Tudo está quieto e de repente a terra parece gelatina sob os pés. Móveis balançam e caem, vidros se quebram e parece não haver lugar seguro, nem mesmo na rua, onde todos estão paralisados pelo pavor de enfrentar um terremoto. E quando o tremor passa, você acha que vem o alívio, como acontece logo após uma tormenta? Pelo contrário, pois depois de um terremoto vários pequenos tremores continuam acontecendo, como se a terra estivesse se "assentando".
Aí vem a pior parte, de contabilizar os estragos materiais, contar os mortos e – mais importante que tudo – tentar encontrar os sobreviventes e socorrer os feridos. E nessa hora as Geotecnologias são as principais aliadas, seja para mapear áreas atingidas, definir planos de ação, gerenciar equipes em campo, entre outras atividades nas quais a geoinformação é crucial e faz toda a diferença entre a vida e a morte.
Dentre as empresas que estão auxiliando no processo de resposta ao desastre que aconteceu no Nepal está a Airbus Defense and Space, que forneceu imagens do satélite Pleiades para ajudar a avaliar os danos e apoiar as organizações de resgate nas atividades de ajuda humanitária na região.
No "antes e depois" pode-se ver nas imagens Pleiades toda a devastação da capital, Kathmandu, sendo que o antes foi adquirido em 29 de novembro de 2014 e o depois em 27 de abril, dois dias após o terremoto de 7,8 graus na escala Richter.
Outra gigante do setor geoespacial que está trabalhando na resposta ao terremoto é a DigitalGlobe, que fez imagens de alta resolução com os satélites WorldView-1, WorldView-3 e GeoEye-1 das áreas afetadas no Nepal e as disponibilizou gratuitamente on-line para todos os grupos envolvidos no esforço de resposta ao desastre.
As imagens podem ser acessadas via este link com nome de usuário "Nepal" e senha "forcrisis". A DigitalGlobe ativou para este esforço o FirstLook, um serviço de assinatura que fornece ferramentas de gestão de emergências aos trabalhadores humanitários, com acesso rápido e baseado na web para pré e pós-evento. A seguir você confere uma imagem de Kathmandu tomada após o terremoto:
Além disso, a DigitalGlobe ativou o Tomnod, uma plataforma de crowdsourcing que permite aos voluntários conectados à web em todo o mundo ajudar as equipes em campo através do mapeamento colaborativo. Ao visitar o site do Tomnod, os usuários podem participar da campanha do Nepal "etiquetando" edifícios danificados, estradas e áreas de grande destruição para informar as equipes de resposta sobre os desastres em solo.
Drones
Os Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs ou mais popularmente chamados de Drones) também estão sendo usados no Nepal, como pode-se visualizar no vídeo a seguir:
Mesmo com a falta de regulamentação, os Drones têm sido amplamente usados em ações de resposta a desastres naturais em todo o mundo, pela agilidade fornecida por essas aeronaves, baixo custo da operação e alto poder de detalhamento das imagens.
O que é o processamento de imagens digitais?
O Processamento Digital de Imagens (PDI) é a manipulação de uma imagem de satélite ou drone, por computador, com o objetivo de melhorar o aspecto visual de certas feições estruturais para o analista humano e fornecer outros subsídios para a sua interpretação, inclusive gerando produtos que possam ser posteriormente submetidos a outros processamentos.
O amplo acesso a imagens de maior resolução sugere boas perspectivas que já começam a surgir no horizonte, pelo menos no que diz respeito à prática e atuação dos usuários do geoprocessamento, que por conseguinte acarreta em diversos benefícios. O PDI pode ser usado para várias áreas, tais como resposta a desastres naturais, georreferenciamento, zoneamento e licenciamento ambiental, projetos urbanos e rurais, entre outras.
Fonte: http://geofisicabrasil.com
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