Aproximadamente 70 poços de desenvolvimento offshore devem ser perfurados anualmente no Brasil até 2018. A partir daí, a tendência é que esse número caia substancialmente, chegando a 41 poços em 2022. A estimativa é do analista da Douglas Westwood, Matt Cook, que conversou com a Brasil Energia Petróleo esta semana.
“Prevemos níveis relativamente saudáveis de perfuração para desenvolvimento offshore no Brasil nos próximos dois anos. Projetos aprovados antes da Lava Jato e do atual ciclo de retração do mercado ainda estão em fase de implementação e começarão ser executados”, explicou.
Cook é autor do World Drilling & Production Market Forecast, estudo lançado recentemente pela DW no qual foram analisadas atividades de E&P em 64 países. A pesquisa mostra que o Brasil apresentou níveis recordes de perfuração offshore entre 2012 e 2014, com a Petrobras aproveitando o barril em alta.
O enfoque em atividades marítimas, diz Cook, aparentemente afetou o segmento onshore, cujos níveis de perfuração caíram gradativamente entre 2009 e 2014. Até o fim desta década, a previsão é que sejam perfurados cerca de 300 poços terrestres de desenvolvimento por ano, o que representa apenas metade do pico registrado em 2009.
Diante da esperada queda do número de novos projetos aprovados no curto prazo, a expectativa é que as taxas diárias de sondas continuem a cair. Em termos globais, a consultoria já observa reduções de até 60% nos day rates, além de descontos de 10% a 15% em bens e serviços oferecidos por fornecedores.
Pré-sal
Para Cook, o fim da operação única obrigatória no pré-sal – aprovado recentemente pelo Congresso – pode ter vindo tarde demais. “Operadoras estrangeiras, como Shell e Anadarko, focaram em ativos no exterior e podem não estar inclinadas a investir em campos do pré-sal em um momento em que buscam cortar gastos”, assinala.
Fonte: http://geofisicabrasil.com/
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