A Petrobras, que se considera vítima no processo de corrupção, disse prever, atualmente, provisão de 353 mi de dólares em função desses processos
São Paulo – A Petrobras informou nesta sexta-feira que seu conselho de administração aprovou acordos para encerrar quatro ações individuais propostas à Corte Federal de Nova York, em processos em que investidores buscam reparações pelo escândalo bilionário de corrupção envolvendo a petroleira.
A Petrobras ressaltou acordos fechados com a Pimco Total Return Fund, uma das maiores detentoras de títulos da Petrobras, e com a Dodge & Cox, um dos maiores acionistas da companhia após o governo brasileiro.
A Petrobras, que se considera vítima no processo de corrupção, disse prever, atualmente, provisão de 353 milhões de dólares em função desses processos nos EUA.
A empresa disse ainda que reconhecerá a provisão no balanço do terceiro trimestre, como resultado dos acordos e do estágio de negociações em andamento com outros autores de ações.
“Esses acordos, cujos termos são confidenciais, não constituem qualquer reconhecimento de responsabilidade por parte da Petrobras, que continuará se defendendo firmemente nas demais ações em andamento…”, afirmou a estatal em fato relevante.
A empresa, que também fechou acordos com outros líderes de processos, como Janus Overseas Fund e Al Shams Investments, explicou ainda que os acertos têm como objetivo eliminar incertezas, ônus e custos ligados à continuidade das disputas.
Investidores no exterior alegam que a Petrobras não os informou corretamente sobre as perdas relacionadas à corrupção, que ampliaram a pressão sobre os preços das ações.
Essas ações individuais, informou a empresa, tramitam em conjunto com 23 outras ações similares e uma ação coletiva (class action) movidas contra a companhia perante a Corte Federal de Nova York.
“No momento, não é possível fazer estimativa confiável sobre o desfecho da class action”, afirmou a empresa.
Em entrevista à Reuters, em setembro, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou que as ações movidas por acionistas nos EUA não têm o poder de “lançar sombra sobre o futuro da empresa”.
Ele disse ainda que a empresa não reconhece que deverá “pagar qualquer valor relevante” no processo.
Fonte: http://exame.abril.com.br/
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