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sábado, 28 de março de 2015

Cientistas holandesas usam composto vegetal para desenvolver asfalto ecologicamente correto




Uma equipe de cientistas holandesas afirma ter criado uma forma de utilizar um composto presente nas células vegetais na substituição do betume durante a fabricação de asfalto.

Segundo os pesquisadores da TNO, um laboratório que transforma ciência em aplicações sustentáveis que podem ser usadas no mundo real, uma molécula conhecida como lignina pode substituir o betume.

O betume, conhecido popularmente como piche, é um composto extraído da destilação do petróleo, processo altamente poluente.

A lignina, que mantém a água longe das células das plantas, além de uni-las, é quimicamente parecida com o betume. Ambos os compostos possuem um grande número de anéis de carbono em sua estrutura.

Durante a conferência anual da Sociedade de Químicos dos Estados Unidos, o pesquisador Ted Slaghekm, da TNO, demonstrou ser possível integrar a lignina no betume, em nível molecular, produzindo uma mistura capaz de ser usada para criar asfalto.

A equipe de cientistas holandesas afirma que a lignina pode ser usada para melhorar as qualidades materiais das misturas de betume, tornando-o mais resistente em altas temperaturas ou mais maleável no frio.

A lignina corresponde a quase um terço de todo material seco presente nas árvores. Na produção de papel, ela é removida do processo, sendo jogada no lixo. Estima-se que todos os anos, sejam eliminadas 50 milhões de toneladas da substância no mundo todo.

A TNO planeja testar o novo composto em uma ciclovia na Holanda, ainda neste ano. 


Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br

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