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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Crise muda perfil da reposição de reservas de petróleo

A exploração de recursos não convencionais e o aumento do fator de recuperação de campos existentes terão papel fundamental na reposição de reservas no futuro, de acordo com a Wood Mackenzie. A previsão reflete a expectativa de que as petroleiras optem por investimentos de menor custo e risco, reduzindo a participação de ativos convencionais na carteira das operadoras.
Em reação à queda dos preços do barril, as companhias intensificaram a busca por maiores retornos e aumento da qualidade dos prospectos. Com isso, projetos não convencionais já respondem pela atração de 15% dos gastos das majors, apresentando resultados superiores ao da exploração convencional.
“A exploração tem uma nova regra: menos é mais. Agora, a reposição também requer investimentos em campos maduros e no shale”, afirmou Andrew Latham, vice-presidente de Pesquisa sobre Exploração da Wood Mackenzie.
Com o orçamento reduzido, as companhias têm sido mais conservadoras na seleção dos prospectos, optando pela perfuração de mais poços em áreas próximas a campos existentes. A expectativa é que, com isso, a indústria saia da crise mais leve, eficiente e lucrativa.
Entre 2006 e o ano passado, as majors investiram US$ 169 bilhões em exploração, adicionando 72 bilhões de boe a suas reservas, sendo 25 bilhões não convencionais. Em 2015, quase todas as grandes petroleiras do mundo apresentaram quedas nas reservas provadas, sobretudo em função da queda do preço petróleo, o que afetou a economicidades dos projetos.
Entre as sete maiores petroleiras do mundo (Chevron, ExxonMobil, Shell, BG, BP, Total e Statoil), somente a Chevron não teve reservas reduzidas em 2015 – a americana registrou um aumento tímido, de apenas 1%, no volume total. Juntas, as majors terminaram o ano passado com 85,107 bilhões de boe em reservas, queda de 3% em relação aos 87,5 bilhões de boe de 2014.
Algumas majors continuam, porém, focando em projetos convencionais para repor reservas. A Shell, por exemplo, o caso da Shell já deixou claro que continuará a investir em águas profundas.
“A exploração de petróleo e gás em águas profundas e produtos químicos são duas das prioridades para a empresa a partir de 2016, e devem gerar retorno significativo a partir de 2020”, disse a companhia recentemente.
No ano passado, a Petrobras perdeu um quinto das reservas provadas na comparação com 2014, terminando 2015 com um volume de 10,516 bilhões de boe, ante os 13,131 bilhões de boe do ano anterior. A companhia – que teve a maior redução percentual no volume desde 2000 – associou a queda à baixa dos preços da commodity e à venda de ativos.
“Esse é um processo comum a todo o setor de óleo e gás, que globalmente vem buscando se ajustar ao patamar atual de preços”, afirmou a estatal em nota.

Fonte: http://geofisicabrasil.com/

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