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domingo, 30 de novembro de 2014

Veja como a Terra é vista do espaço em tempo real


Desde abril desse ano, milhões de internautas de todo o mundo podem conferir como a Terra é vista do espaço pelos astronautas.
Link:

Trata-se do projeto High Definition Earth Viewing da ISS (Estação Espacial Internacional) para transmitir as imagens do planeta na internet em tempo real.
Os usuários podem conferir como é a Terra vista do espaço em quatro ângulos diferentes, graças a câmeras que foram instaladas no módulo da Agência Espacial Europeia Columbus.
As câmeras usadas para realizar a experiência ficam dentro de cápsulas pressurizadas e em temperaturas controladas. Na troca de câmeras durante o streaming, a tela pode ficar cinza ou preta por alguns segundos até que novas imagens apareçam.
O projeto busca estudar os efeitos do ambiente do espaço nos equipamentos e na qualidade de vídeos, cujos resultados serão analisados e poderão ajudar os engenheiros na escolha de câmeras para futuras missões.
Até hoje, mais de 37 milhões de pessoas puderam ver o planeta a uma distância de 431 quilômetros da superfície terrestre. Além disso, como a estação orbita pela Terra a cada 90 minutos, é possível ver o nascer ou o pôr do Sol a cada 45 minutos.
Os internautas ainda podem fazer comentários, twittar, e se comunicar por meio da ferramenta de chat e do “Social Stream”, disponíveis em uma pequena tela ao lado do streaming.
NASA também oferece outra transmissão ao vivo da Estação Espacial Internacional.
Diferentemente do HDEV, neste streaming os usuários podem não só ver o planeta em tempo real como também ouvir áudios da tripulação e o Controle de missão durante os contatos com a Terra.
Fonte: http://exame.abril.com.br

sábado, 29 de novembro de 2014

Portal do Sistema Sismológico Nacional entra no ar oficialmente

Portal do Sistema Sismológico Nacional entra no ar oficialmente
Portal do Sistema Sismológico Nacional entra no ar oficialmente Portal do Sistema Sismológico Nacional entra no ar oficialmente
O protótipo do Serviço Sismológico Nacional entrou hoje no ar oficialmente. , comemorando também os 30 anos da sismologia moderna no Brasil. A solenidade ocorrerá no Instituto de Astrologia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP). O lançamento do portal marca a entrada em operação da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), que reúne pesquisadores do Observatório Nacional, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), da Universidade de Brasília (UnB) e da USP.
O portal foi desenvolvido e é gerenciado pelo Observatório Nacional, responsável pela implantação da Rede Sismográfica do Sul e do Sudeste (Rsis). Falando ontem (27) à Agência Brasil, o geofísico Sergio Fontes, coordenador da Rsis, ressaltou que o protótipo é uma iniciativa que representa o esforço das quatro instituições, que instalaram 80 estações sismográficas no país.

Essas estações  transmitem dados em tempo real para o portal www.rsbr.gov.br, que já está em operação. “Isso é bom porque o Brasil, apesar de não ser um país sísmico, pode registrar sismos de magnitude 6 ou acima de 6 [graus na escala Richter]. E isso pode causar danos se ocorrer em regiões habitadas.”

Sergio Fontes observou que o comum, no Brasil, é que haja sismos de magnitude entre 4 e 5 graus. Ele explicou que o padrão de atividade sísmica brasileiro sugere a ocorrência de sismos acima de magnitude 6 graus no intervalo de 50 anos. O último foi registrado em 1955, em Mato Grosso. “Já passou de 50 anos”, comentou, rindo.

Fontes destacou a importância do Serviço Sismológico, porque amplia a participação do Brasil na rede sismográfica mundial, que conta com mais de 6 mil estações. “Além da ocorrência de um sismo de magnitude maior, esses dados  fornecem informações bastante preciosas sobre a estrutura do interior da terra, que são muito valiosas para que se conheça a evolução do planeta, para os recursos naturais. Eu acho que é um avanço que o Brasil está fazendo.”

A implantação de todas as sub-redes teve apoio da Petrobras, com recursos que alcançam cerca de R$ 25 milhões. Com a redução dos patrocínios pela estatal, os pesquisadores da RSBR terão de buscar novos investidores, a  partir do próximo ano. Sergio Fontes estimou que seriam necessários em torno de R$ 1,5 milhão por ano para manter cada uma das quatro sub-redes (Sul/Sudeste, Centro/Sul, Centro/Norte e Nordeste). “Para que os mais de cinco anos de esforço de implantação dessa rede se mantenham”, reiterou.

Somente a Rsis tem hoje 17 estações em funcionamento, e deve chegar a 19 até o final deste ano. Os pesquisadores estão, no momento, instalando estações em ilhas. A primeira foi montada na Ilha da Trindade, no Espírito Santo. Eles querem instalar agora em Abrolhos, na Bahia, em Fernando de Noronha, Pernambuco.


Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br

Repensando a Geologia: Centro de Relacionamento Empresa-Universidade


Os    tempos mudaram e a geologia moderna requer, a cada dia que passa,  profissionais mais bem preparados do que as universidades estão conseguindo formar. 

Este vazio só é sentido quando o novo profissional começa a trabalhar.

Hoje, o geólogo, engenheiro ou técnico de mineração terá que enfrentar uma gama de equipamentos e processos modernos necessários para a condução e supervisão das novas e gigantescas minas que estão entrando em produção. O mesmo ocorre em todas as áreas da geologia, da exploração mineral à mineração.
Se você ainda acha que ao geólogo de exploração basta uma lupa, bússola e um martelo prepare-se para uma grande surpresa pois a tecnologia já chegou à exploração mineral. 
Sem um bom GPS, notebook carregado de softwares especializados para operar GIS, estatísticas e interpretação de imagens não é bom nem sair de casa. 
Mais ainda, se você estiver trabalhando em pesquisa mineral em áreas novas é bom ter um analisador portátil de fluorescência de raio X (XRF) do tipo INNOV-X (foto abaixo) ou um similar.




Imagine receber uma tabela digital com dezenas de elementos analisados, com grande precisão, em apenas 20 segundos, de suas amostras de testemunho, solo, rocha ou até mesmo sedimento de corrente? 


Imbatível! 

Um    sonho impossível para aqueles geólogos que, há poucos anos atrás, tinham que aguardar meses para receber os resultados de análises do seu projeto. 
  Soluções tecnológicas como essa exemplificam bem o ponto em debate e podem ser a solução entre o sucesso e o fim de um projeto. Estar a par da existência    desses novos equipamentos é primordial.

A cada dia que passa, o que se vê são novas minas sendo construídas, lastreadas em investimentos bilionários, dando empregos a milhares de funcionários. Nesses novos empreendimentos estão sendo aplicados os processos e os equipamentos mais revolucionários assim como os softwares de última geração. A mineração atinge o fundo do mar e outros lugares jamais pensados antes como o espaço sideral. Essas novas fronteiras podem ser instigantes e interessantes mas irão demandar a formação de um novo    tipo de geólogo. Este novo mundo requer profissionais preparados e atualizados capazes de operar os megainvestimentos que se tornam mais frequentes, juntamente com a nova tecnologia associada. 






Não é preciso dizer que    neste mundo dinâmico todos os profissionais com aspirações devem se manter a frente da tecnologia. 

Pare e pense.
Se você acredita que o seu conhecimento, em uma área fundamental do seu trabalho, já começa a ser    ultrapassado é hora de pensar em uma reciclagem.
É a hora de falar com a chefia e planejar os próximos cursos e workshops. Atualizar-se é preciso!
  
No caso dos estudantes e formandos isso não será possível.

A solução inteligente que cria uma ponte de conhecimento entre o projeto e o novo profissional é o estágio. 
Milhares de técnicos de mineração se beneficiaram do estágio obrigatório. Este estágio obrigatório, no curriculum dos técnicos, é uma das grandes soluções criadas para reduzir a distância entre indústria e o banco da escola. É a forma como as empresas e os técnicos iniciam uma relação profissional duradoura.

Infelizmente esse conceito ainda não foi estendido aos bancos das escolas de geologia. Nós sabemos que um Geólogo que teve a oportunidade de fazer um estágio apresenta uma outra visão do mundo profissional permitindo a empresa uma avaliação preliminar do funcionário.
É no estágio que o profissional poderá aprender, na    prática, sobre os processos, procedimentos, softwares, metodologias e políticas da empresa que poderá, amanhã, ser a sua empregadora. No nosso mundo o estágio passa a ser fundamental, evitando que o profissional junior chegue    ao seu primeiro trabalho sem nunca ter tido a oportunidade de saber sobre os  diferenciais da empresa e do trabalho que estará fazendo.

A distância    entre as empresas e as universidades ainda é um ponto a melhorar. São raros os casos em que as empresas, as universidades e os professores estejam juntos tentando atualizar-se e atualizar os alunos. Esta proximidade faz o professor crescer e evita o vazio de conhecimento que afeta a tantos alunos. 

Cada Escola de Geologia deveria ter um Centro de Relacionamento Empresa-Universidade.  Através desse centro, praticamente online, os profissionais das empresas poderiam contribuir com    palestras, workshops e debates sobre os interesses da empresa, metodologias empregadas e sobre o perfil de seus profissionais. Esses contatos irão, também, direcionar os professores fazendo com que esses possam preencher os    seus próprios vazios de conhecimento.

Esse relacionamento, com certeza, irá criar um novo profissional de geologia, mais apto e mais atualizado. 
  
É através desse centro de relacionamento com empresas que os estágios serão oferecidos aos alunos. 

Se essa solução for implementada todos irão ganhar. As empresas, as universidades, os professores e, naturalmente os    alunos e a sociedade. 

Vamos melhorar a Geologia. Promova e implemente essa ideia! Muitos irão agradecer.



Fonte: http://www.geologo.com.br

Canadá é alternativa para aperfeiçoar inglês com foco no mercado de petróleo e gás


Por isto, quem pretende disputar uma vaga de emprego tem de estar muito bem preparado. Uma alternativa é a realização de intercâmbio, aproveitando para dar um upgrade no currículo com o aprendizado e a vivência no exterior. Nesse caso, o Canadá surge como opção por oferecer na Vancouver English Centre, em Vancouver, um curso de inglês voltado para área de petróleo e gás. 

Segundo Edson Ventura, diretor da S7 Study, especializada em intercâmbios para destinos específicos e uma das pioneiras na venda de turismo pela internet, uma das vantagens é que o programa é desenvolvido através da utilização de conteúdos específicos e relacionados aos setores, com ênfase em vocabulário técnico, aperfeiçoamento da escrita e apresentações.

As atividades são realizadas individualmente, em duplas ou em grupos. O curso completo possui duração de quatro semanas e os estudantes têm ainda flexibilidade para cursar apenas uma, duas ou três semanas. Esse intercâmbio, entretanto, não permite que o estrangeiro trabalhe no Canadá durante o período de estudo.

Saiba mais:

- Conteúdo dos cursos: gramática, vocabulário técnico da área, redação – emails, relatórios, apresentações –, compreensão auditiva – contexto, compressão das ideias principais –, fala, pronúncia com ênfase no vocabulário técnico, leitura com estudo de caso da área.

- Data de início dos cursos: 10 de fevereiro e 27 de julho de 2015

- Valor do pacote: o curso de quatro semanas é comercializado por R$ 3.910,00, ou 1.700 dólares canadenses (curso, taxa de matrícula, taxa de material, taxa administrativa).

- Formas de pagamento: http://cursosnocanada.com.br/agencia/formas-de-pagamento/


Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br

Programa de aprimoramento de logística da Petrobras deve reduzir custos em mais de R$ 1 bilhão

Programa de aprimoramento de logística da Petrobras deve reduzir custos em mais de R$ 1 bilhão
Agência Petrobras Agência Petrobras
Uma das ações de aprimoramento de gestão adotadas pela Petrobras nos últimos dois anos, o Programa de Otimização de Infraestrutura Logística (Infralog) deverá gerar uma economia de recursos à empresa de aproximadamente R$ 1,8 bilhão (US$ 719 milhões) desde que foi criado (novembro de 2012) até o fim deste ano. Até 2013, o programa já proporcionou a redução de custos da ordem de R$ 800 milhões. A meta da Petrobras é economizar R$ 4 bilhões (US$ 1,6 bilhão) em quatro anos (de novembro de 2012 a dezembro de 2016). O Infralog engloba ações de logística em todo o país e integra as áreas de exploração, produção e transporte de petróleo e gás natural, refino, comercialização e distribuição de derivados.
Entre as soluções adotadas, está a adaptação e o aumento da capacidade de dutos que atendem as refinarias da Petrobras. Dessa forma, dutos construídos para levar a produção de refinarias para mercados mais distantes podem ser adaptados a trazer produtos de outras unidades do sistema Petrobras. Já a capacidade foi ampliada apenas com o aumento do bombeamento e do uso de produtos redutores de atrito.
A Petrobras também optou por utilizar portos e aeroportos em atividade em vez de construir novas bases de apoio para suas operações com navios e helicópteros. Além disso, a utilização de boias - mais simples de construir e de operar - substituiu projetos de construção de terminais para operações de transferência de petróleo.
O Infralog faz parte do conjunto de programas estruturantes da Petrobras que têm o objetivo de estabelecer novas referências de produtividade e gestão, rigor nos projetos de investimento, assegurando disciplina na utilização dos recursos financeiros do Plano de Negócios e Gestão para o período de 2014 a 2018. Além do Infralog, fazem parte do conjunto de programas estruturantes o Programa de Otimização de Custos Operacionais (Procop), o Programa de Redução de Custos de Poços (PRC-Poço), o Programa de Aumento da Eficiência Operacional (Proef), o Programa de Desinvestimentos (Prodesin) e o Plano de Redução de Custos de Instalações Submarinas (PRC-Sub).

Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

ANP defende incentivos para pequenos e médios produtores de petróleo

O diretor da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), José Gutman defendeu que o Brasil deve permitir e incentivar a entrada de pequenas e médias empresas de exploração no país, principalmente no segmento onshore.
Segundo Gutman, o Brasil tem 80 empresas atuando em exploração e produção, número que ele considera baixo quando se compara com países como Canadá, por exemplo, onde mais de 1000 empresas operam.
O diretor da ANP falou durante o painel "Políticas de Incentivo e Regulação: Experiência Internacional", na Brazil Onshore, em Natal (RN). Mediado pelo diretor-presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE), Jean-Paul Prates, o encontro contou também com a participação de Richard Dixon, do Órgão Regulador de Alberta - AER (Canadá), e de Gaspar Franco Hernandez, da Comissão Nacional de Hidrocarburos do Mexico.
Na sua apresentação, o pesquisador Richard Dixon explicou como o governo canadense lida com a questão da regulação energética naquele país. Segundo ele, a maior preocupação do governo é equilibrar E&P com a proteção ao meio ambiente e às pessoas envolvidas.
Já Gaspar Franco Hernandez falou sobre a reforma energética no país, a maior das ultimas oito décadas. Para ele, as mudanças configuram "um novo modelo energético no México". Com as rodadas de negócio, o governo mexicano pretende atrair empresas interessadas em trabalhar em parceria com PEMEX (Petroleos Mexicanos) em todas as áreas.
"Isso vai permitir a PEMEX contar com recursos suficientes para continuar operando em condições de igualdade para competir com as outras empresas que operam no país", explicou Hernandez.

Fonte: http://geofisicabrasil.com

A ciência e os desafios do desenvolvimento sustentável da Amazônia

Em parceria com a Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (SDSN-A), a Academia Brasileira de Ciências (ABC) está coorganizando dois processos de consulta, que reunirão um grupo de destacados cientistas em Manaus, nos dias 5 e 6 de dezembro próximo.
A SDSN é uma iniciativa que visa mobilizar o conhecimento existente na busca por soluções práticas para os problemas relacionados ao desenvolvimento sustentável. Através da mobilização de universidades, centros de pesquisa, organizações da sociedade civil, empresas e outros centros de conhecimento, esta rede procura contribuir para o desenho e futuro monitoramento da implementação da Agenda do Desenvolvimento Pós-2015.
O primeiro processo ocorrerá na tarde do dia 5/12, tendo como tema "Ciência e o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia". Contando com a participação dos presidentes das Academias de Ciências dos países amazônicos - Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela -, entre outros convidados, esta consulta discutirá o papel e a contribuição potencial da ciência para a definição de alternativas de desenvolvimento para a Amazônia. Contando com o apoio da Rede Interamericana de Academias de Ciências (IANAS), os participantes debaterão estratégias para a mobilização e engajamento das instituições de pesquisa na região, visando a construção de uma agenda sustentável de desenvolvimento regional.
O segundo processo de consulta será realizado na manhã do dia 6/12 e terá como tema "Desafios, Oportunidades e Contribuições para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia". Nesta consulta os participantes debaterão temas como: principais desafios de pesquisa na região nos próximos 5 anos; desafios para pesquisadores e institutos de pesquisa na Amazônia; cooperação científica visando o desenvolvimento regional sustentável; soluções inovadoras para os problemas regionais; e a contribuição efetiva que a rede SDSN-Amazônia pode oferecer para a comunidade científica regional, e vice-versa.
O propósito fundamental é que estes dois processos de consulta contribuam para a formulação do plano estratégico da SDSN-Amazônia e a mobilização da comunidade científica regional, visando o desenvolvimento de um paradigma sustentável de desenvolvimento para a Amazônia.
Os dois processos de consulta serão realizados na sede da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), localizada na Rua Álvaro Braga, 351, no Parque Dez de Novembro, em Manaus.
Os eventos são gratuitos e abertos ao público, mediante inscrição pelo emailjfernandes@abc.org.br. Por favor, coloque no assunto SDSN-MANAUS.
Haverá tradução simultânea.

Fonte: http://geofisicabrasil.com

Abpip propõe leilão de farm-out parcial da Petrobras

A Abpip apresentou nesta quarta-feira (26/11) uma proposta para viabilizar e ampliar a participação dos produtores independentes na produção onshore nacional.
A ideia, levada à público pelo secretário-executivo da entidade, Anabal Júnior, durante painel na Brasil Onshore, passaria pelo farm-out parcial da Petrobras em campos terrestres com produção inferior a 1.000 barris/dia.
A Petrobras tem hoje mais de 200 ativos nessa situação que produzem, juntos, algo em torno de 60 mil barris/dia. A proposta contempla a venda de 51% da participação da empresa nessas áreas, onde ela ainda continuaria sócia.  Na estimativa da entidade, essa venda – que segue o modelo adotado pelo governo para os aeroportos – poderia gerar investimentos da ordem de US$ 2 bilhões.
painel-brazil-onshore-divulgação
Presente ao debate, o gerente-executivo de E&P Norte e Nordeste da Petrobras, Mauro Mendes, defendeu a atuação da petroleira em campos com esse nível de produção. Segundo ele, esses ativos têm grande rentabilidade já que possuem infraestrutura instalada e os investimentos foram amortizados.

"Para nós a produção de 1.000 barris/dia é muito importante. A atividade onshore sempre será prioridade para a Petrobras. São projetos de rápido retorno. Nós precisamos fazer uma boa gestão nesses campos. São um ótimo negócio", comentou.
A inércia do governo federal para criar uma política para pequenos e médios produtores independentes de petróleo, previsto na elaboração do marco regulatório do pré-sal, em 2010, gerou a proposta da Abpip. Além de realização de leilões blocos exploratórios com regularidade, a associação defende que as rodadas para áreas marginais sejam feitas de uma só vez, licitando os cerca de 50 campos que estão nas mãos da ANP.
"Esse é um leilão que a maioria das empresas vai sair perdendo. Licitando tudo de uma só vez pode ser que tenha um resultado um pouco melhor. Nós estamos atrasados. Precisamos fazer nosso dever de casa. A Colômbia veio aqui, fez o dever de casa, e hoje está melhor. Se nós não fizermos nada, na próxima edição desse evento, teremos que parabenizar o México", concluiu Anabal.

Fonte: http://geofisicabrasil.com

Preço do petróleo ameaça a Petrobras


A manutenção dos volumes atuais de produção de petróleo pela Opep lança mais sombras sobre um cenário já conturbado para a Petrobras.
Analistas já consideram uma cotação do Brent abaixo de US$ 70, o que comprometeria a viabilidade de investimentos estratégicos, como o pré-sal.
A falta de informações financeiras do último trimestre, à espera do impacto da corrupção no caixa da empresa, e de projeções atualizadas para 2015, que só devem ser divulgadas em abril, contribuíram para o pessimismo do mercado.
"Foi a pior notícia no pior momento da companhia. É gravíssimo", afirmou o ex-diretor da estatal, Wagner Freire.
"O impacto será negativo no curto, médio e longo prazo. Agora, ela deixa de subsidiar o petróleo, mas não o suficiente para recompor o caixa e gerar novas receitas", completou.
A avaliação é que até o patamar de US$ 80 a Petrobrás conseguiria estancar a defasagem entre os preços de importação e revenda no mercado interno de derivados de petróleo.
O déficit da companhia chegou a US$ 20,4 bilhões em 12 meses encerrados em setembro, segundo cálculos do Itaú Unibanco.
Mas os analistas não vislumbram, nem no longo prazo, esse patamar para a cotação internacional. Nesta quinta-feira, 27, após a decisão da Opep, o Brent chegou a ser negociado a US$ 69, próximo ao limite de viabilidade de exploração do pré-sal.
A estimativa é que a companhia conseguiria segurar a produção com cotação a US$ 45 e US$ 60 - em cenários de estresse passageiro, e não prolongado.
"Quem pode dizer quando e se o patamar vai voltar a US$ 100?", diz Pedro Galdi, analista da SLW Corretora.
"Com a situação atual, a companhia começa a repensar a atuação. O medo é que as estratégias fiquem contaminadas com a situação e a companhia adie investimentos em um momento que já é ruim para sua credibilidade", completa Galdi.
Sem as informações do balanço financeiro do terceiro trimestre, e também sem uma definição sobre o plano de negócios de 2015, investidores avaliam que o mercado está no "escuro" sobre a real situação da Petrobras. "A surpresa é que a queda das ações não tenha sido maior", disse Galdi, em referência ao desempenho da petroleira na Bovespa, hoje.
A preocupação com o longo prazo é unânime entre os analistas.
Em análise encaminhada a analistas, o Itaú Unibanco classificou que uma recuperação do cenário, para a companhia, só viria a partir de 2018, com a alta da produção e sua "eventual" consolidação como exportadora de óleo.
Na última semana, a presidente Graça Foster tentou expressar otimismo aos investidores, projetando um patamar médio de US$ 85 até 2018. "O Brent menor para nós é bom, por que temos ainda uma diferença sobre perdas que tivemos anteriormente", afirmou.
Ainda assim, a executiva ressalvou que as mudanças provocam uma "diferença na geração de nossas receitas e financiabilidade".
Em meio a discussões sobre a nova composição do governo, o secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Almeida, reagiu sem entusiasmo à decisão da Opep.
"Se reduzir produção, aumenta preço e beneficia a petroleira. Se não reduzir, não beneficia nenhuma petroleira", disse. (Colaborou Fernanda Nunes)
Fonte: http://exame.abril.com.br

Brasil vai propor metas para o efeito estufa


O Brasil vai apresentar à Conferência das Partes sobre o Clima (COP 20), na próxima semana, em Lima, uma proposta para que países em desenvolvimento também assumam metas de mitigação da emissão de gases do efeito estufa e de adaptação às consequências do aquecimento.
As metas, no entanto, seriam autoimpostas e sim determinadas de acordo com o que cada país acha possível fazer.
A alternativa brasileira pretende ser a solução para o impasse que, até agora, tem dificultado as negociações para um acordo que substitua o Protocolo de Kioto a partir de 2020.
Desde 2009, quando a COP 15, em Copenhague, terminou sem acordo, os países ricos tentam fazer com que os em desenvolvimento - em especial os emergentes - assumam também responsabilidade nas metas.
A proposta brasileira é um meio termo. As metas não seriam comuns, mas os emergentes adotariam uma postura semelhante ao que o Brasil fez em Copenhague: proporiam suas metas e essas se tornariam obrigatórias.
Já as metas dos países ricos seriam de reduções em termos absolutos, além de ajudarem a financiar a adaptação dos países mais pobres.
"Justiça também é algo que os países querem ver", disse o subsecretário de Meio Ambiente e Energia do Itamaraty, José Antônio Marcondes de Carvalho, lembrando que o atual estoque de gases começou a ser formado na Revolução Industrial.
Marcondes acredita que agora o caminho está melhor. "Copenhague foi uma lição aprendida. Não se espera e não se quer repetir aquele final."
Fonte: http://exame.abril.com.br

ANP adia leilão de exploração e produção de petróleo


O leilão de exploração e produção de petróleo e gás natural que estava previsto para ocorrer em maio do ano que vem foi adiado para junho, segundo o secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Almeida.
O cronograma sofreu alteração porque a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) identificou novas áreas com potencial de reservas que serão incluídas na 13ª rodada de licitações.
A agência avalia, neste ano, o potencial geológico e geofísico em bacias localizadas mais pelo interior do País. Os principais investimentos estão sendo feitos nos Estados de Minas Gerais, Piauí, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará e Amazonas.
Para que a indicação dessas áreas seja enviada pela ANP ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), ao qual cabe a definição dos blocos que serão leiloados, os órgãos ambientais de nível federal ainda deverão concluir estudos sobre a viabilidade de sua exploração.
Segundo Almeida, esses órgãos deverão indicar apenas se essas áreas são sensíveis ou não à exploração. Não há previsão de licenciamento prévio.
"Falta apenas a conclusão dos estudos para ver se alguma das áreas não é apropriada", disse o secretário durante evento de lançamento dos cadernos FGV Energia, no Rio.
Fonte: http://exame.abril.com.br

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Aquecimento global deve agravar pobreza no planeta, afirma estudo do Banco Mundial

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Mudanças climáticas severas e eventos extremos vão mudar a vida de milhões de pessoas no planeta e alterar drasticamente a economia mundial. A previsão, que já foi feita pelos cientistas do clima e divulgada em relatórios produzidos pelo Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC), agora faz parte também de um estudo recém-publicado pelo Banco Mundial.
“Turn Down the Heat: Confronting the New Climate Normal”*é o terceiro relatório de uma série, produzida com parceiros internacionais e escrita por pesquisadores do Potsdam Institute for Climate Impact Research and Climate Analytics, da Alemanha.
O estudo se debruça atentamente nos efeitos das mudanças climáticas sobre as populações mais pobres de três regiões do globo: América Latina e Caribe, Ásia Central e Leste Europeu e África do Norte.
Ondas de calor e chuvas intensas deverão impactar a produtividade agrícola, o sistema hidrológico e a biodiversidade nos países do Caribe e América Latina. O problema com segurança alimentar é um dos pontos mais alarmantes do novo relatório. Os pesquisadores acreditam que o Brasil poderá sofrer com perdas de até 70% na produção da soja e 50% no trigo com aumento da temperatura em 2oC.
Para as economias caribenhas, o prejuízo com o turismo se dará por conta do aumento do nível do mar, ocorrência de ciclones tropicais e acidificação dos oceanos, que causa impacto nefasto sobre os recifes de corais. Nos Andes, o derretimento das geleiras – que já é uma realidade – afetará também a produção de alimentos.
O aumento da temperatura na superfície terrestre poderá deflagrar um número ainda maior de conflitos no Oriente Médio e na África por causa da escassez de água e comida. De acordo com o relatório do Banco Mundial, se a temperatura subir entre 1,5oC e 2oC, as perdas nas colheitas podem chegar a 30%. Caso o clima fique ainda mais quente – entre 3º e 4ºC – esta porcentagem deve ser de 60%. Poderão ser cerca de seis meses de estiagem contínua. Com a falta de alimentos, ondas de migração devem se intensificar na região.
No Mediterrâneo, a elevação do nível do mar entre 0,2 e 0,5 metros irá afetar 1,8 milhão de pessoas com enchentes no Marrocos e prejuízos de 50 bilhões de dólares em Alexandria. Na Ásia Central, já houve perda de 35% do gelo entre 1901 e 2000. Com mais 2ºC, 50% dos glaciares derreterão.
Em todo mundo, o aumento do calor e das chuvas também terão efeito direto sobre a saúde das populações. Doenças transmitidas por mosquitos, como dengue, malária e chikungunya, podem se tornar epidêmicas. O estudo revela que só nos Balcãs, o número de mortes pode chegar a 1 milhão de pessoas.
Os pesquisadores do Potsdam Institute for Climate Impact Research and Climate Analytics apontam, entretanto, cinco medidas urgentes para impedir este cenário catastrófico para as próximas décadas:
  1. Precificação robusta do carbono;
  2. Fim do subsídio aos combustíveis fósseis;
  3. Acelerar o uso das energias renováveis e da eficiência energética;
  4. Implementar agricultura climate-smart (resiliente, produtiva e com menor emissão de CO2);
  5. Construir cidades mais resilientes e menos poluentes, que priorizem, por exemplo, o uso do transporte público.

Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br

Método busca possíveis falhas em tubulações de petróleo

Devido tanto à fabricação, como também a avarias ocasionadas em alto-mar, as tubulações que transportam o petróleo do poço até a plataforma podem apresentar defeitos e, em alguns casos, vazamentos que culminam em danos ambientais e prejudicam o lucro das empresas. Metodologia computacional desenvolvida na Escola Politécnica (Poli) da USP avalia prováveis defeitos nessas tubulações lançadas ao mar.

Segundo Claudio Ruggieri, professor da Poli e orientador da pesquisa, o método desenvolvido neste trabalho “não só evita que essas falhas ocorram, mas também consegue afirmar que podem ser lançadas tubulações com defeitos maiores”, visto que o programa consegue estimar se esses problemas irão afetar ou não o transporte do petróleo. O projeto faz parte da tese de doutorado em Engenharia Naval de Rodolfo Figueira de Souza, que teve início no ano passado.
A pesquisa ficou em segundo lugar entre os artigos apresentados durante a competição organizada pela Sociedade Norte-Americana dos Engenheiros Mecânicos, a ASME. O evento ocorreu nos dias 20 a 24 de julho em Anaheim, nos Estados Unidos, e contou com a participação de profissionais do mundo inteiro. O trabalho foi apresentado durante as sessões técnicas e julgado por professores das melhores universidades estadunidenses e membros da indústria.
O projeto
De acordo com Ruggieri, todas as estruturas apresentam algum defeito, seja ele microscópio ou em dimensões maiores. Algumas delas, quando possuem falhas, conseguem ser reparadas de forma mais fácil, contudo, não é esse o caso dessas estruturas submarinas, pois “a profundidade da água é muito grande, cerca de 1.500 metros, uma vez que a tubulação foi lançada é muito difícil ter um reparo, devido a profundidade e as condições ambientais”, afirma.
Uma alternativa a isso é o desenvolvimento de sistemas, como o de Souza, que possam garantir que essas tubulações que serão lançadas, mesmo que contenham algum tipo de defeito, este não se expressará causando nenhum tipo de dano. “Foi realizada uma metodologia que não existia anteriormente, que nos permitiu fazer algumas previsões de tamanhos críticos de trinca para que não ocorra o defeito no duto”, explica o doutorando.
As principais falhas nessas tubulações se dão por conta ou do processo de fabricação, ou de elementos contaminantes, como é o caso do Pré-sal brasileiro, que possuí gás carbônico — que na presença de água se transforma em ácido carbônico — e o ácido sulfídrico, fazendo com que o óleo tenha certa corrosividade recorrente, o que degrada o material utilizado. Para Ruggieri, o trabalho desenvolvido por Souza “é algo bastante inovador: uma nova metodologia que tenta abordar o impacto desses defeitos nas tubulações”.
ASME
A American Society of Mechanical Engineers (ASME) é uma das entidades de classe mais antigas e reconhecidas do mundo. Anualmente, ela realiza congressos que incentivam a participação de estudantes e de jovens profissionais para o debate e a apresentação de novas tecnologias na área de Engenharia Mecânica. “É uma competição muito interessante, pois além de incentivar o aluno, ele tem contato com um congresso tecnológico de alto nível, e reúne os melhores especialistas da área”, diz o professor Ruggieri.
Souza acredita que a participação no congresso permitiu uma grande e positiva troca de ideias com pesquisadores renomados das melhores instituições de ensino no exterior. Além disso, a “experiência de participar do congresso e ser premiado como um dos melhores trabalhos na categoria foi bastante positiva, pois mostra que desenvolvemos trabalhos dentro da USP de grande significância mundial”.

Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br

Unica reúne especialistas para discutir a sustentabilidade dos biocombustíveis

Unica reúne especialistas para discutir a sustentabilidade dos biocombustíveis
Divulgação Divulgação
No dia 19 de novembro, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), organizou em Bruxelas (Bélgica), um seminário dedicado aos biocombustíveis.

O “Think Energy. Think Brazil: Perspectives on the 2030 Energy and Climate Package,” reuniu especialistas para debater o uso dos biocombustíveis sustentáveis no transporte da União Europeia (U.E.), além de traçar um panorama geral dos combustíveis pelo mundo, incluindo o etanol de cana-de-açúcar.

O diretor da consultoria E4Tech, Ausilio Bauen, apresentou um estudo no qual foram analisadas as emissões de gases de efeito estufa (GEEs) provenientes do transporte rodoviário na U.E. em 2030, considerando três cenários distintos de política de transporte. O primeiro cenário simula as emissões de GEEs na ausência de metas obrigatórias de descarbonização dos combustíveis; no segundo levou-se em consideração a continuidade da atual meta de 6% de redução de intensidade de carbono dos combustíveis e finalmente, no terceiro cenário, considerou-se uma meta de descarbonização dos combustíveis equivalente a 10%, que comprovadamente é o que mais reduziria os níveis das emissões.

Apesar de os critérios de eficiência dos veículos serem os principais responsáveis pela diminuição das emissões do transporte em 2030, uma medida dedicada aos combustíveis resultaria em redução adicional das emissões equivalente a 21%, graças ao uso de biocombustíveis sustentáveis.

Ausilio Bauen concluiu que, considerando que os combustíveis líquidos representarão 93% do setor de transporte em 2030, a U.E. deve adotar uma abordagem integrada para o setor, com medidas que promovam a descarbonização tanto dos combustíveis como dos veículos.

O chefe do departamento de Patologia da USP, Professor Paulo Saldiva, falou sobre as contribuições do etanol para a saúde pública. Segundo Saldiva, a poluição atmosférica é uma das principais causas de morte prematura. Simulações sobre o uso do etanol em oito metrópoles brasileiras mostraram que o uso do biocombustível poderia evitar a morte prematura de 1400 pessoas por ano. De fato, o etanol emite menos partículas e reduz o nível de ozônio na atmosfera, em comparação com a gasolina, contribuindo significativamente para a melhoria da qualidade do ar e para a saúde da população. Portanto, estes benefícios do etanol deveriam ser levados em consideração no momento da elaboração de políticas para as áreas de energia e de transporte, concluiu o Professor.

Já a gestora de projetos da ONG de transporte T&E, Nusa Urbancic, apresentou uma alternativa realista para se reduzir as emissões do transporte na U.E. após 2020. Nusa mostrou que a inclusão deste setor no sistema de comércio de emissões não resultaria em redução, devido a falhas estruturais desse sistema, como o baixo preço do carbono. Segundo Nusa, a solução seria adotar medidas baseadas na performance ambiental dos combustíveis, como uma meta de descarbonização. A gestora afirmou ainda que a política europeia deveria prever instrumentos para monitorar a evolução das emissões dos combustíveis fósseis não-convencionais, como o petróleo de areias betuminosas.

Encerrando o seminário, o responsável por Políticas de Energia na Comissão Europeia, Andreas Pilzecker, comentou que os custos de descarbonização do transporte são mais elevados do que aqueles dos outros setores, e que isso deve ser levado em conta no momento de se elaborar uma política. Apesar disso, Andreas reconheceu que os biocombustíveis constituem uma das várias alternativas disponíveis para se promover a descarbonização do transporte. No que diz respeito aos biocombustíveis de 2ª geração, ele argumentou que a adoção de uma submeta de 0,5% para esses biocombustíveis, na atual legislação, poderia servir de plataforma para o avanço dessa indústria em 2030.

Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br

"Recursos não convencionais são importantes para o país", diz MME

Foi realizado esta semana, dias 25 e 26 de novembro, em Brasília, o workshop técnico internacional sobre recursos petrolíferos não convencionais, com o objetivo de analisar e debater, questões críticas relativas ao desenvolvimento da produção de recursos não convencionais de petróleo e gás, visando o estabelecimento de políticas públicas para seu aproveitamento com responsabilidade socioambiental. O encontro tem participação de entidades governamentais internacionais, de países em diferentes estágios de atividade de E&P em relação ao aproveitamento desses recursos.
Na abertura do evento, o Secretário de Petróleo, Gás Natural, e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Marco Antonio Martins Almeida, destacou a importância do assunto, para que o Brasil possa aprender com outros países que avançaram na exploração desses recursos e garantir acesso aos combustíveis com preços competitivos. O evento teve o objetivo de discutir o aproveitamento dos energéticos, além de aspectos ambientais e regulatórios.
Segundo Almeida, o  MME avalia que a tecnologia para a exploração e produção de recursos não convencionais já está solidificada e que esse conhecimento deve ser compartilhado para garantir o acesso a esses energéticos.
"Precisamos socializar e disseminar esse entendimento que o Ministério de Minas e Energia tem sobre o assunto. E mais do que isso, é trazer elementos técnicos, fatos e dados, que consigam dar a mesma segurança que o Ministério tem hoje, de que a exploração de recursos não convencionais é mais arriscada, porém é possível, mais custosa, porém, viável. E ela é, mais que tudo, importante para o desenvolvimento do País, para que tenhamos uma indústria consumidora de gás que receba o energético em condições competitivas como nossos países vizinhos e outros mais distantes", destacou o Secretário, durante a abertura do evento.
O licenciamento ambiental tem papel fundamental nesse processo, reforçou Almeida, para que a exploração e produção aconteça de forma sustentável. De acordo com o Secretário, nenhum bloco será explorado ou produzido no País sem que a licença ambiental determine quais são as ações mitigadoras e as determinações prévias que devem ser tomadas pelas empresas. O Secretário também apontou que a regulação brasileira criada para a exploração de recursos não convencionais é "severa". "Poucos países têm regulação tão impositiva e severa quanto a que implementamos aqui no Brasil", reforçou.
Também participaram do workshop representantes dos governos do Reino Unido e dos Estados Unidos, com quem o Brasil tem diálogo de cooperação no setor. Para Marco Antonio Almeida, a análise das experiências de outros países no setor pode evitar erros e poupar tempo e esforços  para gerar conhecimentos no País.
"Nosso objetivo é entender os principais erros cometidos lá fora para evita-los, e aprender com essas experiências. A ideia é que a gente consiga ganhar tempo, além de evitar erros, aproveitando a experiência de terceiros", afirmou.
O "Workshop técnico sobre recursos petrolíferos não convencionais" é promovido no âmbito do Comitê Temático de Meio Ambiente (CTMA) do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (PROMINP), que é coordenado conjuntamente pelo MME e pelo Ministério de Meio Ambiente (MMA).

CPRM apresenta trabalhos sobre recursos petrolíferos não convencionais

O diretor de Hidrologia e Gestão Territorial (DHT) do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Thales Sampaio, esteve presente na cerimônia de abertura na terça-feira.  A equipe da CPRM que apresentou trabalhos no workshop técnico foi integrada por Oderson de Souza Filho, pesquisador em geociências; o chefe da Divisão de Hidrologia e Exploração (Dihexp), José Carlos da Silva; e o conselheiro de Administração da CPRM, Waldir Costa.

Fonte: http://geofisicabrasil.com

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

O lixo e as mudanças climáticas


O cenário atual – aumento de consumo e de emissões de gases de efeito estufa – pode começar a se alterar com a entrada em vigor, este ano, da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Ela direciona recursos públicos para priorizar redução desses resíduos e sua produção, para encontrar soluções para a reutilização ou reciclagem e, por fim, pensar em seu tratamento, quando os rejeitos podem ser encaminhados a um destino adequado em um aterro sanitário, gerando menos GEE


O homem moderno produz e consome para sobreviver e, como consequência, gera uma quantidade imensa de resíduos. A decomposição dos rejeitos orgânicos em lixões e aterros, ao fim do ciclo de vida de cada produto, gera biogás, uma mistura gasosa com quase 50% de metano (um potente gás causador de efeito estufa), mais uma quantidade semelhante de dióxido de carbono e uma pequena parte de outras impurezas, como vapores d’água e de ácidos.

O biogás é emitido desde os primeiros meses do aterramento do lixo até mais de cinco décadas depois. Essas emissões se tornam mais intensas quanto maior a quantidade de restos orgânicos, umidade e temperatura ambiente. Já o dióxido de carbono (CO2) emitido por um aterro se origina do carbono retirado da atmosfera pela fotossíntese. Essa emissão não contribui para o aumento das concentrações de gases de efeito estufa (também conhecidos como GEE). No entanto, o metano – com 21 vezes o poder de aquecimento global do CO2 – representa uma emissão significativa.

Assim como os demais GEE, ele pode ser expresso em termos de massa de dióxido de carbono equivalente (CO2e).

É paradoxal, mas um lixão a céu aberto emite 60% menos do biogás formado em um aterro sanitário. A colonização por ratos, urubus, moscas, entre outros vetores nocivos, porém, potencializa seus danos ambientais. Então, converter lixões a céu aberto em aterros sanitários (já que aterros controlados não são mais que lixões melhorados), além de nos livrar de sérios problemas ambientais, oferecem medidas para a recuperação do metano gerado com maior intensidade.

Com o contínuo aumento da concentração atmosférica de GEE desde a Revolução Industrial, as mudanças climáticas globais observadas nas últimas décadas fizeram com que o Brasil – e quase todos os países do planeta – aderisse a tratados internacionais, como a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas e o Protocolo de Kyoto. A partir de então, o governo brasileiro passou a quantificar as emissões de GEE nas mais importantes atividades da economia. 

Segundo dados de 2010, as emissões totais de GEE no Brasil foram de pouco mais de 1,2 milhão de toneladas de CO2e. A atividade agrícola foi a principal fonte (com 35%), enquanto o acúmulo de resíduos urbanos em aterros emitiu 49 mil toneladas de CO2e (4%). Estudos que fundamentaram o inventário nacional de emissões entre os anos 1970 e a primeira década deste século 21 apontam que o volume de resíduos urbanos gerados todos os dias per capita dobrou no período. Cresceram também as quantidades coletadas e enviadas aos aterros, o que acelera as emissões de GEE em proporções superiores ao crescimento populacional. Uma alternativa para reduzir esses números é a instalação de aterros sanitários com sistemas de coleta desses gases em dutos ou sua destruição pela queima ou eliminação do gás. O biogás precisa ser purificado para se transformar em combustível eficiente. Já o gás metano pode ser aproveitado para gerar energia.

É o que acontece em cerca de 60 municípios – 25 deles no estado de São Paulo –, que têm buscado destruir, recuperar ou usar a energia do metano. Grandes aterros podem produzir eletricidade com base nele ou injetá-lo em gasodutos próximos, já que o metano tem a mesma composição química e igual potencial energético do gás natural. Pequenos aterros, estações de tratamento de efluentes ou instalações rurais, que geram quantidades menores de metano, podem produzir energia para consumo local. 

É interessante notar que a configuração do material reciclável presente entre os resíduos sólidos se alterou. Na década de 1970, por exemplo, 3% do lixo era composto de plástico. Na primeira década do século 21, esse número saltou para 15%. A explicação está no aumento da produção de embalagens descartáveis, além de diversos artigos que empregam o plástico como matéria-prima. É fato que ele torna a vida cotidiana mais fácil, mas requer novas soluções para lidar com esse material.

Esse cenário, porém, pode começar a se alterar nos próximos anos com a entrada em vigor, em 2014, da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Ela direciona recursos públicos para priorizar, primeiro, a não criação desses resíduos. E, depois, busca reduzir sua produção para, em seguida, achar soluções para a reutilização ou reciclagem desses resíduos. E, só no fim do processo, pensar em seu tratamento, quando os rejeitos podem ser encaminhados a um destino adequado em um aterro sanitário, gerando menos GEE.

Coerente com a PNRS, a Política Nacional de Mudanças Climáticas também incentiva a reciclagem, definindo uma meta de índice de reaproveitamento de resíduos sólidos em 20% para 2015. Com isso, significativas quantidades de energia e recursos naturais deixarão de ser gastas na produção de bens.

Conclusão: além da atual precariedade na gestão de resíduos e na escassez de dados sobre o tema, o principal desafio a ser superado nos próximos anos é suprir a falta de pessoal técnico preparado para pôr em prática as propostas contidas na PNRS. Esses especialistas são essenciais na elaboração de planos municipais de gestão de resíduos sólidos que contenham os princípios de coleta seletiva e o dimensionamento de equipamentos para o correto tratamento e captura dos GEE.

Também será preciso afastar propostas de incineração de lixo que possam de forma enganosa ser apresentadas como as melhores alternativas para o tratamento de resíduos ou a geração de energia (confira artigo na página 62). Só assim, as emissões dos aterros podem ser reduzidas. De igual importância será a educação que a população precisa receber para produzir menores quantidades de resíduos e separar o material reciclável. Todas essas ações reduzirão também a pressão por recursos naturais, fazendo com que tenhamos um estilo de vida mais sustentável.

Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br

Desenvolvimento da maior usina termelétrica a biomassa da América Latina

Desenvolvimento da maior usina termelétrica a biomassa da América Latina
Ilustração Leme Engenharia Ilustração Leme Engenharia
A Bolt Energias assina um contrato para desenvolvimento da UTE Campo Grande BioEletricidade, maior usina termelétrica a biomassa da América Latina, localizada em São Desidério (BA). A LEME Engenharia, do Grupo francês GDF SUEZ, prestará serviços de engenharia do proprietário, etapa que contempla a gestão das obras do projeto, logo após a fase de planejamento.

Ao todo, 18 profissionais da LEME Engenharia atuarão, a partir deste mês, na revisão do projeto executivo (design review), que terá duração de 12 meses. Ainda farão a supervisão das obras de construção da usina, a partir do primeiro trimestre de 2015, estendendo-se por cerca de 30 meses.

A obra vai gerar aproximadamente 700 postos de trabalho e tem previsão de ser inaugurada no segundo semestre de 2017. O investimento total da Bolt Energias na térmica é de R$ 650 milhões.

Para o presidente da LEME Engenharia, Flavio Campos, o contrato celebrado com a Bolt Energias para o desenvolvimento da UTE Campo Grande BioEletricidade reforça o posicionamento estratégico da empresa de ampliar sua participação em novos setores de atuação. “O nosso objetivo é manter uma taxa de crescimento anual de 5%. Para isso, nos apoiamos em uma série de estratégias, entre elas a ampliação da nossa participação em novos mercados. Somos reconhecidos por nossa vasta experiência em hidroenergia, geração térmica, sistemas elétricos e infraestrutura, e buscamos esse reconhecimento também em outros setores, principalmente no de energias renováveis. A oportunidade de participarmos de um projeto de geração a biomassa de tamanha envergadura é um grande estímulo para mantermos o nosso posicionamento estratégico”, afirma.

O presidente da Bolt Energias, Ricardo Junqueira, considera que esta nova parceria agrega ainda mais segurança ao projeto, que segue os mais elevados padrões internacionais. “A LEME Engenharia amplia a excelência internacional para construção da UTE Campo Grande, que já conta com a participação da Areva Renewables, responsável por toda engenharia, compras e construção da usina”, conclui.

Este é o segundo contrato firmado entre a LEME Engenharia e a Bolt Energias para o desenvolvimento da Campo Grande BioEletricidade. O primeiro, finalizado em abril deste ano, contemplou a avaliação de propostas e negociação com empresas EPC (engineering, procurement and construction) e interface com fornecedores da região onde será instalada a usina.

Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br