A baixa atividade exploratória da Petrobras, que deve reduzir consideravelmente a demanda por licenças ambientais para poços e sísmica, é o momento perfeito para o governo federal dotar o Ibama de maior capacidade técnica e humana. É a coisa certa na hora certa.
É preciso que o governo, se tem realmente interesse em atrair investimentos das petroleiras internacionais, olhe com carinho para o licenciamento ambiental da atividade de petróleo offshore no país. Não é factível pensar que um governo leiloa – através da ANP – um bloco exploratório para uma empresa e o mesmo governo – por meio do Ibama – nega a essa empresa licença para explorar essa área.
Cabe ao Ministério de Minas e Energia coordenar esse diálogo. O Brasil precisa, não é de hoje, de um planejamento de longo prazo para leilões de blocos exploratórios. As petroleiras pedem. Os fornecedores pedem. Esse trabalho poderia dar tranquilidade para o Ibama analisar as áreas exploratórios antes de elas serem licitadas.
Toda a indústria entende a necessidade e a importância do licenciamento ambiental. Ninguém defende que a exploração do petróleo seja feita a qualquer custo. Mas é preciso ter clareza no que vai ser demandado ao investidor nesse processo. Não podemos entender como natural o governo federal receber bônus de uma concessão que não poderá ser explorada pelo concessionário.
Toda essa demanda, contudo, não tem sensibilizado o governo a fazer o calendário. Nem mesmo o fato de as petroleiras que apostaram no país na 11a rodada não estarem conseguindo licença para explorar as áreas que arremataram no leilão. Como apostar agora que essas mesmas empresas vão investir na 13a rodada?
As crises são, quando bem aproveitadas, ótimas oportunidades para fazer ajustes. São nos momentos de baixa que podemos nos tornar mais eficientes, mais produtivos e conseguir sustentabilidade para os negócios. São também excelentes oportunidades para corrigir problemas. Basta querer.
Fonte: http://geofisicabrasil.com
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