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No dia 19 de novembro, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), organizou em Bruxelas (Bélgica), um seminário dedicado aos biocombustíveis.
O “Think Energy. Think Brazil: Perspectives on the 2030 Energy and Climate Package,” reuniu especialistas para debater o uso dos biocombustíveis sustentáveis no transporte da União Europeia (U.E.), além de traçar um panorama geral dos combustíveis pelo mundo, incluindo o etanol de cana-de-açúcar.
O diretor da consultoria E4Tech, Ausilio Bauen, apresentou um estudo no qual foram analisadas as emissões de gases de efeito estufa (GEEs) provenientes do transporte rodoviário na U.E. em 2030, considerando três cenários distintos de política de transporte. O primeiro cenário simula as emissões de GEEs na ausência de metas obrigatórias de descarbonização dos combustíveis; no segundo levou-se em consideração a continuidade da atual meta de 6% de redução de intensidade de carbono dos combustíveis e finalmente, no terceiro cenário, considerou-se uma meta de descarbonização dos combustíveis equivalente a 10%, que comprovadamente é o que mais reduziria os níveis das emissões.
Apesar de os critérios de eficiência dos veículos serem os principais responsáveis pela diminuição das emissões do transporte em 2030, uma medida dedicada aos combustíveis resultaria em redução adicional das emissões equivalente a 21%, graças ao uso de biocombustíveis sustentáveis.
Ausilio Bauen concluiu que, considerando que os combustíveis líquidos representarão 93% do setor de transporte em 2030, a U.E. deve adotar uma abordagem integrada para o setor, com medidas que promovam a descarbonização tanto dos combustíveis como dos veículos.
O chefe do departamento de Patologia da USP, Professor Paulo Saldiva, falou sobre as contribuições do etanol para a saúde pública. Segundo Saldiva, a poluição atmosférica é uma das principais causas de morte prematura. Simulações sobre o uso do etanol em oito metrópoles brasileiras mostraram que o uso do biocombustível poderia evitar a morte prematura de 1400 pessoas por ano. De fato, o etanol emite menos partículas e reduz o nível de ozônio na atmosfera, em comparação com a gasolina, contribuindo significativamente para a melhoria da qualidade do ar e para a saúde da população. Portanto, estes benefícios do etanol deveriam ser levados em consideração no momento da elaboração de políticas para as áreas de energia e de transporte, concluiu o Professor.
Já a gestora de projetos da ONG de transporte T&E, Nusa Urbancic, apresentou uma alternativa realista para se reduzir as emissões do transporte na U.E. após 2020. Nusa mostrou que a inclusão deste setor no sistema de comércio de emissões não resultaria em redução, devido a falhas estruturais desse sistema, como o baixo preço do carbono. Segundo Nusa, a solução seria adotar medidas baseadas na performance ambiental dos combustíveis, como uma meta de descarbonização. A gestora afirmou ainda que a política europeia deveria prever instrumentos para monitorar a evolução das emissões dos combustíveis fósseis não-convencionais, como o petróleo de areias betuminosas.
Encerrando o seminário, o responsável por Políticas de Energia na Comissão Europeia, Andreas Pilzecker, comentou que os custos de descarbonização do transporte são mais elevados do que aqueles dos outros setores, e que isso deve ser levado em conta no momento de se elaborar uma política. Apesar disso, Andreas reconheceu que os biocombustíveis constituem uma das várias alternativas disponíveis para se promover a descarbonização do transporte. No que diz respeito aos biocombustíveis de 2ª geração, ele argumentou que a adoção de uma submeta de 0,5% para esses biocombustíveis, na atual legislação, poderia servir de plataforma para o avanço dessa indústria em 2030.
O “Think Energy. Think Brazil: Perspectives on the 2030 Energy and Climate Package,” reuniu especialistas para debater o uso dos biocombustíveis sustentáveis no transporte da União Europeia (U.E.), além de traçar um panorama geral dos combustíveis pelo mundo, incluindo o etanol de cana-de-açúcar.
O diretor da consultoria E4Tech, Ausilio Bauen, apresentou um estudo no qual foram analisadas as emissões de gases de efeito estufa (GEEs) provenientes do transporte rodoviário na U.E. em 2030, considerando três cenários distintos de política de transporte. O primeiro cenário simula as emissões de GEEs na ausência de metas obrigatórias de descarbonização dos combustíveis; no segundo levou-se em consideração a continuidade da atual meta de 6% de redução de intensidade de carbono dos combustíveis e finalmente, no terceiro cenário, considerou-se uma meta de descarbonização dos combustíveis equivalente a 10%, que comprovadamente é o que mais reduziria os níveis das emissões.
Apesar de os critérios de eficiência dos veículos serem os principais responsáveis pela diminuição das emissões do transporte em 2030, uma medida dedicada aos combustíveis resultaria em redução adicional das emissões equivalente a 21%, graças ao uso de biocombustíveis sustentáveis.
Ausilio Bauen concluiu que, considerando que os combustíveis líquidos representarão 93% do setor de transporte em 2030, a U.E. deve adotar uma abordagem integrada para o setor, com medidas que promovam a descarbonização tanto dos combustíveis como dos veículos.
O chefe do departamento de Patologia da USP, Professor Paulo Saldiva, falou sobre as contribuições do etanol para a saúde pública. Segundo Saldiva, a poluição atmosférica é uma das principais causas de morte prematura. Simulações sobre o uso do etanol em oito metrópoles brasileiras mostraram que o uso do biocombustível poderia evitar a morte prematura de 1400 pessoas por ano. De fato, o etanol emite menos partículas e reduz o nível de ozônio na atmosfera, em comparação com a gasolina, contribuindo significativamente para a melhoria da qualidade do ar e para a saúde da população. Portanto, estes benefícios do etanol deveriam ser levados em consideração no momento da elaboração de políticas para as áreas de energia e de transporte, concluiu o Professor.
Já a gestora de projetos da ONG de transporte T&E, Nusa Urbancic, apresentou uma alternativa realista para se reduzir as emissões do transporte na U.E. após 2020. Nusa mostrou que a inclusão deste setor no sistema de comércio de emissões não resultaria em redução, devido a falhas estruturais desse sistema, como o baixo preço do carbono. Segundo Nusa, a solução seria adotar medidas baseadas na performance ambiental dos combustíveis, como uma meta de descarbonização. A gestora afirmou ainda que a política europeia deveria prever instrumentos para monitorar a evolução das emissões dos combustíveis fósseis não-convencionais, como o petróleo de areias betuminosas.
Encerrando o seminário, o responsável por Políticas de Energia na Comissão Europeia, Andreas Pilzecker, comentou que os custos de descarbonização do transporte são mais elevados do que aqueles dos outros setores, e que isso deve ser levado em conta no momento de se elaborar uma política. Apesar disso, Andreas reconheceu que os biocombustíveis constituem uma das várias alternativas disponíveis para se promover a descarbonização do transporte. No que diz respeito aos biocombustíveis de 2ª geração, ele argumentou que a adoção de uma submeta de 0,5% para esses biocombustíveis, na atual legislação, poderia servir de plataforma para o avanço dessa indústria em 2030.
Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br
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