O pré-sal brasileiro da Bacia de Santos ainda tem 21,5 bilhões de boe em reservas recuperáveis a serem descobertas, acredita a WoodMackenzie. De acordo com a consultoria, a província deverá ter 28 descobertas até 2035.
A consultoria acredita que a aprovação na última quarta-feira (5/10) do projeto que prevê o fim da operação única nos contratos de partilha de produção beneficia principalmente as companhias internacionais que fizeram descobertas em áreas unitizáveis.
Operadora de Gato do Mato e com participação em Sapinhoá – ambas áreas unitizáveis planejadas para ser leiloadas em 2017 –, a anglo-holandesa Shell vê a mudança de forma positiva.
“A Shell entende que a presença de múltiplos operadores contribui para um ambiente de negócios mais diversificado, em que as empresas possam procurar parcerias para compartilhar tecnologia e melhores práticas, além de mitigar riscos”, afirmou Flávio Rodrigues, diretor de Relações com o Governo e Assuntos Regulatórios da companhia.
Para Horacio Cuenca, diretor de Pesquisa para a América Latina da WoodMackenzie, a mudança na legislação também ajudará a Petrobras a reduzir seus compromissos enquanto se recupera dos efeitos da Operação Lava Jato, além de pavimentar o caminho para a aceleração da exploração do pré-sal.
“Ter várias companhias explorando a área reduz a carga financeira e operacional sobre a Petrobras. Além disso, um maior número de empresas podem arcar com mais riscos exploratórios do que um único operador”, afirmou Cuenca.
Até o momento, 80% dos 155 mil km² do polígono do pré-sal ainda não foram concedidos, dos quais 100 mil km² estão na Bacia de Santos. A bacia conta com 75 blocos que poderiam ser ofertados, com uma área média de 1,3 mil km² cada. O ritmo exploratório dependerá, contudo, da quantidade de blocos ofertados e da frequência das próximas rodadas.
“A nova legislação significará pouco se os leilões forem adiados até que a Petrobras tenha saúde financeira novamente para exercer sua opção de operar os blocos. Entretanto, é um sinal positivo o anúncio de novas rodadas em 2017 pelo MME; uma mudança em relação à política atual.
O projeto de lei que prevê o fim da operação única ainda precisa passar pelas emendas finais de texto e pela sanção do presidente da República, Michel Temer, que já indicou que aprovará o texto final.
Fonte: http://geofisicabrasil.com/
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