No encerramento do Seminário "Diálogo sobre o setor extrativo e o desenvolvimento sustentável: fortalecendo a cooperação público-privada no contexto da Agenda Pós-2015", o Secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia (MME), Carlos Nogueira, fez um balanço dos debates.
Segundo ele, o maior desafio é fazer com o que os projetos para o desenvolvimento sustentável das comunidades afetadas pela indústria extrativa se tornem uma realidade. Em seu discurso, Nogueira disse que o diálogo foi a palavra-chave de todos os debates do seminário.
"Através dele (diálogo) nós vamos poder mostrar as mudanças sistêmicas de um setor que é primordial para a evolução do mundo", afirmou o Secretário, que falou ainda da importância da parceria público-privada e com as comunidades para diminuir as desigualdades sociais. "Temos que buscar soluções para melhorar os índices sociais", afirmou.
O evento, promovido pelo MME e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), teve início na quarta-feira, 3 de dezembro, e foi encerrado no dia 5, com a participação de 300 representantes – de mais de 50 países – das indústrias extrativas, dos governos e da sociedade civil.
As metas da Agenda de Desenvolvimento Pós-2015 foram debatidas durante o evento. Nesse contexto, as indústrias extrativas têm contribuído com o debate, apontando experiências relacionadas à preservação do meio ambiente e o relacionamento com as comunidades. Entre as metas, estão a redução da pobreza; a universalização do ensino básico universal; a igualdade entre os sexos; a redução da mortalidade infantil; a melhora da saúde materna; o combate à Aids, a malária e outras doenças; a garantia de sustentabilidade ambiental e o estabelecimento de uma parceria mundial para o desenvolvimento.
Para Edson Mello, Diretor do Departamento de Desenvolvimento Sustentável na Mineração do MME, e um dos participantes do evento, ficou evidente após os debates a importância da licença social para permitir que as empresas tenham autorização para a exploração extrativa. Segundo ele, isso deveria ser uma exigência, assim como é hoje na questão ambiental. "Temos que prosseguir e ampliar esse diálogo para chegarmos a um denominador comum" disse o Diretor, destacando a importância da continuidade desses debates.
Jorge Chediek, representante residente PNUD e coordenador residente do Sistema ONU no Brasil, também destacou a importância da atenção às comunidades. "A dignidade é um elemento primordial para o desenvolvimento humano" afirmou Chediek.
Degol Hailu, Consultor Senior do PNUD em Nova York, falou de quatro categorias que ele considera que vão auxiliar o desenvolvimento sustentável do setor. "É preciso uma gestão institucional, gestão da informação, gestão de conflitos e gestão econômica", disse.
Fonte: http://geofisicabrasil.com
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