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terça-feira, 11 de agosto de 2015

Pré-sal do Brasil contém 176 bilhões de barris, diz estudo

RIO DE JANEIRO - O polígono do pré-sal do Brasil, uma área marítima que já resultou em algumas das maiores descobertas recentes de petróleo, pode conter ainda óleo e gás não descobertos suficientes para suprir as atuais necessidades do mundo por mais de cinco anos, disseram pesquisadores.
O polígono, que cobre a maior parte das bacias marítimas sedimentares de Campos e Santos, contém ao menos 176 bilhões de barris de recursos não descobertos e recuperáveis de petróleo e gás natural (barris de óleo equivalente), de acordo com um estudo publicado semana passada por Cleveland Jones e Hernane Chaves, do Instituto Nacional de Óleo e Gás da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
Isso é quatro vezes mais do que os 30 bilhões a 40 bilhões de barris que já foram descobertos na área.
"Essa é uma estimativa conservadora, com uma alta probabilidade de se tornar verdade, 90 por cento, na verdade. Em tese, o total que ainda não foi descoberto de recursos recuperáveis no polígono do pré-sal pode ser tão grande quanto 273 bilhões de barris, mas o número mais alto só tem uma certeza estatística de dez por cento," disse Jones.
A estimativa do INOG é a única grande avaliação do potencial do polígono do pré-sal.
A estimativa de 2015 é 54 por cento maior que a de 2010, feita pelo INOG, que variava de 114 a 288 barris de óleo equivalente.
A pesquisa coloca a probabilidade de uma estimativa mais baixa, de 90 por cento, e a previsão mais alta, de dez por cento. Ao contrário de outros países democráticos produtores de petróleo como os Estados Unidos, Canadá, Grã-Bretanha e Noruega, a agência reguladora de petróleo do governo (ANP) não publica estimativas de potenciais recursos marítimos do Brasil.
"O Brasil tem sido descuidado por não tornar esses números públicos", disse John Forman, um ex-diretor da ANP. Ele adicionou que a estimativa do INOG é a única estimativa pública confiável que está disponível e que usa métodos aceitáveis pela indústria.
Fonte: http://geofisicabrasil.com

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