Governo cria incentivo para produção de híbridos no Brasil
Os primeiros carros híbridos chegaram ao Brasil em 2010 e os elétricos só estrearam neste ano, mas eles ainda são totais desconhecidos para a maioria da população. E boa parte da culpa está no preço: segundo pesquisa da consultoria Deloitte, 70% dos brasileiros comprariam um deles, caso os valores não fossem proibitivos.
Mas esse cenário deve mudar, ao menos para os híbridos tradicionais, cuja tecnologia combina um motor tradicional a combustão com outro elétrico. O governo reduziu oimposto de importação de 35% para uma faixa de 2% a 7% para híbridos com cilindrada de 1.000 a 3.000 cm³. Os elétricos e os híbridos plug-in (que permitem a recarga da bateria em uma tomada) não entraram na resolução. O governo, porém, afirma que está estudando uma política de incentivos exclusiva para eles.
Entre os modelos comercializados hoje por aqui estão o Ford Fusion Hybrid, o Toyota Prius e o Lexus CT200h 1.8. No entanto, só o Prius e o CT200h serão beneficiados pela medida, uma vez que o Ford é importado do México e já é isento da taxa de importação. Estima-se que a redução de preços será por volta de 20% – o hatch da Toyota, que custa R$ 120.870, pode baixar para cerca de R$ 96.700.
A resolução também zera a taxa de importação de componentes automotivos para a montagem local. “Essa redução de imposto faz parte de um conjunto de medidas para a criação de um mercado e para a atração de investimentos para produção nacional de modelos que usem novas tecnologias de propulsão”, explica Alexandre Comin, diretor do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
As japonesas Toyota e Honda já haviam sinalizado a intenção de produzir seus híbridos por aqui caso o governo adotasse algum tipo de incentivo. O chefe do departamento de Relações Institucionais da Honda, Alfredo Guedes, afirma que, devido ao alto custo de produção, a ajuda oficial é chave para que a indústria automobilística consiga produzir e vender híbridos a um preço final viável para o consumidor. O gerente-geral de relações governamentais da Toyota, Ricardo Bastos, acredita que, com o empurrão fiscal, o Prius deve primeiro ganhar escala de vendas de pelo menos 10.000 unidades por ano (hoje está em 386). Depois, pode tornar-se nacional.
Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br
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