Na quinta-feira (4), a NASA irá iniciar um programa que planeja levar astronautas para além dos limites da órbita terrestre pela primeira vez desde 1972.
Nenhum astronauta estará a bordo do voo teste da cápsula Orion, mas a agência espacial americana espera que este seja o primeiro passo da nova fase da exploração humana no sistema solar.
A primeira missão tripulada da Orion está prevista para o começo da próxima década, e tem como objetivo final pousar um veículo com astronautas em Marte.
"Quinta-feira será o começo dessa jornada", afirmou o chefe do programa Orion Mark Geyer na terça-feira (2), em uma entrevista coletiva na sede da agência.
A cápsula Orion será lançada a partir da base da NASA em Cabo Canaveral, na Flórida. A decolagem está prevista para 10h05, horário de Brasília, pouco após o amanhecer no horário local.
O foguete que irá levar a Orion para o espaço irá impulsionar a cápsula de 3,35 metros até uma distância de 5 793 da superfície da Terra.
Por comparação, a Estação Espacial Internacional está 402 quilômetros distante do planeta.
A Orion, então, irá retornar à atmosfera da Terra, com velocidade de 32 000 km/h, caindo no Oceano Pacífico. A cápsula será levada de volta à Florida para análise detalhada dos resultados da viagem.
O voo de 375 milhões de dólares (valor equivalente a 961 milhões de reais) irá testar o desempenho do paraquedas, proteção do calor, além de outros sistemas vitais para a sobrevivência dos futuros tripulantes.
Mais de 1 200 sensores irão registrar informações para a missão.
Depois do voo teste, a próxima decolagem da Orion deve acontecer em 2018. O primeiro voo tripulado, por sua vez, não deve acontecer antes de 2021.
O próximo destino também é incerto. A NASA planeja capturar um asteroide e colocá-lo na órbita lunar, para que astronautas embarquem na Orion e analisem sua superfície.
Mas a agência americana esbarra em questões orçamentárias.
A missão Orion fazia parte de um programa que levaria astronautas americanos de volta à Lua, aprovado ainda no governo de George W. Bush e cancelado por Barack Obama, por ser caro demais.
Congressistas americanos conseguiram aprovar uma versão reduzida do programa - a cápsula que irá decolar na quinta-feira é parte do projeto.
Fonte: http://exame.abril.com.br
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