Em um passado recente, inovar na área de Educação parecia algo impraticável. No entanto, com a chegada de uma nova geração de alunos, nascidos na era da tecnologia, surgiu a necessidade de reinventar os métodos de ensino, tornando-os mais atrativos a esses estudantes, por meio de revoluções no conteúdo, nos espaços de aprendizado, no uso do tempo e dos recursos.
Segundo o Prof. Rogério Loureiro, diretor de inovação da Anima Educação, a maioria dos profissionais que atualmente leciona nas instituições de ensino foram educados de forma mais tradicional, no chamado modelo industrial. Esse sistema consiste em escolas com salas de aula comuns, professores explicando o conteúdo programado e estudantes menos participativos, que só se comunicam e fazem perguntas nos momentos estipulados pelos docentes. No entanto, esse modelo não é mais suficiente.
Discutindo as mudanças
Com o objetivo de discutir as novas demandas e práticas do atual cenário da educação, Loureiro será o chairman do seminário Inovação na Aprendizagem, promovido pela Universia Brasil, por meio do Centro de Desenvolvimento Universia (CDU). O evento acontecerá nos dias 16 e 17 de junho, na cidade de São Paulo, e faz parte de um trabalho multidisciplinar para fomentar a atualização e diálogo sobre o futuro das Instituições de Ensino Superior (IES) na Ibero-América.
Durante o seminário, serão apresentadas tendências em modelos educacionais, como novas metodologias e tecnologias para a sala de aula, gamificação e aprendizagem baseada em competências, além de exemplos de sucesso que já estão sendo aplicados em instituições de ensino do Brasil e do mundo. O principal objetivo é usar essas experiências para promover um debate a respeito das transformações e estimular a inovação nos processos de ensino-aprendizagem nas instituições de ensino superior do País.
O seminário também contará com a participação de palestrantes de instituições de como a Anima Educação, a Universidade Minerva, a Universidade de São Paulo (USP), a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), a Universidade Anhembi Morumbi, a Universidade de Lisboa, a escola de atividades educativas Perestroika, entre outras.
O que é inovar?
É comum que se associe a inovação na educação à tecnologia. No entanto, para Loureiro, é um erro pensar que as ferramentas digitais, por si só, serão as responsáveis pela mudança. Segundo o especialista, a grande transformação está em quem é o professor que fará a mediação entre o aluno e o processo de aprendizagem.
Loureiro defende a ideia de que o docente deve se preocupar em levar para a sala de aula tudo aquilo que o aluno não irá encontrar em outros lugares, como a internet. Segundo o especialista, é preciso que ele faça uma curadoria dos conteúdos, entendendo quais deles são relevantes ou não, promova a participação ativa dos alunos e aprofunde os assuntos em sala de aula, para reduzir a superficialidade do conhecimento, comum a essa nova geração. O professor precisa ser um mediador, um tutor, ao invés de agir apenas como o detentor do conteúdo, explica.
O especialista afirma que o ponto crucial do evento é mostrar que várias transformações nos modelos tradicionais de ensino-aprendizagem já estão acontecendo e mudar a visão de que inovação na educação está ligada a projetos para o futuro, pois, na verdade, ela já está em curso. A importância do seminário é mostrar que os alunos estão buscando novos modelos e que se as instituições não se adequarem rapidamente, elas vão se desconectar do seu objetivo principal que é criar condições para que cada um de seus alunos aprenda, explica.
Inscrições
O evento é destinado aos reitores, vice-diretores, diretores de inovação, pró-reitores, diretores acadêmicos e gestores vinculados ao tema.
Sobre a Universia
Fundada em 2000, na Espanha, é reconhecida como a maior rede ibero-americana de cooperação acadêmica e chegou ao Brasil em 2002. Seu principal objetivo é estimular a colaboração e a geração de valor nos projetos compartilhado entre universidades e empresas. Atua em colaboração com as universidades para promover a empregabilidade e levar conhecimento e formação à sociedade com um modelo de atuação único e inovador. A Universia está presente em 23 países, com 19,2 milhões de estudantes e professores e 1.401 universidades parceiras no mundo. No Brasil, são 404 universidades conveniadas, com 5.800 milhões de professores e alunos. A rede também atua com foco nas linhas estratégicas de Emprego, Formação e Comunicação. Para mais informações, acesse: www.universia.com.br. Siga a Universia no Facebook e Twitter.
Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br/
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