Nos idos de 2013, carreiras ligadas à indústria de petróleo
e gás estavam com tudo. O BNDES dizia que, dali a quatro anos, 458
bilhões de reais seriam destinados à exploração, produção, refino,
distribuição e logística na área.
Mas então chegou a monumental crise da Petrobras.
Segundo Giovanna Dantas, gerente da Michael Page especializada no
setor, os escândalos que varreram a estatal afetaram gravemente o
mercado. Entre outros efeitos, ela cita investimentos paralisados,
demissões em massa e redução de até 40% no valor dos contratos.
Também é preciso considerar que, além da Petrobras, a operação Lava Jato
investiga outros nomes importantes do setor de infraestrutura e energia
- empresas que garantiam uma boa parcela dos postos de trabalho ligados
ao petróleo.
No entanto, a complicada situação jurídica de vários empregadores da
área não é o único motivo por trás da sua desaceleração. Segundo
Giovanna, também é preciso colocar na conta o mau momento da economia
brasileira e o preço do barril de petróleo, que caiu em todo o mundo.
Carreiras mais e menos afetadas
Segundo Giovanna, os profissionais com menos perspectivas na área, hoje, são os ligados às duas primeiras etapas do ciclo de produção do petróleo: licitação e fase sísmica. São geofísicos, geólogos, advogados de contratos e petrofísicos, entre outros.
Segundo Giovanna, os profissionais com menos perspectivas na área, hoje, são os ligados às duas primeiras etapas do ciclo de produção do petróleo: licitação e fase sísmica. São geofísicos, geólogos, advogados de contratos e petrofísicos, entre outros.
Já a mão de obra mais demandada na área em 2015 se concentra na etapa
de exploração e, em menor grau, produção - tais como oficiais de náutica
e profissionais de operações, manutenção, QSMS (Qualidade, Segurança,
Meio Ambiente e Saúde) e projetos.
Futuro
Na opinião de Raphael Falcão, diretor da Hays, o período entre 2010 e 2013 foi marcado por uma grande euforia coletiva em torno das oportunidades profissionais no setor . “Falava-se em salários altíssimos, porque havia poucos profissionais qualificados e muita demanda”, diz ele. “Hoje esse entusiasmo todo arrefeceu, já que muitos projetos desaceleraram ou estacionaram”.
Na opinião de Raphael Falcão, diretor da Hays, o período entre 2010 e 2013 foi marcado por uma grande euforia coletiva em torno das oportunidades profissionais no setor . “Falava-se em salários altíssimos, porque havia poucos profissionais qualificados e muita demanda”, diz ele. “Hoje esse entusiasmo todo arrefeceu, já que muitos projetos desaceleraram ou estacionaram”.
Ainda que o "oba-oba" não volte mais, a expectativa é a de que o
mercado comece a se reaquecer em 2017. Segundo Falcão, a área tem
enfrentado grandes desafios, mas continua global e promissora. “Há
reservas no Rio de Janeiro com existência comprovada, e haverá novamente
uma forte demanda por profissionais qualificados quando a crise
passar”, diz ele.
Fonte: http://exame.abril.com.br
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