Uma equipe de cientistas holandesas afirma ter criado uma forma de utilizar um composto presente nas células vegetais na substituição do betume durante a fabricação de asfalto.
Segundo os pesquisadores da TNO, um laboratório que transforma ciência em aplicações sustentáveis que podem ser usadas no mundo real, uma molécula conhecida como lignina pode substituir o betume.
O betume, conhecido popularmente como piche, é um composto extraído da destilação do petróleo, processo altamente poluente.
A lignina, que mantém a água longe das células das plantas, além de uni-las, é quimicamente parecida com o betume. Ambos os compostos possuem um grande número de anéis de carbono em sua estrutura.
Durante a conferência anual da Sociedade de Químicos dos Estados Unidos, o pesquisador Ted Slaghekm, da TNO,
ser possível integrar a lignina no betume, em nível molecular, produzindo uma mistura capaz de ser usada para criar asfalto.
A equipe de cientistas holandesas afirma que a lignina pode ser usada para melhorar as qualidades materiais das misturas de betume, tornando-o mais resistente em altas temperaturas ou mais maleável no frio.
A lignina corresponde a quase um terço de todo material seco presente nas árvores. Na produção de papel, ela é removida do processo, sendo jogada no lixo. Estima-se que todos os anos, sejam eliminadas 50 milhões de toneladas da substância no mundo todo.
A TNO planeja testar o novo composto em uma ciclovia na Holanda, ainda neste ano.
Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário