Gás é um dos principais responsáveis pelo aumento da temperatura global.
Simulação mostra emissões de 2006; impacto maior é no Hemisfério Norte.
Um vídeo do Laboratório Espacial Goddard, da agência espacial americana (Nasa), simula como o dióxido de carbono viaja pela atmosfera terrestre e alerta para a necessidade de se cortar as emissões deste gás, principal responsável por elevar a temperatura do planeta.
A gravação foi feita a partir de um modelo computacional chamado GEOS-5, criado pelos pesquisadores da instituição dos Estados Unidos. A simulação mostra as emissões entre janeiro e dezembro de 2006. A gravação é narrada por Bill Putman, cientista da Nasa.
Durante a primavera e o verão no Hemisfério Norte, quando ocorre o ciclo de crescimento das plantas e árvores, há uma grande absorção de CO2 por meio da fotossíntese. Nas mesmas estações, no Hemisfério Sul, é predominante o lançamento de monóxido de carbono, proveniente de incêndios na África, América do Sul e Austrália. O vídeo mostra o transporte deste gás para o restante do planeta.
Mas nos períodos de outono e inverno no Hemisfério Norte, entre setembro e março, a maior parte das emissões de carbono permanece na atmosfera. Na gravação é possível ver as manchas alaranjadas e avermelhadas sobre os países que ficam do lado de cima da Linha do Equador. As manchas mais acentuadas estão sobre os EUA, a Europa e a Ásia, onde fica a China – regiões que mais emitem CO2 atualmente. De acordo com o cientista, a dispersão do CO2 é controlada por padrões climáticos em grande escala.
Planeta em estado crítico
As concentrações de gases que provocam o efeito estufa na atmosfera alcançaram o nível mais elevado dos últimos 800 mil anos. A temperatura média na superfície da Terra e dos oceanos aumentou 0,85ºC entre 1880 e 2012, um aquecimento de velocidade inédita.
As informações foram destacadas pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), em seu último relatório, divulgado em três partes, entre 2013 e 2014.
De acordo com o documento, a Terra caminha atualmente para um aumento de pelo menos 4ºC até 2100 na comparação com nível da era pré-industrial, o que provocará grandes secas, inundações, aumento do nível do mar e extinção de muitas espécies, além de fome, populações deslocadas e conflitos potenciais.
O texto científico serve de base para as negociações entre os países sobre medida para reduzir as emissões de gases-estufa.
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