Cortesia BP
De janeiro até julho de 2016, o setor de extração de petróleo e gás natural, no Brasil, recebeu US$ 2,187 bilhões em investimentos do exterior. O dado consta no balanço feito pelo Banco Central, divulgado no dia 23 de agosto. Mas até o fim do ano, as previsões feitas pelo Banco Central dão conta de que os recursos estrangeiros no setor ultrapassarão os US$ 4,5 bilhões registrados em 2015.
Um dos motivos para essa avaliação foi a mudança proposta pela Petrobras no modelo de controle da BR Distribuidora, que agora será compartilhado. Neste cenário, a petroleira manterá 49% do capital com direito de voto e os demais 51% serão distribuídos entre os novos parceiros da empresa estatal.
A decisão faz parte de um programa de desinvestimentos, cujo objetivo é melhorar o caixa da Petrobras, diminuir os riscos relacionados a endividamento e aprimorar a governança na estatal e nas suas subsidiárias.
A ação permitirá que a Petrobras tenha a maior parte do capital total da empresa, entre todos os acionistas. A estimativa é de que, mesmo após a conclusão do negócio, o percentual de ações com preferência na distribuição de lucros (ações PN) fique entre 60% e 75%.
Segundo o presidente da estatal, Pedro Parente, a venda da BR Distribuidora deve ser concluída em 2017. "Vamos receber propostas vinculantes até o final de novembro, o que sugere que o fechamento da transação vai se dar no primeiro trimestre do ano que vem."
Mercado
Para o coordenador do MBA de gestão em negócios de petróleo e gás natural da Fundação Getulio Vargas (FGV), Alberto Machado, a alteração proposta pela Petrobras ao modelo de gestão da empresa subsidiária possibilitará gerar caixa para a Petrobras. Com isso, a estatal pode investir em segmentos como o de petróleo e gás, entre outros.
“A presença do capital estrangeiro e nacional privado é importante para alavancar esses investimentos e trazer desenvolvimento ao País”, ressaltou o especialista.
Ainda de acordo com Alberto Machado, a oferta de poços para a exploração deste recurso no País é um fator positivo para a expansão do setor. Apesar do preço atual do barril de petróleo, que está entre US$ 30 e US$40, não se apresentar muito atrativo aos investidores no momento, a projeção é que o cenário se torne mais favorável até 2020.
“O valor do barril deve chegar a US$ 70 em 2019, tornado o segmento mais interessante ao mercado”, concluiu.
Já o professor de finanças do Ibmec/RJ, Gilberto Braga, afirma que há interesse estrangeiro. Com a mudança desse marco regulatório, o investidor deve materializar investimentos neste segmento.
“Os recursos do exterior no setor ajudam muito o País. O Brasil tem um grande potencial no segmento de petróleo e gás natural. Uma recuperação de preços no mercado internacional, tornará o segmento mais interessante ao mercado estrangeiro”, destacou.
Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br
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