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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Mobilidade urbana: convergência tecnológica é a bola da vez, por Alexandre Guimarães

Nunca se debateu tanto o tema mobilidade urbana como nos dias atuais. Os modais permanecem basicamente os mesmos, mas as soluções estão sendo aprimoradas à medida que tecnologias de suporte são criadas ou melhoradas. Com autonomia superior a 500 km nos últimos lançamentos, veículos puramente elétricos mostram que as limitações tecnológicas estão ficando para trás. Assim, abrem novas perspectivas para a sociedade, que se divide entre a necessidade de se locomover e a busca por soluções ecologicamente sustentáveis e viáveis. 
Além de excelência em eficiência energética, os carros elétricos agora precisam apresentar propostas em conectividade porque cada vez mais os consumidores buscam dentro dos automóveis as mesmas experiências tecnológicas que vivenciam em casa ou no trabalho. Nesse sentido, a migração de soluções entre vários segmentos tecnológicos se mostra fundamental para a evolução do setor em relação à experiência do cliente. 
Dentro das montadoras, os desenvolvimentos em veículos elétricos já estão associados aos novos modais de mobilidade urbana. Já se tornou condição natural relacionar, por exemplo, o desenvolvimento dos veículos autônomos à propulsão elétrica. Com este tipo de motor, é possível diminuir elementos mecânicos, conectar módulos eletrônicos, ter informações disponíveis em call center e, por meio de telemática, monitorar o veículo. 
O compartilhamento de veículos também ganhou grande visibilidade dentro das montadoras e se tornou assunto obrigatório nas reuniões estratégicas. Hoje um veículo privado é utilizado somente de 5% a 10% do tempo disponível. Esse valor sobe de 30% a 35% com um veículo compartilhado. Dessa forma, é possível utilizar o carro seis ou sete vezes mais. Esses programas também já são associados aos carros elétricos porque demandam tecnologia embarcada, conectividade e telemática. 
Para além da convergência tecnológica, a engenharia em todo o mundo avança para aumentar a autonomia dos veículos elétricos. Há muito trabalho sendo feito em relação a baterias para reduzir o tamanho e aumentar a carga; motores para reduzir as perdas de calor e aumentar a eficiência; e fontes alternativas para o abastecimento da bateria como freios regenerativos ou placas solares, além de materiais especiais para a otimização de carrocerias e a redução de peso. 
Quem estiver interessado em discutir esses e outros assuntos ligados à área está convidado a participar do 5º Simpósio SAE BRASIL de Veículos Elétricos e Híbridos, que reunirá especialistas da indústria e da academia no Club Transatlântico, em São Paulo, dia 24 de novembro. 

Sobre o autor: Alexandre Guimarães é engenheiro e chairperson do 5º Simpósio SAE BRASIL de Veículos Elétricos e Híbridos

Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br/

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