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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Um marco da pesquisa geológica do Brasil

Em entrevista exclusiva ao Portal Geofísica Brasil, a Profa. Roberta Mary Vidotti, do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília, comenta sobre os projetos de pesquisa que estudam a influência do lineamento transbrasiliano – a falha geológica na crosta que atravessa grande parte do Brasil – na formação das bacias sedimentares do Paraná e do Parnaíba.
Leia mais sobre as pesquisas sobre o lineamento transbrasiliano aqui e aqui.

Fonte: http://geofisicabrasil.com

A fratura-mãe

revista fapesp fratura mae infografico
Imensa cicatriz na crosta terrestre que cruza o Brasil, o lineamento transbrasiliano teve influência na formação das bacias sedimentares do Paraná e do Parnaíba. Embora a hipótese fosse discutida há 40 anos, desde que essa estrutura geológica foi descoberta, apenas agora um grupo de pesquisadores das universidades de Brasília (UnB), Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Estadual de Campinas (Unicamp) conseguiu avançar no entendimento do papel desempenhado pelo lineamento na formação dessas bacias. Os geólogos produziram um retrato mais preciso do subsolo das áreas por onde passa o lineamento, que, em quase sua totalidade, se encontra encoberto por sedimentos.
As medições feitas na crosta e no manto (camada geológica inferior à crosta) mostram que a quebra do lineamento formou os primeiros depocentros, pontos de acumulação de sedimentos que culminam na formação das bacias. “Muitos outros locais no mundo possuem bacias que tiveram seus depocentros relacionados à reativação de falhas geológicas”, explica Julia Curto, pesquisadora da UnB e primeira autora de um artigo publicado em agosto na Tectonophysics. Nem sempre, porém, os lineamentos dão início a uma deposição de sedimentos. É preciso que as falhas sejam reativadas – se movimentem – de tempos em tempos, “criando espaços que acomodem esses sedimentos”, diz.
As novas análises também geraram um retrato mais preciso do relevo do embasamento das bacias do Paraná e do Parnaíba. O embasamento é a camada mais profunda e antiga, composta por rochas mais densas. É sobre elas que os sedimentos, decorrentes do processo de erosão, se depositam, formando as bacias sedimentares.
Para conseguir o retrato do que está por baixo da bacia, os geofísicos cruzaram dados magnéticos e de gravimetria. Eles são obtidos por equipamentos embarcados em aviões que sobrevoam a área de estudo e detectam pequenas mudanças nos campos gravitacional e magnético da Terra. Esses dois campos variam conforme a densidade das rochas e suas propriedades magnéticas. Os aparelhos medem os contrastes entre rochas mais e menos densas e com maior ou menor intensidade de magnetização, formando mapas detalhados do subsolo.
Foi a primeira vez que os dois métodos foram usados simultaneamente para estudar o lineamento. “O que havia era uma estimativa apenas de gravimetria, que pode levar a grandes imprecisões”, diz Reinhardt Fuck, pesquisador da UnB. Parte dos levantamentos usados pelos pesquisadores foi feita nos anos 1970 no projeto Radam Brasil, que mapeou pela primeira vez o subsolo brasileiro. Foi compilando os dados desses voos que o geólogo Carlos Schobbenhaus, na época no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), descobriu o lineamento. Os dados mais recentes foram obtidos de sobrevoos realizados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). “Depois de muito tempo em que praticamente só se explorou petróleo no mar, o Brasil começa a olhar para o continente”, diz Hilário Bezerra, professor da UFRN e um dos autores do estudo. As pesquisas do grupo fazem parte de um projeto financiado pela Petrobras que se encerra em 2015.

Uma falha brasileira

“O trabalho traz resultados muito interessantes, pois, até então, alguns autores chegavam a contestar se o lineamento realmente passava por baixo da bacia do Paraná”, afirma Marcelo Assumpção, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP), que não participou do projeto. Na bacia do Parnaíba, ele diz, a influência do transbrasiliano é mais evidente, já que o lineamento reaparece do outro lado, no Ceará. “Agora conseguimos ver exatamente por onde passa o lineamento debaixo da bacia e ainda descobrimos várias regiões subterrâneas que não conhecíamos”, diz David Castro, pesquisador da UFRN que publicou no ano passado um estudo sobre o tema.
O lineamento divide o território nacional em duas grandes regiões. De um lado, a Amazônia, uma porção do Centro-Oeste e pequenos trechos do Ceará e Piauí; do outro, as regiões Sul, Sudeste e todo o resto do Nordeste. Ele começa na Argentina, passa pelo Paraguai e vai até o litoral do Ceará, totalizando 5 mil quilômetros (km) de extensão. Registra profundidades de até 40 km e, em alguns trechos, pode ter 200 km de largura. Como se formou quando a América do Sul e a África ainda faziam parte de um mesmo supercontinente, Gondwana, ele tem uma continuação no continente africano, o lineamento Kandi, que cruza o Saara por cerca de 4 mil km.
Essa falha na crosta originou-se no período geológico chamado Ciclo Brasiliano, entre 750 milhões e 540 milhões de anos atrás, quando o cráton do São Francisco se chocou com o cráton amazônico. Crátons são pedaços antigos relativamente estáveis das placas tectônicas. A colisão desses dois blocos gerou movimentação de rochas, misturou as mais recentes com as mais antigas e juntou rochas pobres e ricas em minerais magnéticos. Também foram geradas outras falhas geológicas. Algumas delas foram preenchidas por sedimentos que se depositaram e começaram a formar as bacias.
Depois de consolidado, o lineamento voltou a se movimentar. A primeira vez  foi no Cambriano, cerca de 540 milhões de anos atrás, e depois no Mesozóico, entre 252 milhões e 65 milhões de anos atrás. Essas movimentações abalaram ainda mais a estrutura do lineamento, misturando mais as rochas e sedimentos à sua volta. Hoje não há choques entre as bordas dos crátons. Eventualmente, em intervalos de milhões de anos, podem ocorrer pequenos movimentos nas bordas, mas o bloco como um todo é estável.
Os dados obtidos no projeto do lineamento transbrasiliano continuarão sendo analisados. Uma das ideias é fazer mapeamentos mais detalhados de algumas áreas. Eles podem desvendar com mais precisão a origem das bacias sedimentares que o lineamento cruza. “O natural agora é ir aumentando o zoom”, conclui Julia.

Fonte: http://geofisicabrasil.com

Etapa de acumulações marginais da 13ª Rodada

Nesta quinta-feira, 10 de dezembro, será realizada no Rio de Janeiro a segunda etapa da 13ª Rodada de Licitações – Acumulações Marginais. A Rodada terá início às 9h e ocorrerá no Auditório do Escritório Central da ANP, na Av. Rio Branco, 65, 13º andar, Centro.
Todos os oito setores previstos no edital receberam confirmação de interesse das empresas inscritas e, por isso, todos serão oferecidos na sessão pública de apresentação de ofertas.
No certame, serão oferecidas dez áreas inativas com acumulações marginais, distribuídas em oito setores de seis bacias sedimentares, totalizando 53 km² de áreas em oferta. As áreas, localizadas nos estados da Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Paraná e Rio Grande do Norte, são: São João, Alto Alegre, Iraí, Bela Vista, Riacho Sesmaria, Paramirim do Vencimento, Fazenda Gameleira, Miranga Leste, Lagoa do Doutor e Barra Bonita.
Áreas inativas com acumulações marginais abrangem a área de concessão com descobertas conhecidas de petróleo e/ou gás natural onde não houve produção ou a produção foi interrompida por falta de interesse econômico.
As áreas foram selecionadas em bacias de novas fronteiras e bacias maduras, com o objetivo principal de oferecer oportunidades a pequenas e médias empresas, possibilitando a continuidade dessas atividades nas regiões onde exercem importante papel socioeconômico, com geração de empregos e distribuição de renda.
Nesta segunda etapa da 13ª Rodada de Licitações – Acumulações Marginais, 21 sociedades empresárias foram aprovadas pela Comissão Especial de Licitação (CEL) e estão aptas a participar da licitação. Clique aqui para ver a lista.

Serviço

  • Etapa de acumulações marginais da 13ª Rodada
  • Data: 10/12/2015
  • Horário: 9h
  • Local: Auditório do Escritório Central da ANP - Av. Rio Branco, 65, 13º andar, Centro, Rio de Janeiro


Fonte: http://geofisicabrasil.com

Petroleiras esperam novos leilões do pré-sal ano que vem

O Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) espera que o governo realize no ano que vem leilões de jazidas do pré-sal já descobertas que se estendem para fora dos contratos de concessão. Pelos cálculos da entidade, há reservas entre 1,6 bilhão e 2 bilhões de barris hoje nesta situação.
São cerca de 20 áreas, que compreendem pedaços de reservatórios que se estendem para fora dos blocos concedidos em leilões passados. Como estão em áreas não concedidas, as reservas pertencem à União.
Segundo a lei, essas áreas devem ser licitadas no regime de partilha da produção, que prevê uma fatia mínima de 30% para a Petrobras. A Folha antecipou em outubro que o governo estudava acelerar estes leilões para ajudar a levantar recursos.
"É razoável esperar que leilões ocorram no próximo ano, se todas as questões regulatórias forem acertadas. É imperativo para dar uma resposta a quem comprou blocos e, do ponto de vista do país, é importante porque destrava investimentos", disse o secretário executivo do IBP, Antônio Guimarães, após evento no Rio.
Atualmente, há um grupo de trabalho envolvendo ministérios e órgãos ligados à indústria do petróleo discutindo o modelo de licitação e termos dos acordos de individualização das áreas (como fazem parte de jazidas já concedidas, a exploração deverá ser feita em conjunto com o concessionário atual, a partir de um acordo que define a partilha dos investimentos e da produção futura).
Enquanto os acordos não forem assinados, diz Guimarães, o projetos correm em ritmo lento por falta de definição sobre as responsabilidades de cada sócio. "Alguns estão até parados", disse.
O IBP defende o fim da exclusividade da Petrobras na operação do pré-sal, com o objetivo de garantir o investimento enquanto a estatal enfrenta crise financeira.
O tema é parte de uma agenda mínima para a indústria do petróleo lançada este ano em parceria com entidades ligadas a fabricantes de equipamentos, que ainda pedido mudanças nas regras de conteúdo local e no licenciamento ambiental de áreas para exploração de petróleo.
Guimarães argumentou que o setor de petróleo tem grande potencial de investimentos, que podem ajudar no processo de recuperação da economia.
Em apresentação no evento, o professor do Instituto de Economia da UFRJ e ex-diretor do BNDES, Ernani Torres, ressaltou que o petróleo representa 56% do investimento industrial no Brasil, segundo contas do banco de fomento.
Ele lembrou que, em sua última projeção de investimentos, a instituição apontou uma queda de 29,5% na estimativa de aportes no setor, que passou de R$ 458 bilhões entre 2014 e e 2017 para R$ 353 bilhões entre 2015 e 2018.
"O BNDES deve divulgar nova revisão no início do ano que vem e o número deve vir ainda menor", afirmou.

Fonte: http://geofisicabrasil.com

DA VINCI – A EXIBIÇÃO




As invenções do cientista Leonardo Da Vinci podem ser manuseadas pelos estudantes com o auxílio dos monitores, em um ambiente interativo, informativo e lúdico. O público poderá conferir mais de 60 peças, 44 delas interativas, criadas em colaboração com artesãos italianos responsáveis por interpretar o antigo dialeto florentino.
Os especialistas deram vida às invenções e aparelhos projetados por Da Vinci, alguns deles que não chegaram a ser construídos devido à falta de tecnologia no século XVI. O parafuso aéreo (princípio do voo de helicóptero), tanque, carro a manivela, além de máquinas das áreas de robótica e mecânica são algumas das peças interativas.
A exposição ainda traz as mais importantes pinturas do artista, como réplicas de Monalisa, a Anunciação e a Santa Ceia, esta última em tamanho original. Nos estados de Minas Gerais, Ceará, Pernambuco e Espírito Santo, mais de 45 mil alunos e professores de escolas públicas participaram da exposição. “Da Vinci – A Exibição” também já passou por Las Vegas, Manila, Buenos Aires, Cidade do México, Santiago de Chile, Quito, Bogotá, Montevidéu e outras cidades do mundo.

Fonte: http://www.ibahia.com

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Príncipe da Noruega conhece projeto de robótica da Petrobras em parceria com Statoil

Príncipe da Noruega conhece projeto de robótica da Petrobras em parceria com Statoil
Agência Petrobras Agência Petrobras

O príncipe da Noruega Haakon Magno e sua comitiva conheceram as instalações do Centro de Pesquisas da Petrobras em visita realizada hoje, dia 17 de novembro, e viram uma demonstração realizada sob condições industriais simuladas do protótipo do robô Doris, que conta com financiamento da Petrobras e da empresa de petróleo norueguesa Statoil.  
Desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o sistema robótico móvel para inspeção remota de instalações offshore, batizado de Doris, permite um monitoramento frequente com possibilidade de pequenas intervenções em áreas com estrutura complexa e pouca acessibilidade.  
Trata-se de um veículo teleoperado cuja movimentação se dá por meio de trilhos. Ele é capaz de captar e analisar áudio, vídeo, imagens térmicas, vibração e composição atmosférica. Possui processamento inteligente para diagnóstico e alarmes. Além disso, ele pode ser instalado em plataformas que já se encontram em operação, sem necessidade de re-projeto. Ainda não há previsão para testes de campo com o robô Doris.
O príncipe da Noruega Haakon Magno e sua comitiva conheceram as instalações do Centro de Pesquisas da Petrobras em visita realizada hoje, dia 17 de novembro, e viram uma demonstração realizada sob condições industriais simuladas do protótipo do robô Doris, que conta com financiamento da Petrobras e da empresa de petróleo norueguesa Statoil.  
Desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o sistema robótico móvel para inspeção remota de instalações offshore, batizado de Doris, permite um monitoramento frequente com possibilidade de pequenas intervenções em áreas com estrutura complexa e pouca acessibilidade.
Trata-se de um veículo teleoperado cuja movimentação se dá por meio de trilhos. Ele é capaz de captar e analisar áudio, vídeo, imagens térmicas, vibração e composição atmosférica. Possui processamento inteligente para diagnóstico e alarmes. Além disso, ele pode ser instalado em plataformas que já se encontram em operação, sem necessidade de re-projeto. Ainda não há previsão para testes de campo com o robô Doris.
Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br

MME defende a expansão de biocombustíveis na matriz energética

MME defende a expansão de biocombustíveis na matriz energética
Divulgação Divulgação

A expansão dos biocombustíveis na matriz energética do país é defendida pelo Ministério de Minas e Energia (MME). Nesta terça-feira (17/11), em audiência na Câmara dos Deputados, o secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do MME, Marco Antonio Almeida, apresentou dados sobre a produção de combustíveis no país e a matriz energética brasileira, e defendeu a utilização dos biocombustíveis, como o etanol, que além de ser renovável, também emite menos CO2.
Durante a audiência na comissão especial para discutir o Projeto de Lei nº 1.013, de 2011, pela liberação da fabricação e venda de carros leves movidos a diesel no Brasil, Almeida destacou que a utilização do combustível fóssil eleva a dependência do país à importação do óleo e pode encarecer o custo do transporte de carga e de passageiros.
"O diesel tem tributação compatível com um combustível social, que realmente é, utilizado basicamente para transporte de cargas e de passageiros. Caso venha a ser utilizado para o transporte individual perderá a conotação social e deverá ter sua tributação equiparada à da gasolina, com fortes impactos para a sociedade brasileira", salientou o secretário.
A fabricação de veículos leves movidos a diesel no país é proibida desde 1976, quando foi determinado que só poderiam ser fabricados e vendidos no Brasil veículos a diesel com carga transportável superior a 1 tonelada.
Estimular o crescimento da produção de biocombustíveis é um dos objetivos do governo federal, que vem adotando medidas nesse sentido, como a elevação do percentual de etanol anidro na gasolina, de 25% para 27%, neste ano; a eliminação de toda a carga tributária federal incidente sobre  o etanol; o financiamento incentivado da renovação e expansão de canaviais; e o aumento da tributação da gasolina.
Também participaram da audiência o Gerente de Projeto do Departamento de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Rudolf de Noronha; o Conselheiro da SAE Brasil, Luso Martorano Ventura; e o Secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação, Jailson Bittencourt de Andrade. 
No biodiesel, o Ministério regulamentou nesta semana o uso autorizativo de misturas de 20% em frotas cativas, consumidores rodoviários atendidos por ponto de abastecimento, e 30% em transporte ferroviário e uso agrícola e industrial.
A expansão dos biocombustíveis na matriz energética do país é defendida pelo Ministério de Minas e Energia (MME). Nesta terça-feira (17/11), em audiência na Câmara dos Deputados, o secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do MME, Marco Antonio Almeida, apresentou dados sobre a produção de combustíveis no país e a matriz energética brasileira, e defendeu a utilização dos biocombustíveis, como o etanol, que além de ser renovável, também emite menos CO2.
Durante a audiência na comissão especial para discutir o Projeto de Lei nº 1.013, de 2011, pela liberação da fabricação e venda de carros leves movidos a diesel no Brasil, Almeida destacou que a utilização do combustível fóssil eleva a dependência do país à importação do óleo e pode encarecer o custo do transporte de carga e de passageiros.
"O diesel tem tributação compatível com um combustível social, que realmente é, utilizado basicamente para transporte de cargas e de passageiros. Caso venha a ser utilizado para o transporte individual perderá a conotação social e deverá ter sua tributação equiparada à da gasolina, com fortes impactos para a sociedade brasileira", salientou o secretário.
A fabricação de veículos leves movidos a diesel no país é proibida desde 1976, quando foi determinado que só poderiam ser fabricados e vendidos no Brasil veículos a diesel com carga transportável superior a 1 tonelada.
Estimular o crescimento da produção de biocombustíveis é um dos objetivos do governo federal, que vem adotando medidas nesse sentido, como a elevação do percentual de etanol anidro na gasolina, de 25% para 27%, neste ano; a eliminação de toda a carga tributária federal incidente sobre  o etanol; o financiamento incentivado da renovação e expansão de canaviais; e o aumento da tributação da gasolina.
Também participaram da audiência o Gerente de Projeto do Departamento de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Rudolf de Noronha; o Conselheiro da SAE Brasil, Luso Martorano Ventura; e o Secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação, Jailson Bittencourt de Andrade. 
No biodiesel, o Ministério regulamentou nesta semana o uso autorizativo de misturas de 20% em frotas cativas, consumidores rodoviários atendidos por ponto de abastecimento, e 30% em transporte ferroviário e uso agrícola e industrial.
Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br

Geração eólica brasileira é 10º maior no mundo

Geração eólica brasileira é 10º maior no mundo
Divulgação Divulgação

Com geração de 12,2 terawatt/hora (TWh) de energia eólica em 2014, o Brasil  ocupa a 10ª posição no ranking mundial de geração da fonte,  superando Portugal, Suécia e outros países, que em 2013 estavam à frente. O ranking de 2014 eleva o país em cinco posições em comparação ao ano de 2013, quando o Brasil estava na 15ª posição.  O forte aumento na geração de 2015 deverá levar o Brasil à 7ª posição no ranking. Os dados são do “Ranking Mundial de Energia e Socioeconomia (anos 2012/13/14)”, publicação anual da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético (SPE) do Ministério de Minas e Energia (MME). Ao final de 2014, o Brasil ocupava o 3º lugar no ranking de expansão de geração eólica, com 5,6 TWh de expansão, perdendo apenas para a China (17,2 TWh de expansão) e para os Estados Unidos (14,1 TWh de expansão), e na frente da Alemanha (4,3 TWh) e Índia (3,6 TWh).
Com relação ao volume de  fontes renováveis na Oferta Interna de Energia, o Brasil se mantem na quarta posição, com 121 milhões de tep, ou 6,6% das fontes renováveis do mundo, de 2013. O País fica atrás apenas da China, Índia e dos Estados Unidos. Considerando os 65 países com PIB per capita igual ou superior ao brasileiro, apenas a Islândia, Gabão e Uruguai, todos com menos de 4  milhões de habitantes, superam o indicador do Brasil de 40,8% de renováveis na Matriz Energética de 2013. 
Quanto aos biocombustíveis  utilizados no país, a produção de biodiesel subiu uma posição no ranking mundial de 2013, ocupando o terceiro lugar, com a produção de 2.567 mil toneladas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e Alemanha. O forte aumento na produção de 2015 poderá levar o Brasil à 2ª posição no ranking, superando a Alemanha.
Na geração hidráulica de 2014, o Brasil ocupa a terceira posição, com 373 TWh.  A China ocupa a primeira posição, com geração de 1.064 TWh e o Canadá a segunda com 379 TWh. A potência instalada hidráulica brasileira é a terceira maior do mundo em 2012, com 84,3 GW, perdendo para a China (270 GW) e para os Estados Unidos (101,1 GW).
O boletim “Ranking Mundial de Energia e Socioeconomia” apresenta o ranking dos 15 primeiros países - de um universo de cerca de 142 - para uma seleção de 38 indicadores, cobrindo as áreas de energia, emissões de CO2, população e economia.
Veja o boletim
Com geração de 12,2 terawatt/hora (TWh) de energia eólica em 2014, o Brasil  ocupa a 10ª posição no ranking mundial de geração da fonte,  superando Portugal, Suécia e outros países, que em 2013 estavam à frente. O ranking de 2014 eleva o país em cinco posições em comparação ao ano de 2013, quando o Brasil estava na 15ª posição.  O forte aumento na geração de 2015 deverá levar o Brasil à 7ª posição no ranking. Os dados são do “Ranking Mundial de Energia e Socioeconomia (anos 2012/13/14)”, publicação anual da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético (SPE) do Ministério de Minas e Energia (MME). Ao final de 2014, o Brasil ocupava o 3º lugar no ranking de expansão de geração eólica, com 5,6 TWh de expansão, perdendo apenas para a China (17,2 TWh de expansão) e para os Estados Unidos (14,1 TWh de expansão), e na frente da Alemanha (4,3 TWh) e Índia (3,6 TWh).
Com relação ao volume de  fontes renováveis na Oferta Interna de Energia, o Brasil se mantem na quarta posição, com 121 milhões de tep, ou 6,6% das fontes renováveis do mundo, de 2013. O País fica atrás apenas da China, Índia e dos Estados Unidos. Considerando os 65 países com PIB per capita igual ou superior ao brasileiro, apenas a Islândia, Gabão e Uruguai, todos com menos de 4  milhões de habitantes, superam o indicador do Brasil de 40,8% de renováveis na Matriz Energética de 2013. 
Quanto aos biocombustíveis  utilizados no país, a produção de biodiesel subiu uma posição no ranking mundial de 2013, ocupando o terceiro lugar, com a produção de 2.567 mil toneladas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e Alemanha. O forte aumento na produção de 2015 poderá levar o Brasil à 2ª posição no ranking, superando a Alemanha.
Na geração hidráulica de 2014, o Brasil ocupa a terceira posição, com 373 TWh.  A China ocupa a primeira posição, com geração de 1.064 TWh e o Canadá a segunda com 379 TWh. A potência instalada hidráulica brasileira é a terceira maior do mundo em 2012, com 84,3 GW, perdendo para a China (270 GW) e para os Estados Unidos (101,1 GW).
O boletim “Ranking Mundial de Energia e Socioeconomia” apresenta o ranking dos 15 primeiros países - de um universo de cerca de 142 - para uma seleção de 38 indicadores, cobrindo as áreas de energia, emissões de CO2, população e economia.

Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br

Ajuda para ser verde



Em outubro, três companhias americanas incluíram um benefício incomum a seus funcionários. Agora, quem trabalha para a 3M, dona de marcas como Post-it e Durex, a empresa de tecnologia Cisco e a fabricante de produtos de higiene Kimberly-Clark pode ter em casa painéis para converter a luz solar em energia elétrica por um preço 35% menor do que o encontrado no mercado. "Encorajamos nossos funcionários a agir de forma sustentável não só no nosso negócio mas também fora dele", diz Gayle Schueller, vice-presidente global de sustentabilidade da 3M.

Para dar a seus empregados a oportunidade de usar energia limpa a um custo menor, essas companhias não tiraram um centavo do caixa. Elas tiveram apenas de se aliar a uma ideia e propagandeá-la internamente. O desconto nos painéis está sendo oferecido por um programa concebido pela organização ambientalista WWF em parceria com a Geostellar, uma startup de energia solar dos Estados Unidos. O raciocínio da Geostellar, responsável por vender e instalar os sistemas, é que o dinheiro perdido ao conceder o desconto será compensado pelo grande volume de clientes que deverão adotar a tecnologia solar em casa.

Além das três pioneiras, outras nove empresas aderiram ao programa nos meses seguintes. Juntas, elas somam 200 mil funcionários. Para ter um sistema de painéis solares, eles podem optar pela compra à vista ou por parcelar o pagamento em até 20 anos. Nesse caso, pagam cerca de 97 dólares por mês. Se comparado ao gasto médio mensal de uma residência americana, a economia obtida com o uso dos painéis é de 35%. 

"Queremos provar que consumir energia renovável é factível e vantajoso", diz Bryn Baker, coordenadora da área de energia renovável da WWF. A meta é que, até outubro, mil funcionários tenham energia solar em casa. Com isso, o país deixaria de emitir 74.500 toneladas de carbono por ano - o equivalente a retirar mais de 15 mil carros das ruas.

É a primeira vez que empresas se unem a uma ONG para incentivar o uso de painéis solares nos Estados Unidos. Até então, os consumidores recebiam ajuda do governo: ao comprar um sistema fotovoltaico, é possível obter 30% do valor do equipamento em créditos para ser descontados em impostos federais e estaduais. 

No Brasil, não há incentivos do gênero e quem quer ter a tecnologia precisa desembolsar entre 14 mil e 100 mil reais ou encarar financiamentos com juros de até 20% ao ano. Resultado: existem cerca de 300 microgeradores de energia solar no Brasil, ante quase 580 mil nos Estados Unidos. "A falta de incentivos e financiamentos atrativos inviabiliza a popularização da energia solar em casa no Brasil", afirma Raphael Pintao, sócio da Neosolar, empresa que instala painéis fotovoltaicos.

A boa notícia é que, por aqui, o número de empresas que buscam incentivar seus empregados a adotar práticas sustentáveis na vida privada também vem crescendo. Desde 2010, a operação brasileira do Google deixou de descontar os 6% do salário previstos por lei dos funcionários que recebem vale-transporte para estimulá-los a usar o transporte público no deslocamento para o trabalho. Desde 2013, a fabricante de gases industriais White Martins conseguiu quadruplicar o volume de resíduos recicláveis recolhidos em sua unidade de Contagem, em Minas Gerais, ao estimular os funcionários a trazer o lixo de casa. Cerca de 150 pessoas colaboram assiduamente com o programa e 4 toneladas já foram enviadas às cooperativas de catadores da cidade. 

"O consumo consciente na vida pessoal motiva o funcionário a pensar em alternativas sustentáveis na empresa", afirma Helio Mattar, presidente do Instituto Akatu, ONG dedicada ao consumo sustentável e que, em 11 anos, orientou mais de 50 empresas a implementar programas desse tipo.

LUZ SOLAR PARA TODOS
Nos Estados Unidos, uma iniciativa da ONG WWF vem ajudando funcionários de empresas a adquirir painéis solares
Meta: o programa pretende atingir mil funcionários em um ano. Em quase três meses, 55 pessoas já estão utilizando painéis solares em suas casas e outras 438 estão em fase de adesão.
Vantagem financeira: a conversão de radiação solar em energia elétrica gera uma economia de mais de 30% na conta de luz. A média de 145 dólares de gasto mensal cai para 97 dólares.
Benefícios ao meio ambiente: cerca de 1.000 microgeradores de energia solar em funcionamento retiram da atmosfera 74.500 toneladas de carbono - o equivalente a menos 15 mil carros circulando nas ruas.


Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br

CO2 transformado em combustível

Não precisa ser um gênio para produzir dióxido de carbono (CO2). O gás é liberado pela simples respiração. Se o objetivo for gerar quantidades maiores, basta atear fogo em um bocado de lenha. Difícil mesmo é dar ao composto químico um destino mais nobre do que o de vilão do aquecimento global. Pesquisadores da Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, alcançaram resultados promissores nesse sentido, ao desenvolverem uma técnica capaz de sequestrar o CO2 e transformá-lo em combustível.
A equipe, liderada pelo professor Xiao-Dong Zhou, utilizou nanotubos de carbono aos quais foram adicionados átomos de nitrogênio. A estratégia fez com que o material se tornasse um catalisador (acelerador de reações químicas) efetivo na quebra do dióxido de carbono, por meio de um processo eletroquímico (veja infografia). Segundo os autores, o novo método é muito mais estável e barato que catalisadores semelhantes já existentes, que dependem do uso de metais caros, como o ouro e a prata.
A quebra do CO2 pela técnica resulta em moléculas de carbono simples, como o monóxido de carbono (CO), o metano (CH4) e o metanol (CH4O). A engenheira química Regina de Fatima Peralta Muniz Moreira, professora do Departamento de Engenharia Química e de Alimentos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), explica que, embora o CO não seja um combustível propriamente dito, ele é um dos reagentes do processo Fischer-Tropsch, usado na fabricação, por exemplo, do diesel. Já o metano é o principal componente do gás natural, enquanto o metanol, ou álcool de madeira, é um líquido primo do etanol de cereais e da cana-de-açúcar.

Energia eólica

Um dos usos possíveis da técnica, no futuro, é construir equipamentos que possam ser instalados na chaminé de fábricas para que o dióxido de carbono emitido seja transformado antes de atingir a atmosfera. Porém, como o processo exige uma carga de energia, os pesquisadores imaginam usá-lo para tornar usinas de energia eólica e solar mais eficientes.
Um dos maiores problemas dessas fontes de energia é que elas exigem o consumo imediato da força produzida. Com isso, quando não há vento nem luz solar, a produção cessa, assim como o abastecimento. A proposta, então, seria, usar essas usinas para abastecer os catalisadores, que produziriam formas de combustível que podem ser facilmente guardadas.
“Tem sido muito discutido o fato de esses tipos de geração de energia elétrica (eólica e solar) requererem alguma forma de armazenamento, o que permitiria que eles fossem utilizados em grande escala. Se pensarmos dessa forma, essa energia elétrica produzida poderia ser usada na reação (eletrocatalítica) que reduz o CO2 a CO, uma matéria-prima importante na produção de combustíveis líquidos”, concorda Regina Moreira, da UFSC (leia mais sobre o tema em Palavra de especialista).
A opinião é compartilhada por Johnson Pontes, professor do Departamento de Engenharia Química da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), para quem a ideia da equipe de Zhou é eficiente e sustentável. Segundo ele, combinar a catálise mais eficiente com as energias alternativas poderia diminuir bastante a ação do CO2 na atmosfera. “Até agora, os resultados que apresentaram são significativos e trazem uma inovação louvável, tanto para a engenharia em si quanto para a conjuntura de mudanças climáticas no planeta”, analisa o pesquisador, que, assim como Regina Moreira, não participou do estudo.

Viabilidade

Gustavo Paim Valença, professor do Departamento de Engenharia de Processos da Faculdade de Engenharia Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pondera que, apesar de relevante, o estudo é ainda inicial. Além disso, a tecnologia não serviria para sequestrar o CO2 que já está na atmosfera, pois, para ser economicamente viável, ela só funcionaria com o composto já separado do oxigênio.
“A atmosfera não dispõe da proporção necessária de CO2, que, apesar de presente em quantidade alta (400 partes por milhão), não é suficiente para o processo”, explica. “O mais indicado seria utilizá-lo em plantas industriais, usinas de álcool e cervejarias, que produzem uma quantidade enorme de dióxido de carbono. Catalisar o composto que sai de lá valeria a pena”, completa.
O especialista da Unicamp acrescenta que a medida poderia render, futuramente, estratégias que envolvem a eletrólise da água, algo que Zhou e equipe já estudam com outras instituições. A ideia é desenvolver formas de utilizar a energia solar para separar os elementos do líquido. “A redução de CO2 depende de uma corrente rica desse gás, senão fica cara. Mas, com a água, é diferente. A célula fotovoltatica, ou turbina eólica, direcionariam eletricidade para a água, produzindo hidrogênio (H2) puro e oxigênio, esse último podendo ser jogado fora ou engarrafado.”
Roberto Avillez, professor do Departamento de Engenharia Química e de Materiais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Puc-Rio), completa o raciocínio lembrando que a combinação de CO com H2 forma o chamado gás de síntese, empregado na fabricação de vários compostos orgânicos. “Tanto o CO como o H2 são combustíveis, isto é, podem ser empregados, na forma mais simples, para substituir a gasolina. O problema principal é que o CO é um veneno extremamente eficiente, e o H2 é um gás explosivo quando presente acima de uma determinada quantidade na atmosfera”, observa. Mesmo assim, muitos estudos buscam formas seguras de utilizar o hidrogênio como combustível, inclusive de carros, por não ser nada poluente. “O principal trunfo do H2 é seu resíduo ser a água”, aponta Avillez.

Material multiúso

Pesquisados desde 1991, os nanotubos de carbono são fibras com grande potencial econômico, de estrutura cilíndrica e capacidade de condução térmica, mecânica e elétrica. São muito resistentes e não se deformam ao serem dobrados ou submetidos a altas pressões. Isso faz com que esse material, 100 mil vezes mais fino do que um fio de cabelo, seja útil no melhoramento de equipamentos nanotecnológicos, ópticos e eletrônicos. As utilidades são inúmeras. Materiais que não conduzem eletricidade podem ganhar essa característica quando os nanotubos são adicionados a eles, tecidos se tornam mais resistentes e até células podem receber o material para diferentes fins médicos.
Palavra de especialista
Armazenamento possível
“A estocagem de energia eólica, e nunca de vento, é antiga. Cataventos são utilizados há anos em pequenas propriedades, e a energia excedente é armazenada em baterias. Essa foi a única solução durante anos, mas, por conta de sua ineficiência, só podiam ser usadas em pequena escala, como em propriedades rurais sem energia elétrica. Com o advento das pilhas a combustível (que funcionam com hidrogênio), propõe-se agora ‘armazenar’ o excesso de energia elétrica de fontes eólicas ou fotovoltaicas na forma de hidrogênio. Ele seria usado quando não há vento, durante a noite, ou quando o céu está nublado. A presidente Dilma Rousseff disse há pouco tempo que não há tecnologia para isso, mas há sim. O que não há são plantas comerciais em operação. Nós temos diversas oportunidades para tentar desenvolver e implementar essa tecnologia, mas isso requer fundos. Mas como ter desenvolvimento e, ao mesmo tempo, cortar verbas para pesquisa?” A quebra do CO2 (gás carbônico) pela técnica resulta em moléculas de carbono simples, como o monóxido de carbono (CO), o metano (CH4) e o metanol (CH4O). A engenheira química Regina de Fatima Peralta Muniz Moreira, professora do Departamento de Engenharia Química e de Alimentos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), explica que, embora o CO não seja um combustível propriamente dito, ele é umdos reagentes do processo Fischer-Tropsch, usado na fabricação, por exemplo, do diesel. Já o metano é o principal componente do gás natural, enquanto o metanol, ou álcool de madeira, é um líquido primo do etanol de cereais e da cana-de-açúcar.
Um dos usos possíveis da técnica, no futuro, é construir equipamentos que possam ser instalados na chaminé de fábricas para que o dióxido de carbono emitido seja transformado antes de atingir a atmosfera. Porém, como o processo exige uma carga de energia, os pesquisadores imaginam usá-lo para tornar usinas de energia eólica e solar mais eficientes. Um dos maiores problemas dessas fontes de energia é que elas exigem o consumo imediato da força produzida. Com isso, quando não há vento nem luz solar, a produção cessa, assim como o abastecimento. A proposta, então, seria, usar essas usinas para abastecer os catalisadores, que produziriam formas de combustível que podem ser facilmente guardadas. “Tem sido muito discutido o fato de esses tipos de geração de energia elétrica (eólica e solar) requererem alguma forma de armazenamento, o que permitiria que eles fossem utilizados em grande escala. Se pensarmos dessa forma, essa energia elétrica produzida poderia ser usada na reação (eletrocatalítica) que reduz o CO2 a CO, uma matéria- prima importante na produção de combustíveis líquidos”, concorda Regina Moreira, da UFSC (leia mais sobre o tema em Palavra de especialista). A opinião é compartilhada por Johnson Pontes, professor do Departamento de Engenharia Química da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), para quem a ideia da equipe de Zhou é eficiente e sustentável. Segundo ele, combinar a catálise mais eficiente com as energias alternativas poderia diminuir bastante a ação do CO2 na atmosfera. “Até agora, os resultados que apresentaram são significativos e trazem uma inovação louvável, tanto para a engenharia em si quanto para a conjuntura de mudanças climáticas no planeta”, analisa o pesquisador, que, assim como Regina Moreira, não participou do estudo.
Gustavo Paim Valença, professor do Departamento de Engenharia de Processos da Faculdade de Engenharia Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pondera que, apesar de relevante, o estudo é ainda inicial. Além disso, a tecnologia não serviria para sequestrar o CO2 que já está na atmosfera, pois, para ser economicamente viável, ela só funcionaria com o composto já separado do oxigênio. “A atmosfera não dispõe da proporção necessária de CO2, que, apesar de presente em quantidade alta (400 partes por milhão), não é suficiente para o processo”, explica. “O mais indicado seria utilizá-lo em plantas industriais, usinas de álcool e cervejarias, que produzem uma quantidade enorme de dióxido de carbono. Catalisar o composto que sai de lá valeria a pena”, completa. O especialista da Unicamp acrescenta que a medida poderia render, futuramente, estratégias que envolvem a eletrólise da água, algo que Zhou e equipe já estudam com outras instituições. A ideia é desenvolver formas de utilizar a energia solar para separar os elementos do líquido. “A redução de CO2 depende de uma corrente rica desse gás, senão fica cara. Mas, com a água, é diferente. A célula fotovoltatica, ou turbina eólica, direcionariam eletricidade para a água, produzindo hidrogênio (H2) puro e oxigênio, esse último podendo ser jogado fora ou engarrafado.”
correio braziliense infografico co2

Veja aqui a matéria original


Fonte: http://geofisicabrasil.com

Incorporando Gravidade e magnetismo em interpretações regionais

geosoft tgs potential methods integration
Assista aqui ao webinar gratuito (em inglês), em que a Dra. Jennifer Halliday, geofísica de interpretação avançada da TGS, conta um 'case' de sucesso da TGS no Leste do Canadá.
TGS has conducted interpretation and play fairway studies across the frontier area offshore East Canada, following phased acquisition of 2D seismic surveys in Newfoundland and Labrador Sea in partnership with PGS.
The incorporation of potential field data provides additional constraints for a better defined tectonic framework and decreased uncertainty for all aspects of the study, from seismic interpretation to thermal modelling.
This is their success story - a truly integrated geoscience approach. Presented by: Dr. Jennifer Halliday, Advanced Interpretation Geophysicist at TGS.
Geosoft Webinars 

Fonte: http://geofisicabrasil.com

EAD: Myths and Facts About Rocks

Rocks and minerals. Precious and semi-precious stones. Decorative and ornamental stones. All of this is steeped in myths and legends embracing and treasuring many secrets. Unravel the mystic veil of secrets with us in our course.
tomsk university logo

About this course

The course embraces the following aspects:
  • understanding the key geological concepts, including crystal, mineral and rock;
  • applying basic methods to determine the properties of minerals and structure and texture of rocks;
  • identifying the composition, formation conditions, characteristic features of naturally-occurring and urban environment stone material and to determine its practical significance;
  • identifying rocks and minerals so as to understand their specific application in such areas as building construction, civil engineering, as well as distinguishing ornamental stones or gemstones in the collections;
  • obtaining theoretical background to further one's ability to observe and determine the practical value of rocks.
In general, this course provides an overview of some aspects of our world from a geological point of view.

Who should participate in this course?

Everyone is welcome to join us and discover the rock and mineral environment the surrounds us. Particular groups that would be interested in the course topic include:
  • Students interested in the world environment - minerals and rocks
  • Future applicants in geological specialty
  • Undergraduates studying the Earth's crust, including geology, mineralogy and petrology
  • Technical specialists and engineers in the field of geological engineering survey
  • Naturalists interested in the surrounding world and its rock components

What will I learn?

The aim of the course is to understand and appreciate the surrounding inanimate nature (the Earth surface), consisting of minerals and rocks. This course will also teach you how to identify the practical importance and value of the rocks surrounding you.
By the end of the course, students will be able to:

  • distinguish crystals, minerals and rocks;
  • identify the most common minerals and rocks;
  • know their practical value and their influence on the environment.

Course Structure here

Course instructors

Associate Prof. Lyubov Krasnoshchekova

Professor, PhD in Geology and Mineralogy. For more than 20 years has been teaching petrographic courses in crystalline (igneous and metamorphic) and sedimentary rocks.
Her area of expertise embraces the investigation of the reservoir sedimentary rocks in different Russian oil fields, especially within Tomsk Oblast, Siberia. Lyubov has been involved in numerous projects and grants in collaboration with various Russian petroleum enterprises. She has also participated in gold exploration projects of leading geological organizations.

Associate Prof. Lyudmila Ananieva

rofessor, PhD in Geology and Mineralogy. For many years Lyudmila was a research staff member of Tomsk Polytechnic University Mineralogical Museum. She has conducted tutorials and field survey expeditions. For more than 15 years has been teaching courses in crystallography and mineralogy.
Her area of expertise embraces exploring quartz and quartz rocks as sources of raw high-purity quartz. Lyudmila was a participant of the well-known Russian-Italian Tunguska Meteorite Expedition.

Tatyana Martynova

Director of Tomsk Polytechnic University Mineralogical Museum. She is a member of the Mineralogical Certification Committee and has certified on more than ten Russian ore deposits.
Tatyana has actively participated in the engineering training of geologists and mineralogists. At present she is mainly concerned with the promotion of mineralogy as a science to specialist and non-specialist audiences.

Fonte: http://geofisicabrasil.com

Leilão no Canadá rende US$ 1,2 bi em investimento exploratório

Companhias de petróleo assumiram compromisso de investir US$1,2 bilhão em uma área de fronteira exploratória da costa canadense de Newfoundland e Labrador nos próximos anos.
Esse foi a maior quantia de investimentos já comprometidos em uma rodada de licitações de áreas de exploração na região.
Os altos lances aconteceram mesmo que os preços do barril de petróleo tenham despencado a um patamar equivalente a sete anos de baixas.
Foram oferecidos 11 blocos, em um total de 25 mil km2, numa área em forma de ferradura em torno da bacia de Flemish Pass.  Sete blocos do total foram arrematados.
De acordo com o Comitê de Petroleo Offshore das Províncias de Labrador e Newfoundland (C-NLOPB), no Canadá, nove companhias participaram do processo e um total de 13 ofertas foram submetidas.
A estatal noruegues Statoil – que já possui ativos significativos na área de Flemish Pass – estará presente em seis dos sete blocos negociados.
A ExxonMobil é parceira em três das ofertas vencedoras.
Mas há novos players envolvidos em alguns dos lances vencedores, incluindo a BG International, a BP Canada Energy Group e a Nexen Energy.
Os detalhes das ofertas vencedores estão abaixo:

Resultados

canada leilao 2015 resultado

Potencial para 12 bilhões de barris

Uma avaliação divulgada no mês passado concluiu que nos 11 blocos desta rodada tem o potencial aproximado de 12 bilhões de barris de óleo e 3,2  milhões de metros cúbicos de gás. A avaliação foi conduzida pela francesa Beicip-Franlab, com base em novos dados geofísicos aquiridos na área. As licenças exploratórias são emitidas por um período de nove anos. A assinatura depende da aprovação ministerial o que deverá acontecer em janeiro de 2016.
De acordo com a C-NLOPB, o único critério para ganhar a licitação é o valor total do compromisso que os investidores farão na exploração dos respectivos blocos durantes os seis primeiros anos.  Esse prazo poderá ser estendido, embora possam ser aplicadas multas.
canada leilao 2015 mapa
A Rodada de 2015 promovida pela Comissão de Petróleo Offshore de Newfoundland e Labrador - Canadá consistiu em 11 blocos (pintados de amarelo) totalizando 25 mil km2 no formato de ferradura em torno de outras áreas exploratórias licenciadas na bacia de Flemish Pass. (C-NLOPB).
Fonte: http://geofisicabrasil.com

Brasil tem ao menos 16 barragens de mineração inseguras, diz DNPM

O Brasil tem ao menos 16 barragens de mineração que são inseguras, segundo dados oficiais de relatórios do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral). O levantamento atualizado pela última vez em abril de 2014 mostra que essas barragens estão em municípios dos Estados de Minas Gerais, Amazonas e Pará.
A tabulação feita pelo órgão federal usa dados divulgados pelos próprios donos das barragens. É um conjunto de informações que acabam resultando em um conceito de segurança. A letra A significa que o estado da barragem é crítico para os quesitos de segurança considerados mais importantes, como a estrutura das construções.
O potencial de dado ambiental e social da barragem também é considerado na avaliação técnica. Apesar de considerar que houve um ganho nessa avaliação, que começou a partir de um plano nacional criado em 2010, especialistas ouvidos pela Folha dizem que muitos avanços precisam ser feitos, ainda mais depois da tragédia ambiental com as duas barragens de Mariana (MG).
"Por utilizar critérios muito simples a análise acaba subestimando ou superestimando o risco", afirma Marcelo Valerius, engenheiro ambiental especialista em segurança de barragens de rejeitos, e analista ambiental da secretaria estadual de Meio Ambiente de Goiás.

Barragens de mineração inseguras

Segundo DNPM, 16 podem estar em risco.
folha tabela barragens inseguras
Fonte: http://geofisicabrasil.com

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

E se queimarmos todo o petróleo do mundo? É bom saber nadar




A relação é simples, porém assustadora. Quanto mais usamos combustíveis fósseis para suprir nossa demanda por energia, mais gases de efeito estufa despejamos na atmosfera, consequentemente, mais elevadas as temperaturas e, por tabela, maior o derretimento dos mantos de gelo do Planeta.

Eis que os cientistas resolveram aplicar uma variável radical a essa equação - o que pode acontecer se queimarmos todas as reservas provadas de petróleo, gás e carvão do mundo? Resposta: seria suficiente para desfazer toda a cobertura de gelo da Antártica, a maior reserva de água doce congelada da Terra.

Tal fenômeno causaria uma elevação brutal de até 60 metros no nível do mar nos próximos 10.000 anos. É bom que os humanos do futuro (se é que estaremos aqui) saibam nadar, porque muitas partes do mundo vão afundar se mantivermos o padrão atual de produção de energia. 

A pesquisa, publicada esta semana no periódico científico Science Advances, é a primeira a modelar os efeitos da queima desenfreada de combustíveis fósseis sobre a totalidade do manto de gelo da Antártida. 

"Essa transformação não acontece do dia para a noite, mas o que precisamos compreender é que nossas ações de hoje estão mudando a face do planeta Terra, e continuará a fazê-lo por dezenas de milhares de anos. Se queremos evitar que a Antártica perca todo seu gelo, precisamos manter o carvão, gás e petróleo no solo", declarou Ricarda Winkelmann, coautora do estudo.

Apesar do abismo temporal, a elevação do nível do mar já é uma ameaça direta às populações costeiras em todo o mundo, colocando em xeque a existência de micropaíses como as Maldivas e Kiribati. Pior, oito das 10 maiores cidades do mundo, entre elas Nova York e Tóquio, localizam-se próximo à costa. 

O nível dos mares subiu em média quase oito centímetros no mundo todo desde 1992 por causa do aquecimento global, informou a NASA em pesquisa recente.

Parte do aumento deve-se ao derretimento das geleiras e outra parte é devido ao aumento da temperatura da água, que se expande quando fica mais quente.

"É muito provável que a situação piore no futuro", alertou o geofísico da Universidade do Colorado, Steve Nerem, durante a apresentação dos novos dados.


Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br