A produção de gás de folhelho na América do Norte crescerá 70% até 2040. A previsão é do pesquisador da Penn State (EUA), Thomas Murphy, que apresentou um estudo sobre o cenário das reservas não convencionais e os impactos causados pela exploração e produção de petróleo e gás natural em todo o mundo, durante a Brazil Onshore, em Natal (RN).
O evento é promovido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), em parceria com a Seção Brasil da Sociedade dos Engenheiros de Petróleo (SPE).
Segundo Murphy, além de fortalecer o mercado americano, o aumento da produção vai impulsionar a exportação do insumo. Mas para que isso aconteça, observa o pesquisador, serão precisos reforços nos setores de apoio, como o de equipamentos, e investimentos em qualificação de mão-de-obra.
Durante a apresentação, Murphy ressaltou que o gás de xisto está presente em quase todo o globo. Na América do Sul, Brasil e Argentina, disse ele, concentram algumas das maiores reservas. Nos EUA, o gás de xisto aparece em aproximadamente 55% do território.
Murphy falou ainda sobre a regulamentação da atividade. Na visão do pesquisador, ela foi "fundamental" para o desenvolvimento do setor nos EUA. Para ele, o sucesso do modelo americano se deu também por um maior entendimento com a comunidade.
"É essencial que as pessoas compreendam quais as razões para a necessidade de produção de energia. Esse entendimento passa pela verificação das mudanças demográficas e condições econômicas, pela compreensão e compartilhamento do senso de urgência, e pela transparência nas inspeções", disse. "Tudo isso vai aumentar a credibilidade das empresas nas comunidades. Transparência é a chave desses processos, na maior parte das vezes", completou.
Fonte: http://geofisicabrasil.com
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