O transporte é responsável pelo consumo de 35% da energia gerada no Brasil. Para diminuir esta demanda, o governo precisa investir mais em opções mais limpas, como as ferrovias e hidrovias
O consumo de energia de todas as fontes (eletricidade, gasolina, gás, biomassa) vai mais do que dobrar no Brasil até 2050, segundo cálculos da Empresa de Pesquisa Energética, ligada ao Ministério das Minas e Energia. Para atender à demanda, as autoridades discutem como elevar a oferta. Mas, para que o país não tenha problema no futuro, um caminho é olhar também como a energia é consumida, algo que costuma ser deixado em segundo plano.
Dados da Agência Internacional de Energia mostram que 35% da energia no Brasil é destinada ao transporte - só nos Estados Unidos, por causa da imensa frota de carros beberrões, a fatia é maior. O perfil do consumo brasileiro é resultado da adoção de um modelo que, desde os anos 50, privilegia os veículos automotores e deixa para trás os trens e as barcaças nas hidrovias.
A boa notícia é que dá para mudar esse quadro. "O Brasil poderia impor às montadoras metas de aumento de eficiência dos veículos e investir na diversificação do transporte", diz José Goldemberg, ex-ministro do Meio Ambiente.
No infográfico abaixo é possível comparar a demanda dos países que consomem mais energia no mundo e em que setores ela é utilizada.
CONCLUSÃO
A melhoria do transporte, com ampliação dos investimentos em ferrovias e hidrovias, não é só uma pauta para cortar o custo da logística. Deve ser também um objetivo das políticas nacionais de energia e sustentabilidade. No caso das hidrovias, o volume de carga transportada no Brasil equivale a 5% do que escoa somente o rio Mississípi, nos Estados Unidos.
Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário