato.
Embora tenha reconhecido que houve avanços na área de governança durante a gestão do ex-presidente Aldemir Bendine, para melhorar a imagem da companhia, Parente disse que é preciso aprofundar o trabalho. Segundo o executivo, a euforia e o triunfalismo do discurso de anos recentes não servem para esconder o “verdadeiro descalabro” que vitimou a companhia.
“A Petrobras foi vítima de uma quadrilha organizada para obter os mais escusos, desonestos, antiéticos e criminosos objetivos. Crimes foram praticados por pessoas que se valeram de seus cargos para sustentar seus projetos pessoais de riqueza e poder”, afirmou Parente. Ele ressaltou, porém, que a empresa continuará a contribuir de “maneira irrestrita e incansável" com a Operação Lava Jato. "Como vítimas, somos os maiores interessados na total elucidação de todos os crimes e na sua reparação.”

Capitalização do Tesouro

Parente disse que não gosta da visão de que, para sair da difícil situação financeira em que se encontra a Petrobras, seria necessário o Tesouro Nacional capitalizar a empresa. Para ele, esse processo prejudicaria o contribuinte brasileiro, porque no final vai ser ele a pagar a conta da dívida.
“Joga-se nas costas do contribuinte brasileiro a solução de um problema que ele não ajudou a criar e em relação ao qual, pelo contrário, se sente revoltado”, afirmou. “Vamos buscar e encontrar saídas que não sejam a injeção direta de capital do Tesouro na Petrobras.”

Conteúdo local

Na opinião de Parente, a política de conteúdo local adotada pela empresa precisa prevalecer pela competência, e não pela reserva de mercado que, ao contrário só tem apresentado resultados pífios, principalmente nos prazos de entrega. Ele defendeu uma política de conteúdo local capaz de tornar o setor industrial competitivo globalmente e disse que a empresa pode ajudar muito com sua escala, enfatizando que é preciso incentivar a inovação, as parcerias, a produção com qualidade, além de custos e prazos adequados.
Dirigindo-se aos empregados da empresa, Parente prometeu se empenhar para garantir a segurança no trabalho para evitar ferimentos e até mortes de colaboradores. “A segurança tem que ser um valor absoluto.” Ele defendeu ainda o diálogo com os funcionários e afirmou que a participação de entidades de classe é fundamental e bem-vinda.

Fonte: http://geofisicabrasil.com/

ONU: Senai é uma das principais instituições educacionais do hemisfério Sul

ONU: Senai é uma das principais instituições educacionais do hemisfério Sul
Cortesia Senai Cortesia Senai
A Organização das Nações Unidas (ONU) apontou o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) como uma das três mais importantes instituições para alcance do objetivo de assegurar educação de qualidade entre os integrantes da Cooperação Sul-Sul – mecanismo de países emergentes do hemisfério destinado a dar respostas conjuntas a desafios comuns. O trabalho desenvolvido pelo SENAI é citado na publicação Boas Práticas em Cooperação Sul-Sul e Triangular para o Desenvolvimento Sustentável, lançada, na semana passada, pelo Escritório das Nações Unidas para a Cooperação Sul-Sul.
A publicação destaca o compromisso do SENAI com a oferta de cursos de qualidade em 28 áreas tecnológicas, de forma presencial e a distância, alinhada com as necessidades da indústria. O documento cita, entre outros, o programa SENAI de Tecnologias Educacionais, que investiu no desenvolvimento de aplicativos para smartphones e tablets destinados a seus alunos, como exemplo do comprometimento da instituição com novas práticas pedagógicas. “O SENAI oferece uma ampla e experiente rede de formação, conectada a indústrias e países, com o objetivo de treinar mão de obra qualificada, tecnológica e produtiva”, afirma o documento.
A ONU elogia as ações do SENAI de estímulo à inovação nas empresas por meio de consultoria técnica e pesquisa tecnológica, e iniciativas como o programa de certificação de pessoas, estudos de prospecção para oferecer cursos exigidos pelo mercado, a expansão da rede de educação à distância, a capacitação de docentes, o sistema de avaliação de ensino e o investimento constante em infraestrutura de ponta. “Sua contribuição para mundo do trabalho é consistente com as principais políticas públicas de educação técnica e qualificação profissional”, ressalta o capítulo dedicado ao SENAI.
PAPEL INTERNACIONAL - O documento realça ainda o papel internacional da instituição, que administra centros de formação profissional em nove países. “Em seus 73 anos de história, o SENAI qualificou mais de 61 milhões de trabalhadores e educou mais de 50 mil pessoas por meio de cursos à distância. A cada ano, a instituição atrai mais de 3 milhões de estudantes de países em desenvolvimento, especialmente de países africanos de língua portuguesa, e 80% dos seus alunos encontram emprego”, afirma o estudo. “O SENAI é um dos principais atores brasileiros da Cooperação Sul-Sul e tem sido internacionalmente reconhecido como um modelo de educação e treinamento profissional na América Latina”.
Para o gerente de Relações Internacionais do SENAI, Frederico Lamego, a escolha feita pelo Escritório das Nações Unidas para a Cooperação Sul-Sul é uma forma de valorizar o papel internacional da instituição em favor da educação. “É um reconhecimento das Nações Unidas do trabalho de qualidade que o SENAI tem feito em prol da educação em várias partes do mundo, sobretudo na África e na América Latina, por meio dos nove centros de formação profissional que nós já implantamos, e, em breve, do décimo, que estamos implantando no Haiti”, avalia. “É também um indicativo para as empresas brasileiras que estão indo para fora de que vão poder contar cada vez mais com mão de obra qualificada a partir do know-how do SENAI nesses países.”
O SENAI implantou centros de formação profissional na Guatemala, Peru, Guiné Bissau, Paraguai, Cabo Verde, Jamaica, São Tomé e Príncipe, Angola e Timor Leste. Mantém ainda parcerias com 53 instituições internacionais como o British Council, do Reino Unido, o Massachussetts Institute of Technology, dos Estados Unidos, o Swedisth ICT, da Suécia, o instituto alemão Fraunhofer, entre outros.

Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br/

Em maio a produção de petróleo e gás natural foi de 2,83 milhões de (boed) e o pré-sal cresceu 15%

Em maio a produção de petróleo e gás natural foi de 2,83 milhões de (boed) e o pré-sal cresceu 15%
Agência Petrobras Agência Petrobras
A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras, em maio, foi de 2,83 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), 5% acima do volume produzido em abril (2,69 milhões boed) e 2% acima do produzido em maio de 2015, dos quais 2,64 milhões boed foram produzidos no Brasil e 190 mil boed no exterior.
A produção média de petróleo, em maio, foi de 2,24 milhões de barris por dia (bpd), 6% acima do volume produzido no mês anterior, que foi de 2,12 milhões bpd, e 1% acima do produzido em maio de 2015. Desse total, 2,16 milhões bpd foram produzidos no Brasil e 85 mil bpd no exterior.
O volume produzido em maio, no Brasil, é a quinta maior média mensal de produção já registrada pela Petrobras. Esse crescimento deveu-se, principalmente, ao recorde na produção no pré-sal, com a entrada de novos poços conectados ao FPSO Cidade de Maricá, no campo de Lula, e ao retorno à operação de plataformas que estavam em parada programada e em manutenção corretiva em abril. FPSO é a sigla em inglês para unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo.
Produção no pré-sal aumenta 15% em relação a abril e atinge novos recordes
A produção de petróleo e gás natural operada pela Petrobras na camada pré-sal, em maio, cresceu 15% em relação ao mês anterior e bateu novo recorde mensal, ao alcançar o volume de 1,15 milhão boed.
A produção de petróleo operada pela Petrobras em maio, naquela província, também foi um recorde mensal, com aumento de 16% em relação ao mês anterior, ao atingir a média de 928 mil bpd.
A produção de petróleo operada no pré-sal superou, no último dia 8 de maio, o patamar de 1 milhão de bpd pela primeira vez. Essa marca foi alcançada dez anos após a descoberta dessas jazidas e menos de dois anos depois de atingida a produção de 500 mil bpd, com a contribuição de 52 poços produtores, em sete sistemas de produção de grande porte na Bacia de Santos e oito sistemas de produção na Bacia de Campos.
O volume médio produzido por poço no pré-sal da Bacia de Santos é de 25 mil barris por dia, sendo o mais produtivo localizado no campo de Lula, com uma vazão média diária de 36 mil barris de petróleo.
O custo médio de extração dos poços do pré-sal atingiu valor inferior a US$ 8 por barril de óleo equivalente e vem sendo reduzido gradativamente. O tempo médio para construção de um poço atingiu 89 dias, o que representa uma redução de 71% entre 2010 e 2016.
A alta produtividade dos reservatórios do pré-sal, que teve como resultado menor número de poços por sistema de produção e a melhoria da eficiência na construção de poços tem garantido uma expressiva redução nos investimentos dos projetos em implantação nessa fronteira e aumentado a sua rentabilidade.
Produção de gás natural
A produção de gás natural no país, excluído o volume liquefeito, foi de 76,4 milhões m³/dia, 4% acima do mês anterior (73,5 milhões m³/dia).
A produção média de gás natural no exterior foi de 17,9 milhões m³/d, 3% acima dos 17,3 milhões m³/d alcançados no mês anterior.

Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br/

Produção tem crescimento em 5 dos 14 estados pesquisados

O ligeiro crescimento de 0,1% na produção industrial brasileira de março para abril reflete expansões nos parques fabris de cinco dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou, hoje (8), os números da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional de abril.
Segundo o IBGE, o comportamento positivo observado na produção industrial nacional, na passagem de março para abril de 2016, na série com ajuste sazonal, foi acompanhado por cinco dos 14 locais pesquisados, com destaque para o avanço mais intenso de Pernambuco (10,2%), segunda taxa positiva consecutiva e acumulando no período expansão de 13,1%.
Também fecharam com resultados positivos em suas industrias São Paulo (2,6%), Minas Gerais (2,4%), Goiás (0,8%) e Rio de Janeiro (0,7%), todos com crescimento acima da média nacional de 0,1%, entre março e abril.
Já entre os locais com queda na produção, os principais destaques são o Amazonas, cuja queda chegou a 13,5%, o resultado negativo mais acentuado no mês e eliminando parte do crescimento de 21,8% verificado no mês anterior.
As demais taxas negativas foram assinaladas por Rio Grande do Sul (-3,6%), Bahia (-2,5%), Santa Catarina (-2,2%), Ceará (-2,1%), Espírito Santo (-1,4%), Região Nordeste (-1,3%), Pará (-0,5%) e Paraná (-0,5%).
Mês contra igual mês de 2015
A queda de 7,2% na produção industrial brasileira em abril deste ano, em comparação a igual mês do ano passado, é generalizada e reflete retração na produção do parque fabril em treze dos 15 pontos pesquisados pelo IBGE.
Os desempenhos negativos da indústria foram encabeçados em abril pelo Espírito Santo, a queda mais intensa na comparação com o mesmo mês do ano passado, com retração de 21,9%; seguido do Amazonas (-21,3%).
No caso do Espírito Santo, o desempenho negativo foi pressionado, em grande parte, pela queda na fabricação dos setores de indústrias extrativas (minérios de ferro pelotizados); enquanto que no Amazonas a retração foi determinada por equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (televisores, gravador ou reprodutor de sinais de áudio e vídeo, telefones celulares e receptor-decodificador de sinais de vídeo codificados e relógios de pulso, entre outros.
Também apresentaram quedas mais acentuadas do que a média nacional de 7,2%, o Rio de Janeiro (-9,5%), Pernambuco (-7,9%), Rio Grande do Sul (-7,5%) e Paraná (-7,5%). Completam o quadro de retrações na indústria no mês, embora com quedas abaixo da média global, Santa Catarina (-5,9%), Goiás (-5,5%), Minas Gerais (-4,1%), Região Nordeste (-2,7%), São Paulo (-2,6%), Bahia (-1,1%) e Ceará (-0,6%).
As duas únicas regiões com expansão em suas atividades industriais foram o Pará (8,2%), impulsionado pelo comportamento positivo vindo de indústrias extrativas (minérios de ferro bruto); e Mato Grosso, cuja expansão de 2% decorreu, principalmente, de produtos alimentícios (carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas e carnes e miudezas de aves congeladas).
Acumulado no ano
A queda de 10,5% na produção industrial no resultado acumulado no ano (janeiro-abril), frente a igual período do ano anterior, reflete resultados negativos também generalizados, atingindo 12 dos 12 locais pesquisados.
Destes, quatro recuaram com intensidade superior à média nacional: Espírito Santo (-22,3%), Pernambuco (-22,1%), Amazonas (-21,7%) e São Paulo (-11%). Com quedas expressivas, embora inferiores à média nacional, figuram Minas Gerais (-10,1%), Rio de Janeiro (-9,9%), Goiás (-8,4%), Paraná (-8,4%), Santa Catarina (-8,0%), Rio Grande do Sul (-6,9%), Ceará (-6,7%) e Região Nordeste (-4%).
Nesses locais, segundo o IBGE, o menor dinamismo foi particularmente influenciado por fatores relacionados à diminuição na fabricação de bens de capital (em especial os voltados para equipamentos de transportes); bens intermediários (autopeças, produtos de minerais não-metálicos, bens de consumo duráveis (automóveis, eletrodomésticos da “linha branca” e da “linha marrom”, motocicletas e móveis); e bens de consumo semi e não-duráveis (calçados, produtos têxteis, vestuário e bebidas).
Na outra ponta, entre as três regiões com desempenhos positivos, estão Pará (10,1%), Mato Grosso (5,3%) e Bahia (2,4%). No Pará, o resultado positivo foi puxado pelo comportamento positivo das indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto); em Mato Grosso, pelos produtos alimentícios; e na Bahia por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, gasolina automotiva e óleos combustíveis).

Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br/

Royalties podem garantir educação pública básica e o ensino técnico de nível médio

A educação pública básica, a profissional e a de pessoas com deficiência poderão receber mais recursos financeiros se for transformado em lei o PLS 747/2015, aprovado pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), nesta terça-feira (7). A matéria segue agora para a apreciação da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Pelo texto aprovado, um substitutivo do senador Romário (PSB-RJ), presidente da CE, dos 75% das verbas dos royalties do petróleo destinados à educação, 30% serão aplicados em programas e projetos que melhorem a educação básica pública; 25% serão aplicados em programas de educação profissional e tecnológica e 10% em programas destinados à educação de qualidade à pessoa com deficiência. Romário acolheu emenda do senador Cristovam Buarque (PPS-DF) que incluiu a educação básica.
A proposta inicial é uma sugestão do programa Jovem Senador realizado em 2012, apresentada pelos jovens senadores Angélica Mendes, Diêgo Sousa, Brenna Bittencourt e Daniel Garcia. O Projeto de Lei do Senado Jovem 5/2012 foi transformado na Sugestão (SUG) 5/2013, aprovada pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). Por isso passou a tramitar como projeto de lei da CDH.
Pelo texto inicial, 35% do montante dos royalties destinado à educação seriam investidos no ensino profissional e tecnológico. A lei dos royalties do petróleo, de 2013, obriga o governo federal, os estados e os municípios a aplicarem 75% dessas verbas na educação e 25% na saúde.
Os jovens senadores esclareceram na justificativa do projeto que era necessário investir na educação para reduzir as desigualdades socioeconômicas e as disparidades entre os entes federados. Como fonte de recursos para esses investimentos, apontam os royalties e as participações especiais geradas pela produção de petróleo e gás natural.
Pelo texto original, o percentual aumentaria para 80%, mas o relator, Romário (PSB-RJ) considera que a saúde já está no seu limite e não pode perder dinheiro. Ele concordou com o investimento no ensino profissionalizante, e incluiu ainda as pessoas com deficiência.
"Esse aumento significará diminuição nos recursos destinados à saúde, que hoje totalizam 25% e passariam a apenas 20%. Trata-se de uma área em que também há carência profunda, não sendo justificável, portanto, transferir recursos da saúde para a educação. Sugerimos que o projeto em análise abarque também a educação inclusiva, garantindo que parte dos recursos obtidos com os royalties seja destinada a assegurar educação de qualidade a pessoa com deficiência", afirma em seu relatório.
O projeto prevê que os percentuais destinados à educação básica, à educação profissional e à educação inclusiva serão revistos dez anos depois da publicação da lei. Os senadores Aloysio Nunes (PSDB-SP) e José Agripino (DEM-RN) alertaram que a vinculação de receitas de uma determinada fonte para uma determinada despesa devem respeitar vedações constitucionais.
- Lembro que a destinação de royalties de petróleo para vários setores, como educação e saúde, foram promovidas mediante emenda constitucional. Então é uma questão que precisaria verificar com mais cuidado, talvez no âmbito da Comissão de Constituição e Justiça – disse Aloysio.

Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br/

EUA podem aprovar missão privada para a lua, diz jornal

Astronauta durante missão externa na Lua na Apollo 11
O governo dos Estados Unidos está se preparando para aprovar, pela primeira vez, uma missão espacial comercial privada para além da órbita da Terra, segundo o jornal americano Wall Street Journal.
A decisão estabeleceria precedentes para a forma como o governo americano garantiria que os empreendimentos privados cumpram com os tratados espaciais internacionais, informou o jornal na noite de domingo.
Uma vez que as diretrizes estejam definidas, a startup espacial Moon Express embarcaria em uma missão para levar para a lua um pacote de nove quilos de equipamentos científicos, incluindo um telescópio, no segundo semestre de 2017.
"Nós fomos pioneiros na questão regulamentar por necessidade", porque até agora "apenas governos tinham empreendido missões espaciais além da órbita da Terra", disse ao jornal o presidente e fundador da Moon Express, Bob Richards.
A aprovação, que ainda deve demorar meses, abriria o caminho para vários outros empreendimentos espaciais com fins lucrativos.
Estes incluem planos para explorar as matérias-primas de asteroides e para rastrear detritos espaciais, além do projeto do bilionário Elon Musk, do Tesla e SpaceX, de realizar uma missão não tripulada para Marte em 2018.
A Moon Express é uma das 16 empresas que disputam o prêmio Google Lunar X, que oferece 20 milhões de dólares para a primeira equipe que conseguir aterrizar um rover (veículo de exploração espacial) privado na superfície lunar.
O rover deve percorrer pelo menos 500 metros e transmitir imagens em alta definição para a Terra.

Fonte: http://exame.abril.com.br/

Assista também:

Fonte: http://www.xn--documentriosonline-5rb.blog.br/

e-Aulas da USP e Univesp TV

e-Aulas da USP


Inspirados em serviços já em uso por Universidades de grande reconhecimento internacional como a Harvard, Yale, Columbia, MIT e Princeton, estamos colocando à disposição de todos um novo serviço da USP, o e-Aulas.
Este novo serviço expressa o reconhecimento por parte da Universidade de que uma de suas funções é a disseminação do conhecimento, permitindo que professores disponibilizem suas vídeo aulas, e que alunos acessem vídeo aulas de diversas disciplinas da USP. Ele também é aberto ao público.
A motivação para o desenvolvimento e implementação do e-Aulas USP foi devido ao grande benefício que se observa com o consumo de objetos de aprendizagem em formato de vídeo disponíveis na Web, que tem demonstrado ser um grande aliado do aluno, que pode acessar este conteúdo de onde estiver.
Através deste novo recurso esperamos contribuir também para a melhoria do processo ensino/aprendizagem da Universidade de São Paulo.
Este sistema foi idealizado pelo Professor Gil da Costa Marques, na ocasião Superintendente de TI da USP (Superintendência de Tecnologia da Informação – USP). Sua implementação foi coordenada pela Profa. Regina Melo Silveira da Escola Politécnica – EPUSP, e a implantação esteve sob a responsabilidade da equipe técnica da STI – USP). A STI e a USP estão oferecendo este novo sistema, e ainda oferece suporte ao professor que desejar disponibilizar ou que desejar produzir e disponibilizar vídeo aulas no sistema e-Aulas USP.




Univesp TV


O canal para quem quer saber mais e aprender sempre! A Univesp TV é uma das ferramentas de tecnologia de informação e comunicação da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), e visa a formação integral do cidadão.  A sintonia é através dos canais digitais da multiprogramação da TV Cultura. Em São Paulo, o canal é o 6.2. Santos - Guarujá, canal 3.2, Ribeirão Preto, 4.2. Campinas 10.2, São José dos Campos, 27.2. 


 Site: https://www.youtube.com/user/univesptv/featured
 Assista também em www.univesp.tv.br

terça-feira, 7 de junho de 2016

Petróleo atinge máxima de 2016 por dólar fraco e Nigéria

Exploração de petróleo
Os preços do petróleo atingiram seus mais altos patamares em oito meses nesta terça-feira, impulsionados pelo dólar perto de uma mínima de um mês e pela queda da produção nigeriana após uma série de ataques em infraestruturas do setor.
O Brent subia mais de 1% por volta das 9:00 (horário de Brasília), operando perto da máxima de 51,30 dólares o barril.
Os contratos futuros do petróleo nos EUA também oscilavam perto da máxima de 2016 a 50,22 dólares o barril.
"Com o Brent ficando acima de 50 dólares, o petróleo está em um momento de tendência de alta, com a retomada de refinarias francesas que foram fechadas por greve e os ataques a oleodutos na Nigéria", disse Kaname Gokon, da corretora Okato Shoji, em Tóquio.
O petróleo, juntamente com outras commodities, recebia suporte do dólar mais fraco, após a presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, não indicar quando o banco central dos EUA vai elevar os juros.

Fonte: http://exame.abril.com.br/

R$ 300 bi é quanto as concessões no setor podem gerar de investimentos, diz Moreira

R$ 300 bi é quanto as concessões no setor podem gerar de investimentos, diz Moreira
Cortesia BP Cortesia BP
O secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimento (PPI), Moreira Franco, publicou ontem (6) em sua conta no Twitter que está “entusiasmado” com as concessões no setor de óleo e gás, que, segundo ele, poderão gerar investimentos de R$ 300 bilhões em curto prazo.
“Recebi informação que me deixou entusiasmado: concessões na área de óleo e gás podem gerar investimentos de R$ 300 bi no curto prazo”, disse o secretário na rede social.
Ainda no Twitter, Moreira Franco, que já foi governador do Rio de Janeiro, destacou a importância do setor para a economia fluminense. “Vejo esse setor como fundamental para movimentar a economia do RJ e [para] tirar meu estado da crise, gerar emprego, aumentar renda, fazer roda girar.”
Moreira Franco ressaltou que é preciso destravar “situações” e o primeiro passo é a conversão em lei de um projeto que está em tramitação no Congresso Nacional.
Em fevereiro, o Senado aprovou o substitutivo do senador Romero Jucá (PMDB-RR) ao Projeto de Lei 131/2015, que revoga a participação obrigatória da Petrobras na exploração do petróleo da camada do pré-sal, propondo alterações na Lei 12.351, de 22 de dezembro de 2010, que rege o tema. A proposta original é de autoria do então senador José Serra (PSDB-SP), hoje ministro das Relações Exteriores.
Assim, a estatal é tomada como "a empresa responsável pela condução e execução, direta ou indireta, de todas as atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento e produção" referentes a essas áreas. De acordo com Serra, o projeto que passou pelo Senado acaba com essa exclusividade obrigatória da Petrobras, "mas não retira a preferência da empresa nacional".

Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br/

Sistema de painéis fotovoltaicos começa a gerar economia para a Itaipu

Sistema de painéis fotovoltaicos começa a gerar economia para a Itaipu
Cortesia Itaipu Binacional Cortesia Itaipu Binacional
Em pouco mais de dois meses, a microgeradora de energia solar instalada no teto de parte do estacionamento do Centro Executivo da Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR), já gerou quase 5 mil kW e uma economia superior a R$ 2,5 mil para a empresa – considerando a tarifa de R$ 0,54 o kWh praticada pela Copel.
O sistema, com 78 painéis fotovoltaicos, dois inversores e capacidade instalada de 21,5 kWp, começou a funcionar no fim de março, sob a coordenação da Divisão de Infraestrutura de Itaipu, com o apoio da Divisão de Serviços.
Até maio, a energia produzida no local foi suficiente para abastecer 6,6% do consumo do prédio. Mas o sistema já está em fase de ampliação, aproveitando outra parte do telhado do estacionamento.
A previsão é chegar ao fim deste ano com cerca de 10% da demanda atendida pelos painéis fotovoltaicos. A potência instalada passará de 21,5 kWp para 30,8 kWp (aumento de 42%), com geração de 3.600 kWh/mês.
Uma das novidades do sistema é que o usuário pode acompanhar em tempo real a produção de energia e o histórico gerado. As informações são apresentadas em dois monitores instalados nos dois acessos do Centro Executivo.
Outra possibilidade é checar os dados pela internet ou mesmo com um aplicativo no smartphone – qualquer interessado pode acessar as informações pelo site www.solarweb, usando o usuário sge@itaipu.gov.br e a senha 1111111.
O gerente da Divisão de Infraestrutura, Alexandre Silva de Vargas, disse que o desempenho dos equipamentos, nos dois primeiros meses, corresponde ao que foi projetado pelo setor. “Na verdade, está até um pouco acima da média esperada. Mas a gente sabe que tem dias nublados ou com chuva, que geram menos energia. Então, no geral, vai atender a média esperada.”
Alexandre comentou que o sistema está alinhado às diretrizes da Eletrobras e do Sistema de Gestão de Sustentabilidade de Itaipu – entre elas, reduzir o consumo de energia e adotar soluções limpas e renováveis. Outro objetivo é mostrar que o sistema é viável, tanto para instalações comerciais como residenciais.
O técnico de manutenção elétrica Felipe Martins Queiroz, também da Infraestrutura, acrescenta que alternativa solar vai ajudar Itaipu na conquista da certificação ISO 50.001, norma relacionada com a gestão da energia. A norma está em fase de implantação no Centro Executivo, com apoio da Comissão Interna de Conservação de Energia (Cice).
Normas de segurança
Responsável pela alimentação de energia do prédio, a Divisão de Serviços revisou todos os projetos, fez as adequações na subestação da Copel e acompanhou a instalação do sistema. “Existem normas de segurança que devem ser verificadas porque os sistemas têm que ‘conversar’. Depois de tudo certo, a gente liberou”, explicou o gerente da Divisão de Serviços, Valentim Gonçalves Moreira.
Segundo ele, “ver o sistema funcionando nos traz uma enorme satisfação, porque a gente está trabalhando de acordo com a missão e a visão de Itaipu, que é a questão da sustentabilidade”.
Na sequência, a ideia é ampliar o sistema de painéis fotovoltaicos no próprio Centro Executivo e levá-lo para outras instalações de Itaipu – como o Refúgio Biológico Bela Vista (RBV) e os escritórios regionais de Guaíra e Santa Helena.

Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br/

Universia abre inscrições para seminário sobre inovação na aprendizagem

Em um passado recente, inovar na área de Educação parecia algo impraticável. No entanto, com a chegada de uma nova geração de alunos, nascidos na era da tecnologia, surgiu a necessidade de reinventar os métodos de ensino, tornando-os mais atrativos a esses estudantes, por meio de revoluções no conteúdo, nos espaços de aprendizado, no uso do tempo e dos recursos.
Segundo o Prof. Rogério Loureiro, diretor de inovação da Anima Educação, a maioria dos profissionais que atualmente leciona nas instituições de ensino foram educados de forma mais tradicional, no chamado modelo industrial. Esse sistema consiste em escolas com salas de aula comuns, professores explicando o conteúdo programado e estudantes menos participativos, que só se comunicam e fazem perguntas nos momentos estipulados pelos docentes. No entanto, esse modelo não é mais suficiente.
Discutindo as mudanças
Com o objetivo de discutir as novas demandas e práticas do atual cenário da educação, Loureiro será o chairman do seminário “Inovação na Aprendizagem”, promovido pela Universia Brasil, por meio do Centro de Desenvolvimento Universia (CDU). O evento acontecerá nos dias 16 e 17 de junho, na cidade de São Paulo, e faz parte de um trabalho multidisciplinar para fomentar a atualização e diálogo sobre o futuro das Instituições de Ensino Superior (IES) na Ibero-América.
Durante o seminário, serão apresentadas tendências em modelos educacionais, como novas metodologias e tecnologias para a sala de aula, gamificação e aprendizagem baseada em competências, além de exemplos de sucesso que já estão sendo aplicados em instituições de ensino do Brasil e do mundo. O principal objetivo é usar essas experiências para promover um debate a respeito das transformações e estimular a inovação nos processos de ensino-aprendizagem nas instituições de ensino superior do País.
O seminário também contará com a participação de palestrantes de instituições de como a Anima Educação, a Universidade Minerva, a Universidade de São Paulo (USP), a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), a Universidade Anhembi Morumbi, a Universidade de Lisboa, a escola de atividades educativas Perestroika, entre outras.
O que é inovar?
É comum que se associe a inovação na educação à tecnologia. No entanto, para Loureiro, é um erro pensar que as ferramentas digitais, por si só, serão as responsáveis pela mudança. Segundo o especialista, “a grande transformação está em quem é o professor que fará a mediação entre o aluno e o processo de aprendizagem”.
Loureiro defende a ideia de que o docente deve se preocupar em levar para a sala de aula tudo aquilo que o aluno não irá encontrar em outros lugares, como a internet. Segundo o especialista, é preciso que ele faça uma curadoria dos conteúdos, entendendo quais deles são relevantes ou não, promova a participação ativa dos alunos e aprofunde os assuntos em sala de aula, para reduzir a superficialidade do conhecimento, comum a essa nova geração. “O professor precisa ser um mediador, um tutor, ao invés de agir apenas como o detentor do conteúdo”, explica.
O especialista afirma que o ponto crucial do evento é mostrar que várias transformações nos modelos tradicionais de ensino-aprendizagem já estão acontecendo e mudar a visão de que inovação na educação está ligada a projetos para o futuro, pois, na verdade, ela já está em curso. “A importância do seminário é mostrar que os alunos estão buscando novos modelos e que se as instituições não se adequarem rapidamente, elas vão se desconectar do seu objetivo principal que é criar condições para que cada um de seus alunos aprenda”, explica.
Inscrições
O evento é destinado aos reitores, vice-diretores, diretores de inovação, pró-reitores, diretores acadêmicos e gestores vinculados ao tema.
Sobre a Universia 
Fundada em 2000, na Espanha, é reconhecida como a maior rede ibero-americana de cooperação acadêmica e chegou ao Brasil em 2002. Seu principal objetivo é estimular a colaboração e a geração de valor nos projetos compartilhado entre universidades e empresas. Atua em colaboração com as universidades para promover a empregabilidade e levar conhecimento e formação à sociedade com um modelo de atuação único e inovador. A Universia está presente em 23 países, com 19,2 milhões de estudantes e professores e 1.401 universidades parceiras no mundo. No Brasil, são 404 universidades conveniadas, com 5.800 milhões de professores e alunos. A rede também atua com foco nas linhas estratégicas de Emprego, Formação e Comunicação. Para mais informações, acesse: www.universia.com.br. Siga a Universia no Facebook e Twitter.

Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br/

A era humana

fapesp revista a era humana 1
Produtos plásticos em lixão: fonte de material sintético que integra sedimentos depositados nas praias e nos oceanos. © GIANLUIGI GUERCIA / AFP

No final de abril, um grupo internacional formado por geólogos, arqueólogos, geoquímicos, oceanógrafos e paleontólogos participou de um encontro em Oslo, na Noruega. O objetivo inicial da reunião, que fez sentar à mesma mesa pesquisadores de áreas tão distintas, era consolidar uma proposta a ser apresentada em agosto na África do Sul para marcar o início do processo de reconhecimento oficial de que a Terra vive uma nova época geológica: o Antropoceno, a era dos seres humanos.
Após dois dias de discussão, porém, o grupo decidiu adiar para 2018 a proposta de formalização do Antropoceno. Até lá, devem ser reunidas mais evidências de que as transformações ambientais provocadas pela ação humana são tão intensas que já produziram marcas indeléveis no registro geológico do planeta. “Queremos apresentar uma proposta suficientemente robusta para que a comunidade científica internacional não tenha dúvidas sobre a formalização do Antropoceno”, conta a oceanógrafa Juliana Ivar do Sul, pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), no Rio Grande do Sul, que participou do encontro.
Segundo o grupo que esteve na Noruega, dos anos 1950 para cá, as atividades humanas teriam causado alterações nos processos geológicos da Terra – modificando o ritmo de desgaste de rochas e acúmulo de sedimentos desde a superfície dos continentes até o fundo dos oceanos – muito mais intensas do que as que ocorrem naturalmente. Uma característica marcante desse novo estágio na história da Terra seria a presença cada vez mais abundante de um sedimento artificial, formado por lama e areia misturadas com grãos de materiais sintéticos, em especial o plástico, vindos do lixo produzido pelo ser humano.
“Propor uma nova época geológica é algo muito complexo”, afirma Juliana. “Precisamos das mais diversas evidências científicas e o efeito do plástico nos processos geológicos é só uma delas”, conta a pesquisadora. Especialista na investigação dos efeitos da poluição dos oceanos pelo plástico, Juliana integra o Grupo de Trabalho do Antropoceno, coordenado pelo paleontólogo Jan Zalasiewicz, da Universidade de Leicester, no Reino Unido, e pelo geólogo Colin Waters, do Serviço Geológico Britânico. O grupo foi criado em 2009 pela União Internacional de Ciências Geológicas (Iugs, na sigla em inglês), que define a tabela cronoestratigráfica internacional.
Essa tabela organiza as camadas de rochas que formam os continentes e o fundo dos oceanos seguindo a ordem cronológica em que elas surgiram – as camadas mais antigas aparecem na parte inferior da tabela. As convenções definidas nessa tabela permitem aos geólogos comparar sedimentos e rochas de locais diferentes e determinar suas idades relativas quando não há datação direta, reconstituindo, assim, a história da Terra.
De acordo com a tabela, a época atual é o Holoceno, que começou há 11.700 anos. O início do Holoceno foi definido oficialmente apenas em 2008, quando um grupo de trabalho revisou as evidências científicas de que as camadas de rocha, sedimento e gelo com cerca de 11.700 anos de idade apresentavam marcas deixadas pelas mudanças climáticas que ocorreram no fim da última era glacial do planeta.
fapesp revista a era humana 2
A ideia de que o Holoceno teria chegado ao fim com mudanças ambientais provocadas pela civilização moderna, dando início ao Antropoceno, tornou-se conhecida no início da década passada por meio de artigos e conferências do holandês Paul Crutzen, ganhador do Prêmio Nobel de Química de 1995 por seus trabalhos sobre a formação do buraco na camada de ozônio da atmosfera. As ideias de Crutzen inspiraram Zalasiewicz a propor à Iugs um grupo de trabalho para debater o assunto e tentar definir o início do Antropoceno e as suas características.
Embora as conclusões do grupo só devam ser sumarizadas e apresentadas em 2018, as principais evidências levantadas por ele vêm sendo divulgadas e discutidas há algum tempo. O trabalho mais recente a defender o Antropoceno é um artigo de revisão escrito por Waters, Zalasiewicz e mais 22 colaboradores e publicado em janeiro naScience. No paper, os pesquisadores defendem que as atividades humanas já mudaram o planeta a ponto de produzirem em todo o globo sedimentos e gelo com características distintas daqueles formados no restante do Holoceno.
Segundo essa revisão, as camadas de gelo e sedimento depositadas recentemente contêm fragmentos de materiais artificiais produzidos em abundância nos últimos 50 anos: concreto, alumínio puro e plástico, além de traços de pesticidas e outros compostos químicos sintéticos. Mesmo em lugares remotos do planeta, como a Groenlândia, os sedimentos acumulados de 1950 para cá apresentam concentrações de carbono, resultado da queima de combustíveis fósseis, e de fósforo e nitrogênio, usados como fertilizantes na agricultura, muito mais elevadas do que nos últimos 11.700 anos.
Waters, Zalasiewicz e seus colegas estimam ainda que o impacto das atividades humanas atuais pode permanecer registrado por dezenas de milhões de anos. A mineração, as mudanças no clima global e o aumento na taxa de extinção de espécies de plantas e animais também devem deixar suas marcas nas rochas. “O artigo causou muita polêmica”, lembra Juliana. “Muitos pesquisadores discordam de que o Holoceno tenha chegado ao fim e essa discussão ainda deve durar alguns anos.”
Entre os críticos da proposta está o geólogo Stanley Finney, da Universidade do Estado da Califórnia em Long Beach, Estados Unidos. Ele é diretor do conselho executivo da Iugs que define a tabela cronoestratigráfica e, ao lado de Lucy Edwards, do United States Geological Survey, discordou da ideia de criação do Antropoceno em um artigo de opinião publicado na edição de março/abril do boletim GSA Today, da Associação Geológica Americana. No texto, Finney e Lucy afirmam que muitas das camadas depositadas nos últimos 70 anos nas porções mais profundas do oceano não têm mais de 1 milímetro (mm) de espessura. Eles dizem ainda que a maioria das evidências apresentadas pelos defensores do Antropoceno se baseia em previsões sobre o potencial registro em rochas de um futuro remoto. A inclusão do Antropoceno na tabela cronoestratigráfica teria uma razão mais política (denunciar o impacto ambiental da humanidade) do que científica.
“Para se definir uma nova época é necessário que o material depositado tenha expressão na coluna de sedimento em muitos lugares do planeta e em ambientes diversos”, explica o geólogo Michel Mahiques, professor do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP). “Não sabemos até que ponto o Antropoceno atende à Iugs nesse pressuposto, uma vez que a época já pode ter expressão em alguns ambientes, como as regiões costeiras, e quase nenhuma expressão em outros, como o fundo das bacias oceânicas.”
Juliana lembra que não há consenso nem entre os que apoiam a oficialização do Antropoceno. O grupo de Zalasie-wicz, por exemplo, defende um dia para o início dessa nova época: 16 de julho de 1945, o dia em que foi detonada a primeira bomba atômica, em Alamogordo, no estado norte-americano do Novo México. A data marca o início de uma contaminação da atmosfera por isótopos radioativos liberados em testes de armas termonucleares que já teriam tido tempo para se incorporar ao gelo e ao sedimento de toda a superfície do planeta, deixando um sinal claro para os geólogos do futuro. Outros pesquisadores sugerem, porém, datas mais remotas, como o início da Revolução Industrial, em torno de 1800, para englobar todas as transformações que a humanidade já provocou no ambiente terrestre.
fapesp revista a era humana 3
Amostra de plastiglomerado: rocha formada por sedimentos de origem mineral e material plástico, encontrada na praia de Kamilo, no Havaí (© MARCELLO CASAL JR / AGÊNCIA BRASIL)

Microplásticos ao mar

Zalasiewicz e Waters convidaram Juliana para participar do Grupo de Trabalho do Antropoceno depois de lerem uma revisão que ela e a oceanógrafa Mônica Costa, da Universidade Federal de Pernambuco, publicaram em 2014 na Environmental Pollution sobre o acúmulo de microplásticos nos oceanos. Microplásticos são fragmentos com menos de 5 mm, em geral invisíveis a olho nu quando flutuam nos oceanos ou estão misturados na lama ou na areia. “Eles queriam saber se poderiam usar os microplásticos como um marcador geológico para o Antropoceno”, conta a pesquisadora, que já coletou o material na superfície do mar em torno de todas as grandes ilhas oceânicas brasileiras, como Fernando de Noronha e Trindade. Com mais 16 membros do grupo, ela realizou um trabalho de revisão publicado em janeiro naAnthropocene resumindo tudo o que se sabe sobre o caminho que os plásticos percorrem pelo planeta. No artigo, os pesquisadores enfatizam que esse tipo de material tem um elevado potencial de ser preservado nos sedimentos marinhos.
A origem dos microplásticos encontrados no mar é variada. Os chamados pellets, esferas do tamanho de uma lentilha, são usados como matéria-prima para fabricar objetos plásticos maiores. Outros resultam da degradação no ambiente de peças maiores. Os microplásticos mais abundantes, porém, são as fibras com 2 a 3 mm de comprimento por 0,1 mm de espessura que compõem o filtro dos cigarros ou se destacam de tecidos sintéticos durante a lavagem. De 1950 para cá, a produção mundial de plástico passou de 2 milhões de toneladas para 300 milhões de toneladas por ano. Estima-se que o total de plástico já produzido (algo da ordem de 5 bilhões de toneladas) seja suficiente para embrulhar o planeta em filme plástico algumas vezes.
Descartados em lixões, os materiais plásticos chegam aos oceanos e às regiões costeiras. Um estudo coordenado pelo biólogo Alexander Turra, do IO-USP, indicou anos atrás que há 10 vezes mais partículas de microplástico enterradas na areia de uma praia do que na sua superfície. “Antes de nosso estudo, as pessoas subestimavam a quantidade de plástico na areia”, diz Turra. Como a tendência do plástico é boiar, os pesquisadores supunham que os microplásticos permanecessem sempre sobre a areia. Turra e seus colegas, porém, os encontraram enterrados a até 2 metros de profundidade em quatro praias do litoral paulista (ver Pesquisa Fapesp nº 219). Desde então a equipe confirmou o fenômeno em mais 13 praias. Pela distribuição das partículas, Turra suspeita que os microplásticos sejam enterrados pela força de ocasionais tempestades marítimas. Outra parte do plástico produzido e descartado está flutuando nos oceanos. E há, ainda, outro destino: o fundo do mar.

Fósseis plásticos

Embora flutuem no início, os pedaços de plástico (grandes ou pequenos) que permanecem por muito tempo na água salgada acabam colonizados por microrganismos e afundam. Também podem ser engolidos por organismos maiores, de microscópicos zooplânctons a peixes, e submergir com suas fezes ou carcaças. Expedições já encontraram plásticos em diferentes profundidades no relevo submarino. Robôs já fotografaram garrafas, sacolas e redes de pesca em cânions submarinos ao redor da Europa e, em 2015, pesquisadores encontraram microplásticos a mais de 5 quilômetros de profundidade sobre o sedimento da fossa de Karil-Kamchatka, no oceano Pacífico. Testemunhos de sedimentos marinhos indicam que há fibras plásticas por todo o assoalho oceânico.
Zalasiewicz é especialista em microfósseis de 500 milhões de anos de idade, entre eles, os graptólitos, cuja estrutura era composta de moléculas orgânicas com estrutura semelhante à dos plásticos. Se esses microrganismos deixaram registros fossilizados, Zalasiewicz suspeita que o plástico depositado no fundo do mar, especialmente aquele presente no sedimento de cânions submarinos próximos às bordas das plataformas continentais, também tem grande chance de ser preservado por milhares de anos e, quem sabe, um dia intrigar futuros paleontólogos que encontrarem garrafas PET, CDs e bitucas de cigarro fossilizados.

Artigos científicos

IVAR DO SUL, J. A. e COSTA, M. F. The present and future of microplastic pollution in the marine environment. Environmental Pollution. fev. 2014.


Fonte: http://geofisicabrasil.com/