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terça-feira, 28 de abril de 2015

Carreiras ligadas ao petróleo ainda são promissoras?

Um funcionário verifica petróleo na plataforma da Cidade Angra dos Reis no campo de Lula, cerca de 300 quilômetros da costa do Rio de Janeiro
Nos idos de 2013, carreiras ligadas à indústria de petróleo e gás estavam com tudo. O BNDES dizia que, dali a quatro anos, 458 bilhões de reais seriam destinados à exploração, produção, refino, distribuição e logística na área.
Mas então chegou a monumental crise da Petrobras.
Segundo Giovanna Dantas, gerente da Michael Page especializada no setor, os escândalos que varreram a estatal afetaram gravemente o mercado. Entre outros efeitos, ela cita investimentos paralisados, demissões em massa e redução de até 40% no valor dos contratos.
Também é preciso considerar que, além da Petrobras, a operação Lava Jato investiga outros nomes importantes do setor de infraestrutura e energia - empresas que garantiam uma boa parcela dos postos de trabalho ligados ao petróleo. 
No entanto, a complicada situação jurídica de vários empregadores da área não é o único motivo por trás da sua desaceleração. Segundo Giovanna, também é preciso colocar na conta o mau momento da economia brasileira e o preço do barril de petróleo, que caiu em todo o mundo.

Carreiras mais e menos afetadas
Segundo Giovanna, os profissionais com menos perspectivas na área, hoje, são os ligados às duas primeiras etapas do ciclo de produção do petróleo: licitação e fase sísmica. São geofísicos, geólogos, advogados de contratos e petrofísicos, entre outros.
Já a mão de obra mais demandada na área em 2015 se concentra na etapa de exploração e, em menor grau, produção - tais como oficiais de náutica e profissionais de operações, manutenção, QSMS (Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde) e projetos.

Futuro
Na opinião de Raphael Falcão, diretor da Hays, o período entre 2010 e 2013 foi marcado por uma grande euforia coletiva em torno das oportunidades profissionais no setor . “Falava-se em salários altíssimos, porque havia poucos profissionais qualificados e muita demanda”, diz ele. “Hoje esse entusiasmo todo arrefeceu, já que muitos projetos desaceleraram ou estacionaram”. 
Ainda que o "oba-oba" não volte mais,  a expectativa é a de que o mercado comece a se reaquecer em 2017. Segundo Falcão, a área tem enfrentado grandes desafios, mas continua global e promissora. “Há reservas no Rio de Janeiro com existência comprovada, e haverá novamente uma forte demanda por profissionais qualificados quando a crise passar”, diz ele.

Fonte:  http://exame.abril.com.br

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